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Castro Outeiro Lesenho ( em Boticas)
com o imponente Guerreiro Galaico
Classificado em 1990 como “Imóvel de Interesse Público”, o “Castro de Lesenho” (ou “Outeiro Lesenho”, como também é conhecido), ergue-se no topo de um outeiro sobranceiro à rib.ª do Corgo, subsidiária do rio Lamais, com um excelente domínio sobre a paisagem circundante e de onde se conseguem avistar todos os povoados fortificados da região.
Construído durante a II Idade do Ferro, o povoado foi dotado de um complexo sistema defensivo composto de três cintas de muralha (com uma espessura máxima de três metros) construídas com silhares assentes em seco e perfeitas de dois paramentos paralelos preenchidos com material pétreo, e que, nalguns pontos, maximizaram as características do afloramento existente, ao qual foi adossado. Não obstante, a abertura de um caminho conducente ao posto de vigia de incêndios edificado na plataforma superior implicou a demolição parcial das três linhas de muralha e de outras construções aí existentes, pese embora o facto de, em 1960, José Rodrigues dos Santos Júnior ter promovido a reconstrução de alguns dos seus troços.
A linha interna de muralhado delimita uma vasta área de planta sub-circular onde foram identificadas várias estruturas habitacionais de planta predominantemente circular. As pesquisas arqueológicas conduzidas no local permitiram recolher diversos fragmentos de cerâmica comum atribuída à Idade do Ferro, bem como vestígios de materiais de construção do período romano, como tegulae e imbrex. Mas apesar da relevância inequívoca destes elementos, não podemos deixar de destacar as quatro estátuas graníticas de guerreiros (denominadas “Galaicas”), com cerca de dois metros de altura, actualmente depositadas no Museu de Viana do Castelo e no Museu Nacional de Arqueologia.
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