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… na erupção vulcânica na Urzelina.
Source: ‘O Vulcão da Urzelina’ reúne documentos sobre a reação da população à erupção | RTP Açores
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… na erupção vulcânica na Urzelina.
Source: ‘O Vulcão da Urzelina’ reúne documentos sobre a reação da população à erupção | RTP Açores
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O Ministério da Educação garantiu hoje a continuidade dos projetos do Plano Nacional de Leitura e da Rede Nacional de Bibliotecas Escolares após a sua integração num novo organismo.
Source: Governo garante continuação de projetos do Plano Nacional de Leitura e Rede de Bibliotecas
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Em agosto faleceu (de doença prolongada, eufemismo para cancro) o Dr Carlos Pavão, diretor de pneumologia do HDES que era médico da minha mulher até ao fim dos dias dela. Tinha falado com ele poucos meses antes sem suspeitar de nada, pelo que confrontado com a sua morte cheguei ao título desta crónica.
Claro que também morrem até porque a indústria farmacêutica, entre outras, não tem interesse económico em resolver a doença.
O cancro (qualquer que seja) dá de comer a muita gente (radioterapia, quimioterapia, medicamentos diversos e onerosos, equipamentos de tratamento sofisticados e caros) e sendo a galinha dos ovos de ouro que é convém não mexer.
Claro que houve melhorias, cancro já não é sinónimo de morte, muitas pessoas escapam às suas garras (o meu, por exemplo, não está recidivo) pois os tratamentos resultam no seu afastamento temporário ou definitivo, mas sempre acompanhado de várias doses de medicamentos diversos.
Ciclicamente lemos notícias sobre a descoberta de um ou outro tratamento com sucesso na luta contra o cancro, mas raramente há seguimento dessa descoberta ou existe uma demora prolongada na sua utilização que os resultados nem se veem.
Todos os cancros são causados por anomalias (mutações) no ADN das células do organismo. O organismo dispõe de defesas contra certas mutações, mas agentes externos – como produtos químicos cancerígenos presentes no fumo do tabaco, ou as radiações e determinadas infeções – podem suplantar essas defesas.
O Cancro do Intestino ou Cancro Colorretal (CCR) é um dos cinco cancros mais frequentes do Aparelho Digestivo a que designamos de Big Five e a principal causa de morte por cancro em Portugal.
Diz a coordenadora do RON (Registo Oncológico Nacional), Maria José Bento “A maior parte dos casos foi diagnosticada na faixa etária entre os 60 e os 74 anos e os homens tiveram mais casos do que as mulheres. Cerca de 55% dos casos de cancro ocorreram nos homens”, referindo que, nos últimos quatro anos, o número tem aumentado, “com exceção do ano de 2020 em que houve um número menor de novos casos de cancro”. O aumento do número de casos de cancro em Portugal prende-se, principalmente, “com o envelhecimento da população”. “O aumento da esperança de vida faz com que haja uma porção maior de pessoas de idade mais velha que sobrevive e o cancro é, sobretudo, uma doença das pessoas mais velhas
Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde, uma em cada cinco pessoas pode desenvolver cancro durante a vida. Em 2022, estima-se que tenham sido detetados 20 milhões de novos casos de cancro e que aproximadamente dez milhões de pessoas tenham morrido devido à doença.
Dados de 2018 revelam que os tipos de cancro que provocam mais mortes na Europa são: cancro do pulmão no sexo masculino (cerca de 267 316 mortes) cancro da mama no sexo feminino (cerca de 137 707 mortes).
Os recursos hospitalares de oncologia têm elevado custo e o número de doentes não para de aumentar: Entre 2001 e 2021, verificou-se um aumento de 15% (de 5.981 em 2001 para 6.863 em 2021) do número total de casos de cancro em adultos jovens. Esta subida, porém, resulta apenas de um aumento de 26% dos casos em mulheres, que passaram de cerca de 3.500 casos em 2001, para mais de 4.400 em 2021.
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Docente contactada pelo Açoriano Oriental denuncia atrasos nas colocações, falta de recursos e degradação das escolas, alertando que a incerteza afeta não só a profissão, mas também a vida das suas famílias
Source: Professores criticam atraso na divulgação das colocações
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esta crónica e anteriores em https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html
Quando em junho 2019 escrevi sobre o 6 de junho 2035, e posteriormente o Pedro Almeida Maia usou idêntica ficção num dos seus livros, tinha a secreta esperança de que dentro de alguns anos uma ou outra dessas previsões futuristas se concretizassem. Mais de seis anos volvidos lamento confessar que o meu otimismo era injustificado. Senão vejamos:
Acordei para mais um magnífico dia de sol sobre a ampla baía de Ponta Delgada cheia de cruzeiros de luxo. Em frente à marina as pessoas aguardavam a vez de embarcarem no metro para as praias (da costa sul e de norte e oeste).
A linha dos Mosteiros sempre atrasada e a abarrotar de gente. O investimento em infraestruturas ferroviárias fora desencadeado no fim da década anterior quando os Açores começaram a receber cerca de 3 milhões de turistas ao ano.
