Categoria: ChronicAçores

  • roberta flack dead

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    February 24, 2025

    Singer Roberta Flack Dies at 88

    https://www.newsweek.com/singer-roberta-flack-dies-88-2035352?utm_source=STMailing&utm_medium=email&utm_campaign=BreakingNews&user_email_address=af2e335c6f392dd9cbe94fecb2bb135e&emh=e0f830137ab2f9dcb43e4473d13d3effe005b122cff554801909187e14ab599c&utm_term=%5BAudience%5D%20-%20BreakingNewshttps://www.newsweek.com/singer-roberta-flack-dies-88-2035352?utm_source=STMailing&utm_medium=email&utm_campaign=BreakingNews&user_email_address=af2e335c6f392dd9cbe94fecb2bb135e&emh=e0f830137ab2f9dcb43e4473d13d3effe005b122cff554801909187e14ab599c&utm_term=%5BAudience%5D%20-%20BreakingNews

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    Grammy-winning singer Roberta Flack died Monday at her home surrounded by family, her publicist announced. She was 88. Here’s what we know.
  • A REVOLUÇÃO E O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO crónica 574 chrys c

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    https://blog.lusofonias.net/wp-content/uploads/2025/02/574.-A-REVOLUCAO-21.02.2025.pdf

    574. A REVOLUÇÃO E O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO 21.02.2025

     

    Ano de eleições autárquicas que prometem virar o país de alto a baixo como nunca si viu. Parece ser verdade, os nossos políticos vão fazer o que prometeram durante a campanha eleitoral.

    Agora, todos os funcionários dos departamentos governamentais vão ser prestáveis e até vão preencher os próprios formulários que estão sempre a fazer perguntas para as quais eles já sabem as respostas.

    As Finanças deixam de atender por marcação prévia.

    Os Hospitais deixam de ter esperas de 6, 10 ou 15 horas e terão médicos e enfermeiros suficientes para todos serem atendidos em menos de 15 minutos.

    Nenhum médico privado ou público atenderá os pacientes com mais de 10 minutos de atraso em relação á hora marcada e terá de pedir desculpas e garantir que isso não se repete sob pena de pesadas coimas.

    As reuniões escolares nunca durarão mais de 2 horas, os envolvidos estarão familiarizados com a agenda e terão fins e objetivos facilmente comprováveis.

    Quando telefonamos a uma empresa, vão mesmo atender a chamada.

    Nos cafés e restaurantes açorianos quando pedirmos uma garrafa de água ela virá acompanhada de um copo.

    Nos restaurantes, o “couvert” será gratuito e fará parte do cartão-de-visita de Relações Públicas local.

    O “Em espera” está a ser banido de todos os telefones.

    As pessoas vão “falar” em vez de enviar mensagens de texto.

    Os adolescentes vão ser prestáveis em vez de se queixarem.

    O Governo está a eliminar os impostos sobre o vinho, gás , gasolina, cerveja.

    A publicidade está a ser banida da televisão.

    A fidelização de telecomunicações nunca será superior a 30 dias, podendo ser cancelada a qualquer momento sem aviso prévio.

    Vamos ser servidos em grandes armazéns em vez de sermos ignorados e, sim, Pingo Doce, Continente, etc. estou a olhar para ti. Deve ser divertido no nosso admirável mundo novo.

    Admirável era constatar que a lei de Português Simples tinha sido posta em prática e que os contratos da NOS; MEO etc em vez de 27 páginas tinham apenas 12 linhas que toda a gente entendia e podiam ser lidos sem lentes de aumento. Outra novidade que pensei: qualquer documento de seguro passara a conter 3 páginas incluindo a descrição completa e detalhada do bem seguro.

    As rotundas passaram a ter obstáculos que obrigavam os que circulavam mais à direita a virar tal como a lei propugna.

    As trotinetas e bicicletas de aluguer deixaram de ser abandonadas em qualquer ponto onde acabava o aluguer ou a falta de civismo impelia.

    A Meta, X, Microsoft e outras deixam de ter acesso aos seus dados pessoais, aos locais na internet que visitam, aos seus gostos e escolhas pessoais, ao seu registo de compras, de pesquisas, preferências de música, cinema, etc.

