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  • . a fábula tornou-se real crónica de chrys c

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    553. a fábula tornou-se real 6.11.2024

    Há manhãs assim, nada o fazia prever com a chuva torrencial e a trovoada de ontem à noite mas quando me levantei neste dia 6 de novembro do ano da desgraça de 2024 a raposa estava no galinheiro e as ovelhas tinham votado no lobo….

    A América (leia-se Estados Unidos) nunca me desiludiram, foram sempre capazes de grandes feitos e simultaneamente foram autores das maiores burricadas da história, umas por ingenuidade, outras por estupidez, outras por excesso de confiança.

    Eleger o 45º Presidente que todos diziam estar empatado com a candidata democrata e vice-presidente será mais um marco nessa já longa história. Para mim, e os que acreditam na democracia é um dia negro a toldar de nuvens de borrasca os dias que aí virão. Sei que não serão muitos para mim, mas serão os finais e, decerto, bem tristes, como aliás aqueles que precederam o meu nascimento no pós-guerra.

    Aos amigos residentes e nativos dos EUA que se mantiveram confiantes e esperançados, até ao último dia, sempre tive o cuidado de alertar para o poder das massas ignorantes e manipuláveis como aquelas que viriam a votar no regresso de Trump.

    Não sei se as eleições foram livres (algumas eleições o serão nestes dias de IA e de votos eletrónicos?), nem sei qual o investimento russo de Putin neste regresso, mas não custa adivinhar o futuro da guerra na Ucrânia. Se não entrarmos numa 3ª guerra mundial (que muitos alegam já ter começado) enquanto a China continua a bater, um após outros todos os recordes de tecnologia até ser, de facto, a primeira potência mundial, o certo é que teremos dias difíceis para a Europa, pela qual Trump (ele mesmo europeu de origem) não nutre grandes amores.

    Um velho continente dilacerado por demografia decadente suprida com a crescente islamização das suas sociedades que se viram obrigadas a aceitar mão-de-obra imigrante e refugiada, sem encontrar solução para os seus inúmeros problemas, comum aumento de países membros, cada vez mais desavindos e díspares.

    E nós, nestas nove ilhotas à deriva no mar Atlântico, com mais açorianos a oeste do que no velho continente, vamos continuar sendo a velha base de apoio nas instalações da ilha Terceira, a ver os aviões a passar rumo a guerras que esperamos não cheguem até nós e nos EUA os novos imigrantes vão continuar a ser acusados de comerem cães e gatos e ameaçados de devolução para os seus países de origem por roubarem empregos que nenhum americano aceitaria, e a nova maioria moralista e religiosa vai continuar a retirar direitos às mulheres, proibir o aborto e sem dúvida tornar a América grande, de novo (mas só no papel e na retórica vazia e demente do seu presidente).

  • Vasco Pereira da Costa, Introdução de “Os Contos”

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    “Os contos destes livros foram editados nos anos 70/80 do século passado. A primeira dúzia antes do sismo de 1980; os restantes durante a cisma sísmica em que as gentes partiam de Angra deixando a solidão a escorrer pelas valetas. Hoje, a minha cidade reergueu-se em potente betão tornando-se num magnífico cenário encantatório pronto a acolher um filme de época.”
    Vasco Pereira da Costa, Introdução de “Os Contos”
    É com imensa alegria que, finalmente, temos reunidos num só volume todos os contos escritos pelo contista, poeta e artista plástico açoriano, Vasco Pereira da Costa.
    Para aqueles que apreciam o género literário em particular, e para todos os outros que gostam de literatura de qualidade reconhecida, não há como perder esta leitura.
    Dia 14 de novembro, 18h00, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, pelo Professor Vamberto Freitas, em Ponta Delgada.
    Dia 16 de novembro, 17h30, na livraria Lar Doce Livro, pela Professora Claudia Cardoso, em Angra do Heroísmo.
    Uma edição Letras Lavadas.
    A não perder!
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    Luís Filipe Borges and 11 others

  • desânimo e eleiçôes nos EUA…um poema inédito “A ilha é uma prisão” Chrys C

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    749. a ilha é uma prisão 4.11.2024

     

    a ilha é uma prisão

    como o casamento

    sem pena perpétua

    há aviões e divórcios

    sem saídas precárias nem caixão

     

    a ilha é uma prisão

    como um desterro

    voluntário e escolhido

    com bilhete de regresso

    tanta saudade e uma benção

     

    a ilha é uma prisão

    em caso de tufão

    maremoto ou vulcão

    tremor de terra furacão

     

    a ilha é uma prisão

    exilados há 20 anos

    escolhemos o destino

    construímos nova paixão

    a morte prematura levou

    no tabagismo assassino

     

    a ilha é uma prisão

    nela criamos um destino

    realizamos sonhos e utopias

    era amor e genuíno

     

    a ilha é uma prisão

    hoje mutuamente nos enganamos

    quando se diz que tu querias

    que ficasse aqui e agora

    prosseguisse rumos mundanos

    na mesma rotina sem alegrias

     

    a ilha é uma prisão

    se me chamas eu vou

    sem ti a ilha é só calabouço

    mera paragem de ocasião

    onde não vivo e me destroço

     

    a ilha é uma prisão

    juramos ficar juntos

    no bem, no mal, na doença

    em todos outros assuntos

    como era nossa crença

     

    a ilha é uma prisão

    nunca estivemos tanto tempo sós

    liberta das vestes humanas

    sei que velas por mim

    ainda ouço a tua voz

    sei que falas e me chamas

     

    a ilha é uma prisão

    em volta um mundo fútil e falso

    com mulheres de mamas de silicone

    a explodirem como baterias do tesla

    mera tecnologia do percalço

    vinda na vaga dum ciclone

    com tatuagens e demais adereços

    inúteis como as ereções de viagra

    quando o Alzheimer chegar

    com as palavras aos tropeços

    não quero por aqui andar

     

    amanhã a América vai votar

    persiste a democracia

    ou o fascismo irá retornar

    este mundo já nada tem

    para me seduzir

     

    Nini

    para onde foste

    também quero ir

  • -quando-a-IA-prescindir-dos-humanos-2.11.2024.

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    esta e anteriores crónicas podem ser lidas em https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html

     

     

  • Crónica do Quotidiano Inútil – Brochado – J. Chrys Chrystello – Compra Livros na Fnac.pt

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