Arquivo da Categoria: cultura arquitetura urbanismo patrimonio humanidade arqueologia antropologia biologia botanica geologia arte fotografia cinema MUSICA teatro dança

aqui não houve mouros

Views: 9

Vamos desmitificar Mouros? Houve Mouros em Terras de Bragança?… (Parte I)
(Advertência prévia: Para não ferir eventuais susceptibilidades, o que aqui irá ser abordado não terá qualquer pendor religioso, resumindo-se ao rigor estritamente histórico. Escrito por alguém que, não obstante as suas particulares crenças e conhecimento sobre História das Religiões e História da Igreja, também possui as suas devoções e os seus locais de encanto)
Serão poucas as povoações deste distrito que não tenham lendas ou histórias associadas a Mouros ou a Mouras Encantadas. O que não falta por aí são designações, entre tantas outras, como Vila dos Mouros, Sino dos Mouros, Castelo dos Mouros, Cidade dos Mouros, Pia dos Mouros, Casa da Moura, Pala da Moura, havendo, até, uma inusitada quantidade de capelas que, dizem, foram construídas onde houve uma «Mesquita de Mouros». Não faltando, igualmente, imagens, especialmente de Nossa Senhora, que foram descobertas após terem sido escondidas dos Mouros…
Muitas são, inclusive, as povoações que atribuem a sua fundação aos Mouros, ou às fugas dos Cristãos aos ditos Mouros. Aliás, confesso que até já tive algumas «ameaças», baseadas no «desde sempre ouvi que foi assim»… Todavia, há um «problema». Tenho vindo a trazer, por aqui, factos relacionados com a presença dos chamados «Povos Germânicos», particularmente os Suevos e os Visigodos, por estas terras. E desses, embora não abundando os vestígios físicos da sua passagem e do seu estabelecimento, eles existem, como são bons exemplos algumas moedas ou epitáfios funerários. Existindo, igualmente, nas diversas crónicas correspondentes à sua época.
Assim como ocorrem, em maior dimensão, os testemunhos referentes à permanência de Romanos. Seja por via das suas estradas, dos povoados romanizados, das moedas, dos miliários, das inscrições, dos fornos, etc., etc. Recuando no tempo, o que não falta são vestígios da Idade do Ferro, da Idade do Bronze, do Calcolítico, do Neolítico, recuando as marcas efectivas de presença humana ao Paleolítico Superior. Porém, não subsistem quaisquer achados arqueológicos correspondentes à pretensa época na qual os Mouros terão dominado por aqui! Nada, «nadinha», nem uma «moedinha»! A corroborar essa ausência de testemunhos físicos, palpáveis, e porque devem confrontar-se as visões de ambos os lados, isto é, os Cristãos e os Mouros, nem nas crónicas de uns, as Cristãs, nem nas dos outros, as Árabes, existe qualquer menção, por mínima que seja, à sua presença por estas bandas!
Colocadas as coisas nestes termos, por que razão subsiste, na tradição e no imaginário popular, essa presença que, ao que tudo indica, nunca ocorreu? Por que razão, em escritos do século XVIII, há menos de 300 anos, nos eram deixados testemunhos deste género: «foi vila e morada de mouros», «é tradição neste lugar ter havido ali uma cidade de Mouros»? Ou em oficial registo relativamente ao Castelo de Algoso, ser afirmado que diziam «ser manufactura dos Mouros»? Ou seja, tudo o que não tinha explicação, tinha sido obra dos ditos Mouros…
Assim vemos, por exemplo, o magnífico exemplar da Anta de Vilarinho da Castanheira, em Carrazeda de Ansiães, a ser popularmente designada como «Pala da Moura». Um monumento funerário que em muitos milénios antecedeu a tal de pretensa presença Moura… Ou os inúmeros exemplares de povoados da Idade do Ferro, que recuam há mais de dois mil anos, muitas vezes designados por «Castelo dos Mouros», «Vila dos Mouros» ou, até, «Cidade dos Mouros». Curiosamente, em todos eles há tesouros enterrados que nunca foram encontrados…
Já no final do século XIX, há cerca de 150 anos, o grande estudioso e um dos primeiros financiadores das investigações arqueológicas, Martins Sarmento, escrevia que as explicações do Povo eram fantasiosas, porque muitas das construções atribuídas aos Mouros já se encontravam em ruínas antes da sua passagem pelo nosso país. O que leva, então, a fazer persistir na crença popular as justificações que assentam na presença de um povo que aqui, ao que tudo indica nunca esteve? Vamos a factos…
Os Mouros, essencialmente constituídos por Árabes e Berberes, entraram na península no ano de 711. Sabe-se que, cerca do ano 720, já haviam chegado ao norte peninsular. Logo no ano 722 terá ocorrido a escaramuça que tomou o nome de «Batalha de Covadonga». Sabe-se, igualmente, que cerca do ano 750, por motivações várias que aqui não interessa dissecar, os Mouros já estavam confinados abaixo do Douro. Embora, até pelo menos ao século IX, as escaramuças de fronteira tenham persistido. Tendo, ainda, no século X, sido feitas algumas incursões devastadoras, chefiadas pelo célebre Almançor, particularmente as dirigidas a Santiago de Compostela. Porém, nunca tendo atravessado a nossa região.
A dúvida que fica é… Os Romanos por aqui estiveram durante quatro séculos… Os «Povos Germânicos» aqui permaneceram durante três séculos… Por que motivo terá subsistido, na memória popular, a presença de um povo que, se por esta região esteve, não o fez por mais de 30 anos? É ou não é estranho?… Já cá voltarei, posteriormente, para tentar explicar esta aparente incongruência.
(Foto: «Pala da Moura» – Jorge Pinto)
 