    A IA deixara de ter acesso às bases de dados donde retirava as suas informações plagiadas para partilhar como se fossem muito inteligentes. Os algoritmos tinham sido proibidos em todas as áreas comerciais, na saúde, na justiça, na educação.

    O dinheiro gasto em contratações milionárias para abrilhantar as festas da paróquia, da passagem de ano ou outra qualquer efeméride seria gasto em apoio a artistas locais e regionais, o fogo-de-artifício ruidoso (causador de tantos problemas em idosos, doentes e animais) fora substituído por fogo silencioso de belos efeitos luminosos.

    As touradas finalmente abolidas tal como acontecera já às lutas de gladiadores que eram bem menos dolorosas e injustas.
    Os processos judiciais passaram a ter um prazo limite de 12 meses para irem a julgamento e os culpados (em especial em casos de corrupção) nunca teriam penas suspensas. Deixou de haver prescrição de penas e foi abolida a limitação de 25 anos de pena máxima.

    A SATA não foi privatizada e dá prejuízo como a Carris, a CP e similares mas servia o desígnio de unir as 9 ilhas e estas ao continente. A diáspora era servida pela TAP.

    Trump pedira 5% do orçamento (PIB) da Europa dedicado à defesa mas nos Açores 5% do PIB eram alocados à cultura (nas suas vertentes popular, clássica, elitista em todos os ramos) a qual passou a ser um dos itens mais exportados e não só nos mercados da memória e da saudade..

    Afinal os mundos perfeitos só existem em filmes e livros, de repente acordei e estava ainda em fevereiro 2025, nada mudara nem mudaria, mas foi bom enquanto durou.

     

  • a dor pessoal é maior que as dores do mundo

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    CARNAVAL – DIA DE NAMORADOS 1995

    ESTA E CRÓNICAS ANTERIORES EM https://www.lusofonias.net/mais/as-ana-chronicas-acorianas.html

    573 a dor pessoal é maior que as dores do mundo 14.2.2025

    Escrevo propositadamente esta crónica no dia em que mundo ocidental celebra o dia dos namorados ou de São Valentim e pela segunda vez desde 1995 passo o dia sozinho nesta nova condição ou estado civil de viuvez, que posso assegurar-vos é uma dor pessoal maior que todas as dores do mundo.

    E digo-o sem medo de contradição, as dores do imundo podem ser sanadas com mais uma guerra, atómica ou convencional, e meios similares, a dor pessoal não tem fim à vista, a não ser quando o mundo deixar de ter dores ou de existir.

    Digo isto numa fase da vida em que o mundo que me rodeia parece ter enlouquecido de vez (para lá de todos os limites admissíveis), com Trump a querer fazer de Gaza uma nova Riviera sobre o sangue dos palestinianos e outros que ali morreram, a aplicar sanções económicas a todos os países como taxas de importação (o ricochete vai rebentar com vingança), a querer que o Canadá se torne num estado dos EUA (depois de há meses ter repudiado Porto Rico que é um Estado dos EUA), além disso quer comprar a dinamarquesa Gronelândia, diz à Ucrânia que pode vir (de novo) a ser russa, nomeia uma chefe de defesa (supervisiona CIA, FBI, etc.) que é pró-russa, e por tudo isto pergunto-me o que andamos todos aqui a fazer?

    Não falo da corrupção lendária da Portugal, do seu despesismo inócuo, do fosso cada vez maior entre ricos e pobres, das desigualdades sociais, da injustiça da Justiça, da falta de saúde do SNS, da educação e de todos os demais setores em crise permanente.

    Cresci, como sabem, numa ditadura. Havia até quem lhe chamasse branda, como brandos eram alegadamente os costumes do povo que a suportava. Cresci acreditando que um dia o país faria parte da Europa e do mundo, tão longe que bem podia pertencer a outra galáxia. Lembro-me de ir a Tui comprar discos dos Beatles ou beber Coca-Cola que em Portugal eram proibidas com medo dos miasmas contagiosos de civilizações estrangeiras. Depois, veio o dia de todas as esperanças, 25 de abril (quase sem mortes e com cravos na ponta das espingardas) e eu, em Timor, esperei, tardava a chegar (teria ido de barco?) e jamais arribou.

