Arquivo da Categoria: ChronicAçores

quando os robôs falam para a pátria por chrys chrystello

Views: 5

618. quando os robôs falam para a pátria 11.11.2025

esta e anteriores em

https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html

Sim, os robôs aspiradores podem enviar mensagens ou dados, mas o envio de mensagens de texto curtas para o seu telemóvel geralmente acontece através da aplicação oficial da marca, enquanto a transmissão de dados mais sensíveis (como áudio ou imagens) pode ocorrer através de hackeamento ou em robôs modificados para investigação, o que pode comprometer a privacidade. Os modelos de consumo não foram projetados para enviar mensagens de texto, mas sim para comunicar com o utilizador através de notificações na aplicação, como o estado da limpeza ou a conclusão de um ciclo de limpeza.

aparelho – Foto: Canva/Divulgação/ND

Aspirador pode ser robô espião?

Os aspiradores automáticos revolucionaram a limpeza doméstica ao combinar autonomia, eficiência e facilidade de uso. Equipados com sensores avançados e conectividade à Internet, esses dispositivos são capazes de mapear ambientes, identificar pontos estratégicos e otimizar seu desempenho de forma contínua.

No entanto, a coleta de informações realizada por esses aparelhos levanta preocupações significativas sobre privacidade, Esse alerta foi feito pela empresa de segurança digital ESET, com sede em Bratislava, na Eslováquia, depois do registo de vazamentos relacionados a esses dispositivos domésticos: os aspiradores inteligentes não só limpam os espaços, mas criam mapas detalhados das residências, armazenam dados de localização e, nalguns casos, podem capturar imagens ou vídeos.

Quando se liga o aparelho, ele coleta informações sobre a casa que podem ser compartilhadas com outras empresas. Embora a conectividade seja projetada para melhorar o desempenho do dispositivo, ela também expõe os utilizadores a potenciais vulnerabilidades de segurança e privacidade. Um dos maiores perigos é o uso indevido de imagens e dados por terceiros. Um caso documentado ilustra bem essa vulnerabilidade: um aspirador capturou fotos privadas de uma mulher no banho, que posteriormente vazaram na internet. Incidentes como esse destacam como a tecnologia pode expor os usuários a riscos inesperados. “Todos os dispositivos conectados à Internet são vulneráveis e, mais cedo ou mais tarde, essas vulnerabilidades serão exploradas”.

Além disso, a coleta de informações não se limita à criação de mapas residenciais, esses dispositivos podem também reunir dados demográficos e padrões de uso, que frequentemente são utilizados para treinar modelos de inteligência artificial ou vendidos a empresas para fins comerciais.

 

Foi assim sem surpresa que descobrir que as minhas meias transmitiam informações sobre o pavimento da minha casa e as minhas cuecas, tipo slip, estavam sempre em constante transmissão. Infelizmente, não consegui aceder aos dados transmitidos, mas dado que foram adquiridas ou na “Temu” ou na “Shein” estou certo de que elas transmitiam para a R. P da China.

Isto incomoda-me pois outras pessoas podem ficar a saber por onde andam as minhas cuecas e o que andam a fazer, o que configura uma grave violação da privacidade. Não descobri ainda onde colocaram os sensores, GPS e câmaras. Alguns dos modelos também contam com controle de voz, geralmente compatível com a Amazon Alexa e o Google Assistant, e a maioria dos recursos inteligentes vem de câmaras, sensores e microfones.

Da mesma forma, mapas residenciais salvos revelam o tamanho e o layout de uma casa, o que pode sugerir níveis de renda e outras informações sobre as condições de vida. E um vazamento de dados pode revelar imagens que permitem identificar o proprietário e o seu endereço.

Vou ter de investigar na minha próxima compra quais são os mecanismos de criptografia que posso introduzir nas cuecas e meias, com autenticação por dois fatores. É uma pena que as habituais feiras semanais em vilas do continente, não tenham equivalente aqui nos Açores para eu poder comprar os modelos falsificados de grandes marcas com a certeza de ainda serem tecnologicamente inadequadas e não incorporarem as novas tecnologias. Isto além do facto de que não me sentir confortável a falar ou a dar instruções a cuecas e meias. O que é que as outras pessoas iriam pensar se não soubesses destes avanços da tecnologia?

 

A MIT Technology Review divulgou fotos capturadas de ângulos baixos que, segundo a revista, foram tiradas por uma versão em desenvolvimento da série Roomba J7 da iRobot, um dos fornecedores de aspiradores de pó mais conhecidos no mercado mundial. A iRobot confirmou que as imagens foram captadas por seus dispositivos em 2020, como parte de um processo de pesquisa, e enviadas para a Scale AI para alimentar a inteligência artificial que ajudaria o robô a reconhecer mais objetos e obstáculos. Porém, o compartilhamento das fotos em grupos privados nas redes sociais dos funcionários da Scale AI violou os acordos de privacidade das empresas envolvidas.