Pode ser uma imagem de Stonehenge

Why She Left Paradise: Sara Martins’ Death in Paradise Exit – Breaking News

Views: 2

Source: Why She Left Paradise: The Shocking Truth About Sara Martins’ Death in Paradise Exit – Breaking News

“Absurdo mas real”. Como um paraquedista foi fotografado a furar o Sol

Views: 3

“Apanhei, meu!”. Andrew McCarthy voltou a fazer das suas, desta vez, contra a cromosfera e em queda livre. Eis “A Queda de Ícaro”. Pode parecer uma completa ‘fantochada’ criada no photoshop ou por IA, mas esta fotografia é real. Foi captada pelo astrofotógrafo Andrew McCarthy e “é capaz de ser a primeira foto deste tipo” de sempre, anunciou o próprio nas redes sociais. Antes de mais, vamos esclarecer a imagem “absolutamente absurda (mas real)” que vemos aqui: um paraquedista a passar em queda livre em frente ao disco solar, num momento agora eterno que se traduz numa humilde silhueta humana

Source: “Absurdo mas real”. Como um paraquedista foi fotografado a furar o Sol

nomeiem um morto como diretor honorário…ninguém notará a diferença

Views: 16

O sucessor de Sandra Garcia na Direção Regional da Cultura não vai ser escolhido para já, mas a Secretária Regional da Cultura garante que Direção está em pleno funcionamento e organizada.
Diretor Regional da Cultura não vai ser escolhido para já I RTP Açores
acores.rtp.pt
Diretor Regional da Cultura não vai ser escolhido para já I RTP Açores
…pleno funcionamento e organizada.
Henrique Levy

Pois não pode ser já, nem tão cedo. Quem aceitaria? Nem mesmo uma fadista!
  • Reply
Chrys Chrystello

nomeiem um morto como diretor honorário…ninguém notará a diferença

foto de eduardo bettencourt pinto

Views: 5

Derive happiness in oneself from a good day’s work, from illuminating the fog that surrounds us.
[Henri Matisse]
[Please respect the copyright]

May be a black-and-white image of boat and fog

pdl capital da cultura da parolice

Views: 15

5.500 euros mensais para isto?
Numa grande entrevista dada ao Nuno Martins Neves para o Açoriano Oriental a comissária da Ponta Delgada Capital da Cultura 2026, quando questionada sobre a sua programação, não querendo revelar o que já estava planeado, escolheu referir o “recuperar de tradições” como os Assaltos de Carnaval e o Menino Mija.
Quando o que se espera, e o que se exige, seria visão, rasgo, modernidade, vanguarda, futuro e ambição, o que fica deste titubeante arranque da Capital da Cultura é o Monumento à Vaca, os Assaltos de Cultura e o Menino Mija, numa espécie de nostalgia infantojuvenil de uma Ponta Delgada dos anos oitenta do século passado, quase ao estilo de um António Ferro para quem a cultura era um adorno de propaganda política mais do que um Manifesto para o Futuro…
O meu apelo público é para que este importante evento não se transforme em mais uma oportunidade perdida.
A crónica semanal para o Açoriano Oriental e em azoreansplendor.blogspot.com.
May be an image of text that says "16 Pontos de Vista Pedro Arruda Empresark Uma Capital sem ambição escussostrismesesdoscu infciofoifinalmenteassi. nado roprow Ponta dad proprio arquipélago, በስማው Naose públicos นททส uma leuma municaçao, que espero que Capital Cultura possa mais mais suma opor portunidade perdida. Sejuntarmos: 0Me- Delgada oitenta asexperienciase gerouenor- Uma capitalculturalan temos esem rimeras imaginacão, Sinceramente, estaCanitaldaCultura mais umaaportunaddepe perdida."
Numa grande entrevista dada ao Nuno Martins Neves para o Açoriano Oriental a comissária da Ponta Delgada Capital da Cultura 2026, quando questionada sobre a sua programação, não querendo revelar o que já estava planeado, escolheu referir o “recuperar de tradições” como os Assaltos de Carnaval e o Menino Mija.



Quando o que se espera, e o que se exige, seria visão, rasgo, modernidade, vanguarda, futuro e ambição, o que fica deste titubeante arranque da Capital da Cultura é o Monumento à Vaca, os Assaltos de Cultura e o Menino Mija, numa espécie de nostalgia infantojuvenil de uma Ponta Delgada dos anos oitenta do século passado, quase ao estilo de um António Ferro para quem a cultura era um adorno de propaganda política mais do que um Manifesto para o Futuro…



O meu apelo público é para que este importante evento não se transforme em mais uma oportunidade perdida.



A crónica semanal para o Açoriano Oriental e em azoreansplendor.blogspot.com.

Seeless
No photo description available.
Apresento aqui a minha proposta para o projeto de arte pública “escultura” e que fará parte da programação oficial – Ponta Delgada Capital da Cultura 2026.

PDL26: Ponta Delgada prepara-se para projetar a cultura açoriana no palco nacional e europeu(creio qure será mais uma oportunidade que se vai perder…

Views: 3

Com um investimento superior a 5 milhões de euros, a Capital Portuguesa da Cultura 2026 promete afirmar a identidade dos Açores e trazer novas manifestações artísticas ao coração do Atlântico.

Source: PDL26: Ponta Delgada prepara-se para projetar a cultura açoriana no palco nacional e europeu