    A Europa cresceu, o sonho da europa unida medrou e cresceu descontroladamente, até ter mais olhos que barriga e ficar desesperadamente obesa na palhaçada que hoje é. Por toda a parte, uma após outra, as ditaduras iam sendo aniquiladas e substituídas por modelos de democracia onde alegadamente o povo e a sua vontade eram representados em parlamentos. Com a queda do Muro de Berlim e a glasnost a dar lugar a uma nova Rússia todos acreditamos que sonhar era isto, quando se tornavam realidade até na América Latina e América do Sul. Já o neoliberalismo da nova ordem mundial tinha disseminado sementes com a Thatcher e o Ronald Reagan, mas não sabíamos que isso iria perverter todo o ocidente.

    Lentamente, nos últimos vinte anos assistimos a um constante retrocesso nas conquistas dos direitos fundamentais da humanidade: igualdade, solidariedade e justiça. Mais do que nunca as democracias estão a ser manipuladas criando a aparência de vontade popular através do voto universal, mas, na prática, substituídas por autocracias dos EUA, à Venezuela e dezenas de países, sem falar daqueles onde as escolhas democráticas foram substituídas por nomeações da grande e anónima banca internacional, do grande capital do petróleo às farmacêuticas que tudo controlam. Isto num mundo em que a verdade é ficção e a ficção é a neoverdade.

    Umberto Eco, afirmava em O Cemitério de Praga e só então me apercebi de que como isto sempre aconteceu sem nos darmos conta. Entretanto, países que se habituaram a mandar e a serem os xerifes do universo, como os EUA (em substituição dos decadentes grandes impérios que duas grandes guerras aniquilaram) continuam a inventar invasões, primaveras políticas, depondo ditadores ou democratas a seu bel-prazer.

    Há algo que sempre afirmei e reitero, mesmo que já não sirva para grande coisa, o 25 de abril trouxe-me o bem mais precioso: a liberdade de expressão, a mim que sou um individualista nato e jamais conseguiria viver numa autocracia. Dantes, os países democráticos tinham eleições os outros não (nem mesmo as mascaradas eleições do partido único em Portugal o ocultavam).

    Hoje assistimos a um novo e preocupante paradigma, a semi-democracia onde existe a aparência de uma verdadeira democracia com eleições e tudo o mais, mas onde a realidade não está representada, com resultados viciados, roubo descarado de votos e tanta manipulação que o resultado é a via autocrática travestidas de democracia oca. O que temos assistido nas últimas décadas é um ataque à democracia, e são as próprias instituições europeias quem mais tem atrofiado o funcionamento dos sistemas democráticos. E até mesmo eu, que sempre me considerei um otimista nato, tenho demasiadas dúvidas, rodeado como estou por autómatos não-pensantes, obcecados com os pequenos ecrãs dos smartphones e impérvios aos atropelos à dignidade, equidade e justiça que acontecem em volta.

    Quando essa liberdade se perder, (e falta cada vez menos tempo) de facto só terei de me conformar e aceitar que me implantem um ”chip” para o meu próprio bem, como nem George Orwell (1984 e o Triunfo dos Porcos) nem Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo) conseguiram imaginar.

    Só que dantes tinha na minha mulher e companheira com quem partilhar essa liberdade e a felicidade de estar vivo e hoje é apenas este corpo envelhecido que me resta. O meu mundo (como escrevi há décadas num poema) já não é um deserto com vozes, mas um mundo negro e silencioso, sem esperanças de um sol que me alumie. É por isso que a dor pessoal é maior que as dores do mundo.

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    as últimas fotos da minha Nini

    Lavc59.14.100
    Lavc59.14.100

  • VICTOR RUI DORES J. Chrys Chrystello memória e mundividência Cavaleiro andante

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    Cavaleiro andante por amor à literatura, J. Chrys Chrystello, ex-jornalista e ex-professor, investigador, cronista, poeta, tradutor, editor e promotor dos Colóquios da Lusofonia, continua a escrever com os olhos da memória.

    Acabo de ler dois livros deste autor: um de crónicas, Liames e Epifanias Autobiográficas, ChrónicAçores V (1949-2005), uma Circum-Navegação (Letras Lavadas edições, 2022); o outro de memórias, Alumbramento: Crónicas do Éden, ChrónicAçores VI (2005-2021), uma Circum-Navegação (2005-2021), (Letras Lavadas edições, 2022).