 

 

 

pensando na Jamaica

Views: 2

ontem os meus pensamentos andavam pelas gentes da Jamaica que sofreram o maior ciclone da história (furacão Melissa) com ventos de 185 mph e rajadas de 200 mph (297 – 321 km/h), categoria 5 (o nível máximo da escala Saffir-Simpson). Já o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos descreveu o impacto como “um dos mais fortes já registados no Atlântico”, e a Organização Meteorológica Mundial chamou o furacão de a “tempestade do século” para a Jamaica. Mas é relativamente raro que estes furacões atinjam diretamente a costa jamaicana. Desde 1988, apenas três tiveram esse impacto. Quase um terço da população de 3 milhões sem energia elétrica e danos incalculáveis em todos os hospitais e aeroportos. A tempestade seguiu depois para o Haiti, Cuba e Bahamas onde causou mortes. É confrangedor, todos os dias ver ciclones, tempestades tropicais, terramotos, deslizamentos de terras, inundações em todos os pontos deste globo, a uma velocidade nunca vista e em quantidade ímpar, seja por alterações climáticas ou por outra qualquer razão.

Nestes últimos dias de outubro, umas chuvas normais para a época, em S Miguel causaram inundações, deslizamentos e danos em 10 carros levados pelas águas. As inundações na freguesia de Água de Pau, no concelho da Lagoa, terão sido originadas por uma alegada intervenção de corte de madeira, divulgou o Governo Regional dos Açores que diz “não terão sido cumpridas as necessárias boas práticas, nomeadamente no que se refere à não-deposição de madeira e sobrantes vegetais junto às linhas de água”. A situação referida “levou ao arrastamento desses materiais, colmatando duas passagens hidráulicas, resultando no galgamento das águas e na inundação de toda aquela zona, causando danos muito significativos”. Igualmente, a freguesia a Ribeirinha (Ribeira Grande), que fora atingida pela intempérie, mereceu visita governamental para “avaliar a extensão dos danos provocados e encontrar soluções para acudir às famílias afetadas pelos danos verificados”. Relativamente à situação verificada no concelho da Ribeira Grande, o governante adiantou tratar-se de uma reincidência e que a solução definitiva “será implementada a breve trecho”. Ora se isto causa o transbordar de ribeiras com pouca chuva imagine-se em casos de maiores chuvas. Quase todas as ribeiras estão atulhadas de detritos, lixo doméstico e industrial, troncos cortados, etc. e quando chove assiste-se a estas inundações.

Também Portugal se alagou de Lisboa para sul.

Imagino se uma catástrofe destas se abatesse sobre os Açores isto ficava em ruínas durante décadas. Basta recordar que o furacão Lorenzo destruiu o porto das Lajes das Flores que está ser reconstruído até 2029 (10 anos depois) e o incêndio no hospital (HDES) em maio 2024 ainda não foi reparado nem reconstruído, nem se sabe o que vai acontecer além de uma instalação modular das urgências (que não arderam). Que nos valham os sete deuses de boa sorte (Shichi Fukujin『七福神), fortuna e felicidade, no xintoísmo, mitologia japonesa e folclore japonês, mais a deusa grega Tique ou a deusa romana da Fortuna, ou a deusa Lakshmi, que significa “boa sorte” para os hindus. Que todas estas divindades e mais outras tantas se conjuguem para que nunca tenhamos de ser vitimados por um ato de destruição como a Melissa ou semelhante. Sabemos pela consulta da História dos terríveis terramotos e erupções que assolaram este arquipélago desde que é povoado e sabemos que a probabilidade de nos tocar a nós num futuro próximo é avassaladora. Como as desgraças todas se estão acumular na minha década de septuagenário, espero que o destino me dê umas tréguas. Sei que é egoísmo puro mas não desejo a ninguém uma Melissa[1].

[1] Melissa é um nome próprio feminino que vem da palavra grega μέλισσα (mélissa), «abelha»,[1] que por sua vez vem de μέλι (meli), «mel».

Uma árvore arrancada pelo furacão Melissa na Jamaica

saudade do que nunca foi

Views: 4

1. saudade do que nunca foi (lomba da maia, fevº 2016)

«ah, não há saudades mais dolorosas

do que as das coisas que nunca foram!»

bernardo soares, (heterónimo fernando pessoa),

in livro do desassossego (fragmento 92)

 

tenho tanta saudade

do que nunca aconteceu

só o poeta pode fazer acontecer

aquilo de que temos saudade

por nunca ter acontecido

 

CHRYS CHRYSTELLO CQI VOL 6 2022

616. Chá da Gorreana mais poluente por CHRYS C 24.10.2025

Views: 6

616. Chá da Gorreana mais poluente 24.10.2025

 

Esta manhã logo que me levantei fiquei irritado ao meu primeiro pequeno-almoço: antes, eu explico, desde o meu último internamento faço montes de refeições ao dia, como no hospital. Ao levantar café, depois o 1º peq.º almoço para tomar os 9 comprimidos com 3 bolachas (Maria) e chá preto da Gorreana. Depois, a meio da manhã, o 2º peq.º almoço , normalmente pão com queijo e marmelada e chá; almoço pelas 13:00, a meio da tarde chá e 3 bolachas; depois, lanche com pão e chá e, finalmente o jantar pelas 20:00 a que se segue um sumo e bolachas “soft cakes” e tarteletes de framboesa antes de deitar. Foi assim que engordei de 59 para 65-66 kg e assim me mantenho desde que me deram alta.

