Categoria: açorianidades açorianismos autores açorianos

  • -imperfeicoes-21.10.24. por chrys c

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    https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2024/10/550.-imperfeicoes-21.10.24.pdf 550. imperfeições 21.10.24

  • Violante de Cysneiros: Obra Reunida

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    Foi um gosto prefaciar e co-apresentar o novo livro de Pedro Paulo Câmara, lançado esta quinta-feira em Ponta Delgada:
    “Pedro Paulo Câmara já tinha acrescentado valor à nova literatura açoriana, por mérito próprio, com as obras poéticas Perfumes (2011), Saliências (2013) e Na Casa do Homem Sem Voz (2016), com o romance histórico Cinzas de Sabrina (2014) e com a prosa Contos da Imprudência (2020).
    Depois, somou-lhe ainda uma diferente dimensão, recuperando, estudando, desvendando, divulgando e valorizando a outra face de um nome marcante das letras açóricas: Violante de Cysneiros, afinal, Armando Côrtes-Rodrigues.
    Também aqui, em dois andamentos:
    Primeiro, com Violante de Cysneiros: o outro lado do espelho de Côrtes-Rodrigues?.
    Agora, com esta Violante de Cysneiros: Obra Reunida.
    Aquela obra, baseada na dissertação que lhe conferiu o grau académico de Mestre em Estudos Portugueses Multidisciplinares, recebeu o Troféu Clarice Lispector, da ZLBooks Editora, pelo Melhor Livro de Pesquisa do ano de 2021.
    E mereceu, de Eduíno de Jesus, o reconhecimento de ser “certamente o ensaio mais extenso e documentado sobre o ‘caso’ e a obra de Violante de Cysneiros”, em que Pedro Paulo Câmara “percorre exaustivamente a obra dispersa em verso e em prosa do poeta e procura, através da sua diversidade, surpreender a unidade de um – o – autor real: Armando Côrtes-Rodrigues”.
    Esta obra, Violante de Cysneiros: Obra Reunida, surge agora como consequência natural e complemento vantajoso da primeira.
    Aqui se reúne, pela primeira vez, toda a produção literária da ‘figura ficcional’ Violante de Cysneiros, pseudónimo do escritor açoriano Armando Côrtes-Rodrigues, que publicou textos poéticos no segundo número do órgão editorial do primeiro movimento modernista português – a revista Orpheu, de junho de 1915, em Lisboa – e textos em prosa nos jornais insulares “O Autonómico” (1916) e “A Actualidade” (1923), na sua ilha de São Miguel, e “Folha de Angra” (1922), na ilha Terceira.
    Violante de Cysneiros parece ter sido a antecâmara poética da multifacetada produção literária de Armando Côrtes-Rodrigues – escritor, poeta, dramaturgo, cronista e etnólogo – que viria a consagrar-se no teatro e no cinema (“Quando o Mar Galgou a Terra”, em 1940), na poesia (com Antologia de Poemas de Armando Côrtes-Rodrigues, organizada por Eduíno de Jesus em 1956), nas crónicas (com Voz do Longe, em 1966) ou na etnografia (com o Cancioneiro Geral dos Açores em 3 volumes e com o Adagiário Popular Açoriano em 2 volumes, todos editados em 1982).
    Nos seus oito poemas que nascem e jazem no panteão nacional da revista Orpheu, ela, Violante de Cysneiros, chega a dedicar um soneto ao próprio Armando Côrtes-Rodrigues (“E sempre de Mim Presente / Todo o Meu Ser se limita / Em Eu Me Ser Realmente”), mas é em vinte edições do semanário “O Autonómico”, de maio a dezembro do ano seguinte, 1916, que mais se revela em textos literários com a rubrica “Azulejos”.
    Aqui acompanha e entranha o ritual cíclico da mãe natureza.
    Na primavera escreve assim:
    “Andaram pavões no meu jardim sob as olaias floridas. E a primavera veio sentar-se ao meu lado, junto do lago adormecido, onde um cisne branco ficou sonhando no segredo das cores.”
    No verão escreve assim:
    “Meio-dia. Sol a pino. O calor abafa e sufoca. No chão gretado e poeirento as sombras recortam-se com uma nitidez quente. A aragem escalda com um bafo infernal e sente-se tremer o ar por este silêncio de morte.”
    No outono escreve assim:
    “O outomno na minha alma é uma nau que ergue as velas para a partida do além.”
    E no inverno escreve assim:
    “Assim falou a Morte: Anda sentar-te ao pé de mim, agora que o inverno vem entristecendo a beleza da paisagem e que um nevoeiro denso paira nos montes como um véu impenetrável de mistério.”
    São quatro estações que valem por oito anos de penumbra literária.
    Violante de Cysneiros desceu das nuvens pela mão redentora de Pedro Paulo Câmara.
    Nasceu em 1915, morreu em 1923.
    Agora, assim, vive para sempre.”
    José Andrade
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    Pedro Paulo Camara

    Caríssimo amigo, muito obrigado pelas generosas palavras e por todo o trabalho desenvolvido em prol da cultura e da identidade.
  • Reitor acusado de violar emails e alterar notas – Sociedade – Correio da Manhã

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    Professora denuncia, em carta aberta, que Emídio Gomes insulta docentes em reuniões e processa e despede quem não obedece à suas ordens.