    Falar de Chrys Chrystello é falar de um cidadão participativo, de um pensador livre e frontal, de um espírito inquieto e irrequieto, de uma voz incómoda e incomodada e, acima de tudo, de um homem da mundividência e do multiculturalismo, exemplo de bom gosto, saber científico e paciência. O bom gosto nasce do amor que ele de há muito vem dedicando aos Açores e à sua literatura. O saber científico é fruto de uma vida inteira dedicada à investigação. A paciência, tendo como tem muito de treino e vontade, só floresce quando é posta ao serviço de uma causa em que se acredita. É o caso dessa monumental Bibliografia Geral da Açorianidade (Letras Lavadas edições, 2017), em dois volumes, fruto de um amplo, criterioso e extensíssimo levantamento bibliográfico (19.500 entradas) levado a cabo, durante 7 anos, por este luso-australiano, e que só pode ser a prova provada e comprovada de uma pujança editorial e de uma indiscutível identidade cultural açoriana.

    De resto, Chrys Chrystello já havia dado boa conta de si com a publicação, entre outras, das seguintes obras: ChrónicAçores: Uma Circum-Navegação de Timor a Macau, Austrália, Brasil, Bragança até aos Açores (Calendário de Letras, 2011) e Crónica do Quotidiano Inútil (Calendário de Letras, 2012), com uma segunda edição revista e aumentada com aquele mesmo título, mas agora com o subtítulo de 50 anos de vida literária (Letras Lavadas, edições, 2022), que reúne os seus textos poéticos – uma poesia do real, militante e de combate, que denuncia as verdades ilusórias e renuncia às máscaras de um quotidiano alienante.

    Mas é sobre os dois livros, assinalados no segundo parágrafo deste escrito, que aqui me proponho tecer alguns breves olhares. Num e noutro, Chrystello, observador infatigável do que se passa à sua volta, pega em momentos do real para os transformar em matéria narrativa.

    Sentindo a usura do tempo e acionando os retroativos da memória, o autor convoca, invoca e evoca pessoas, lugares, coisas e acontecimentos marcantes que povoam o seu imaginário, isto é, tudo aquilo que lhe ficou suspenso na memória telúrica. Recorda geografias afetivas: Porto, Trás-os-Montes, Bragança, Timor, Bali, Austrália, Macau, Médio Oriente, Brasil, Açores. Lembra viagens inesquecíveis. Atenta e argutamente observa e ironiza o real. Faz crítica social e política. Navega sonhos e utopias. Desdenha (d)as novas mitologias do “quotidiano inútil”. Pugna pela liberdade e pela justiça social. Defende a língua portuguesa, ele que é poliglota. Dialoga com poetas e escritores. Lança olhares sobre livros e obras de arte. Celebra a vida e a amizade. Questiona o destino do homem no palco do mundo. Preocupa-se com os infortúnios dos outros. Acima de tudo, reflete sobre a condição humana.

    Estamos perante dois livros de grande espessura evocativa porque registos de uma escrita da memória. Sobretudo em Liames e Epifanias Autobiográficas, o autor analisa minuciosamente algumas das suas experiências vividas, sentidas, sonhadas e evocadas. E, prosador vernáculo que se esmera no cultivo da língua de Camões, escreve com ritmo discursivo e fluência narrativa. Da Lomba da Maia (hoje, seu microcosmo de referência) para o Mundo.

     

    Horta, 7/3/2023

    Victor Rui Dores

     

     

     

     

  • memórias de férias felizes:; Quinta da Bendada (Sendim da Ribeira) década de 1960

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    Recordo com saudade, as férias na Quinta da Bendada, entre Alfândega e Sendim da Ribeira. Ficava ao lado da Quinta de Zacarias, freguesia, 8,63 km² e 92 hab. extinta em 2013, agregada a Agrobom e Vale Pereiro, zona de caça municipal, área florestal,

    Source: Quinta da Bendada década de 1960

  • deficiente-no-de-lugares-para-deficientes-no-HDES-Chrys-C.pdf

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