Ao contrário do que sempre fora feito, não investiram em estradas para um trânsito, cada vez mais congestionado, e introduziram várias linhas de metro de superfície que se alargavam já a vastas áreas da ilha. Faltava a ligação Ribeira Grande – Nordeste e Nordeste – Povoação. Aqui, fora já instalado o primeiro de uma série de teleféricos turísticos para quem queria ir ao Pico da Vara observar o ancestral habitat natural do priolo, essa ave que se extinguira subitamente com o aumento do influxo turístico em 2020. Estavam suspensos os projetos dos teleféricos nas Sete Cidades, Furnas, Povoação, Lagoa do Fogo, mas com os atuais cortes de fundos europeus era incerta a data da sua concretização.
Na marginal de Ponta Delgada, perto da antiga Calheta de Teive, pejada de hotéis e com o casino, havia agora um moderno heliporto que servia de base aos táxis aéreos (de drones sem condutor) que faziam viagens curtas até Vila Franca e à nova marina do ilhéu, enquanto mais adiante os táxis marítimos sem condutor, aguardavam os turistas que queriam observar a vida marinha ou ir até Santa Maria ver foguetões e visitar o Centro Espacial da Malbusca.
Na costa norte da ilha, como sempre aconteceu ao longo dos séculos, as coisas estavam ainda muito mais atrasadas e apenas se disponibilizavam passeios pela costa, usando os antigos barcos de pesca de Rabo de Peixe, Porto Formoso e da Maia com os pescadores reformados a servirem de guia às grutas e praias esconsas da ilha.
A grande autoestrada marginal entre os Arrifes e a Achada ia prosseguindo com grandes atrasos, que a costa era escarpada e não era fácil construir uma estrada panorâmica na inclemente costa nortenha.
A grande atração da capital da costa norte continuava a ser, desde há muitos anos, a das viagens de balão entre a cordilheira central e a Ribeira Grande, o roteiro das igrejas, os campeonatos de surf e as mariscadas ao pôr-do-sol. Os planos para recuperar os moinhos da costa norte nunca avançaram, dadas as necessidades de apoio social à sempre crescente população da cidade satélite de Rabo de Peixe e as inúmeras necessidades de apoio social. A cidade crescera em todas as direções sendo uma linha contínua de habitações entre as Capelas e a Maia, que se haviam tornado meros subúrbios dormitório da Ribeira Grande.
O pequeno submergível que iria explorar os navios afundados junto à costa oeste e norte fora desviado pela tutela do turismo para a Lagoa e Vila Franca onde estava ocupado em viagens contínuas de exploração do fundo subaquático. Pequenos hotéis de charme ao lado de grandes resorts polvilhavam as pequenas faixas de praia entre Água de Pau e Ponta Delgada riscando a paisagem em altura e desafiando as leis da gravidade, com as imponentes sombras a abaterem-se sobre os areais…
Diariamente, pequenos navios especialmente construídos para estes mares faziam percursos entre as ilhas, transportando massas de gente e viaturas e colocando enorme pressão nos recursos, há muito esgotados, das redes viárias das outras ilhas que nunca beneficiaram do afluxo turístico centrado em São Miguel, uma ilha que tinha agora mais de um milhão de habitantes.
As pessoas faziam passeios até às outras ilhas como quem vai ao zoológico da História, porque as restantes ilhas tinham mantido os encantos urbanos do século XX e eram, todas elas, agora Património da Humanidade.
O Aeroporto da Nordela vira a extensão duplicada sobre o mar e era já um dos mais congestionados do país, mas continuava a não ter transporte urbano entre o aeroporto e a cidade devido ao lóbi dos táxis que sempre se opuseram às carreiras de minibus.
O novo cais de cruzeiros em Santa Clara com uma nova marina para grandes iates, fora uma aposta ganha dado que o velhinho Porto e as instalações das Portas do Mar há muito se tinham mostrado insuficientes para as dezenas de cruzeiros que todos os dias aportavam a Ponta Delgada.
A ilha fervilhava de atividade embora o custo do metro quadrado fosse quase tão caro como em Malibu, Los Angeles, com a cidade estendendo-se agora até às Capelas e chegando aos limites urbanos da Ribeira Grande. A cidade da Lagoa, que durante anos fora o dormitório de Ponta Delgada, já não tinha mais por onde crescer entalada entre a expansão de Vila Franca e a de Ponta Delgada, cheia de arranha-céus até ao Cabouco. Os domos de antigos vulcões que dantes pintalgavam a paisagem de Ponta Delgada tinham sido substituídos por enormes construções em altura pagas a preço de ouro.
Os Açores eram a nova moda dos milionários de todo o mundo que aqui construíam casas de férias, jogavam golfe ou iam aos doze casinos espalhados pela ilha e que se haviam instalado, em muitos casos, nos museus vazios que foram construídos no início do século XXI…
Nas velhinhas Portas da Cidade um pequeno grupo de nonagenários juntava-se anunciando a grande manifestação de 6 de junho para espanto dos turistas que sempre traduziam RAA como República Autónoma dos Açores desconhecendo o seu verdadeiro nome. Uma recente visita conjunta do primeiro ministro da Escócia e do ministro dos estrangeiros das Canárias tinha resultado numa declaração de apoio às reivindicações independentistas açorianas, muito a contragosto do Representante da República, que fora um influente presidente regional durante muitos anos.