    Source: Reitor acusado de violar emails e alterar notas – Sociedade – Correio da Manhã

  • Hoje, às 18h00, apresentamos Violante de Cysneiros ao público, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

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    Hoje, às 18h00, apresentamos Violante de Cysneiros ao público, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.
    Apareçam!
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  • O Fim dos Princípios

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    ‘História de um Jardim’ – A literatura ao abrir a semana com a leitura de ?História de um Jardim? de Emanuel Félix e a canção ?O Sol?, com cancio

    Source: O Fim dos Princípios

  • DEVEMOS-FINANCIAR-OS-PARTIDOS-PERGUNTA-OSVALDO-CABRAL.pdf

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    DEVEMOS FINANCIAR OS PARTIDOS PERGUNTA OSVALDO CABRAL

  • quo vadis hdes e srs? por chrys c

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    1. as anteriores crónicas em
    2. https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html
    3. QUO VADIS SRS E HDES 16.10.2024

     

    Tenho ouvido aqui e ali as mais díspares queixas ao SRS e HDES e conquanto, de uma forma geral, tenha poucas queixas nestes 20 anos de residência, tenho de chamar a atenção de quem não atua para a necessidade de colocar o SRS e o HDES a funcionarem antes que haja uma tragédia, uma desgraça, um cataclismo…

    Cingir-me-ei neste artigo ao depauperado Serviço de Oftalmologia do HDES (que em 2023 até operava aos sábados e domingos (duas dúzias de pessoas, pois à dúzia é mais barato e a lista de espera era incomensurável). Uma das operações a uma catarata aq eu fui submetido em agosto de 2023 foi já neste regime, quando o serviço não tinha nem metade dos especialistas necessários.

    Acabada a cirurgia e após a consulta pós-op uns dias depois, fiquei a aguardar a consulta prometida para me darem a prescrição de óculos (dois pares diferentes para astigmatismo e miopia). Imaginem que ainda hoje estou á espera, apesar de ter telefonado algumas vezes, não a solicitar um serviço a que tenho direito mas a suplicar que me chamassem e me dessem a receita para novos pares de óculos. Sem resultado essas preces.

     

    Em janeiro recorri ao hospital privado e obtive o pretendido.

    Todos os anos tenho de fazer um exame a fim de determinar a existência ou não de retinopatia diabética (que é uma lesão da retina (estrutura transparente e sensível à luz, localizada na parte posterior do olho) que tem como causa o diabetes.) Ora bem desde 2022 que o HDES não me chama.

    A oftalmologia do HDES não ardeu no incêndio de maio e as suas instalações estão longe dos locais incendiados pelo que não se entende muito bem o seu não-funcionamento em termos normais (esse e outros serviços, que ninguém conseguiu explicar porque fecharam, primeiro eram as fracas condições do ar, depois era a água e a eletricidade….).

    Curiosamente, para os que pensam que os privados são a panaceia universal do SRS, o meu médico assistente de oftalmologia há 20 anos, está com um atraso de seis meses na sua marcação de consultas…liguei para o tal hospital privado (e que agora pertence a outro grupo) e deram-me a escolher entre consulta no próprio dia ou nas 24 horas seguintes e aqui estou eu aviado, despreocupado pois o exame nada acusou, uma queixa de visão enevoada que tinha foi esclarecida e novo teste à visão confirma 10 sobre 100% de visão em ambos os olhos. Com a vantagem de não me ter custado 70.00€ no meu médico mas 12.95 pela ADSE….rápido e económico. Se toda a saúde funcionasse assim convertia-me já ao modelo privado dado que o serviço público de saúde regional está tão mal que segundo um responsável disse há dias ao cancelar o celebrado rali SATA, que se houvesse um despiste e atropelamento de meia dúzia de pessoas o HDES não tinha meios…

    Peço a Hefesto, Thor, Poseidon e outros deuses de vulcões, terremotos, maremotos e trovões que se coíbam agora de mandar calamidades para estas nove ilhas pois não haverá quem trate as vítimas, especialmente aqui na mais populosa ilha de São Miguel