Ora bem, esta semana o chá Gorreana vinha em embalagens 25% mais pequenas e qual é o meu espanto quando deparo com as saquetas sem o fio e a etiqueta de marca, colocados na caixa em dois grupos de 10 saquetas num envelope de plástico! Poluição inimiga do ambiente onde dantes só havia papel. Além de que, agora, ao metermos as saquetas , não sabemos de onde veio o chá: R. P. da China, Índia, Quénia, Turquia, Sri Lanka, Vietname, Indonésia, Bangladeche, Argentina, Uganda ou Malawi (por ordem de produção desde 13 milhões de toneladas a 205 mil). Depois, temos o problema de arranjar um instrumento para “pescar” as saquetas da chávena ou copo, o melhor seriam umas pinças mas temos de nos contentar com uma colher, equilibrando a saqueta até ao balde de lixo para não cair. Será marketing ou poupança nos materiais de embalagem ou outra razão obscura, mas aqui apresento a minha discórdia que me levará a trocar de marca para um Lipton, Tetley, Twinings, ou outra pois são as mais comuns nas prateleiras do minimercado. Assim se perde um cliente de 4 chás diários!

 

Embalagem tradicional nova embalagem

 

 

 

 

615. as moscas 21.10.2025 por chrys c

Views: 7

  1. as moscas 21.10.2025

Australian salutemoscas em Coral Bay, WA

  1. as moscas 21.10.2025

 

Uma praga de moscas é um surto de moscas que pode causar problemas de saúde e económicos. A sua prevenção envolve manter a higiene, como limpar restos de comida, fechar bem o lixo e eliminar águas paradas, além de usar redes mosquiteiras. Em termos históricos, uma praga bíblica de moscas atingiu o antigo Egito, causando desespero e problemas com alimentos, como descrito no Antigo Testamento: a quarta praga deixou o Egito infestado de moscas. O Faraó concordou em libertar o povo e o Senhor retirou a praga, mas assim que percebeu que a praga havia cessado, o faraó voltou atrás na sua decisão, aprisionando o povo hebreu.

Sabia que existem mais de 120 mil espécies de moscas em todo o mundo? Verdade. A única questão é que estes insetos voadores são considerados uma praga quando encontramos um grande número no mesmo espaço. As moscas representam um risco para a saúde dos seres humanos e dos animais de estimação por diversas razões, não só pela probabilidade das picadas, como pela portabilidade de salmonelas (bactérias). O que aparentemente pode ser um problema simples, pode transformar-se numa verdadeira infestação, na medida em que há espécies de moscas que são capazes de amadurecer desde os ovos até à fase adulta em apenas 7 dias

 

As moscas mais irritantes são os políticos que chegam ao poleiro e não mais querem sair de lá, ganem ou percam, entendem que é direito divino estarem lá, fazem-me lembrar as moscas australianas (as piores foram na Austrália Ocidental) que obrigam a chapéus ou máscaras como acima se observa.

Aqui nos Açores há dias em que a casa fica cheia delas, mas sem nos incomodarem, andam a voar quase todo o dia e nunca descobri o que lhes acontece. Para onde vão as moscas quando morrem? Nunca (ou muito raramente) surge uma mosca morta no chão, sem ser pela ação humana.

Depois, há outros dias, normalmente quentes e muito húmidos, em que há poucas moscas, mas sofrem todas de uma irreversível atração pelo corpo humano, estejamos deitados numa sesta, acordados em frente ao teclado do PC, ou meramente a comer e elas grudam-se ao cabelo, à cara, às mãos e pernas, e, por mais que as enxotemos, regressam nos 5 segundos seguintes. Nesses dias temos sempre uma enorme dificuldade em expulsá-las, pois são alérgicas a portas e janelas abertas.

Por fim, há dias em que independentemente das condições meteorológicas, elas se colam às janelas, quase suplicando que as abramos para saírem.

Tenho tentado compreender em que circunstâncias climáticas se verificam os estádios suprarreferenciados, mas as minhas observações são inconclusivas.

Felizmente, aqui nos Açores elas não são tão abundantes como na Austrália ou na Eucísia, aldeia transmontana de tenros anos, mas, mesmo assim, são um inconveniente com o qual nos temos de debater nas nossas casas todos os anos, salvo nuns curtos meses de fim de outono e começo de primavera em que não abundam. Como disse a abrir esta crónica bem piores são os políticos que só podemos expulsar do poleiro de quatro em quatro anos.