botes baleeiros

Trago novamente hoje aqui uma publicação de há 8 anos na qual estão dois botes baleeiros: um açoriano e o outro americano. Vamos rever:
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BARCOS
Quero hoje dar todo o destaque a duas embarcações muito ligadas, mas diferentes. À direita na foto está um bote baleeiro americano,daqueles que eram usados nos navios baleeiros americanos à vela. À esquerda na foto está um bote baleeiro açoriano usado na baleação feita nos Açores a partir de terra e que terminou nos anos oitenta.
As diferenças entre ambos são acentuadas e bem visíveis. Não obstante isso deve ser dito que o bote açoriano é uma evolução do bote americano, pois quando, no século XIX, foi iniciada a baleação a partir de terra no Faial e no Pico as embarcações usadas eram botes americanos de navios baleeiros que escalavam a Horta. Depois desse inicio os carpinteiros navais de cá, especialmente os do Pico, começaram a modificar, acrescentando o casco e aumentando a área vélica, até chegarem, já no século XX, ao bote açoriano que hoje conhecemos e que tem cerca de 12 metros, contra os menos de 8 metros do americano. Penso que esta evolução se deve à necessidade de se apostar na velocidade, quando a baleação era feita a partir de terra (“queres milha, dá-lhe quilha”). O americano tem patilhão retráctil, que chamamos “tábua de bolina” e o açoriano deixou de ter, embora tivesse havido alguns, embora poucos, botes nossos a balear, já com a dimensão próxima da actual, com tal particularidade construtiva.
A foto foi tirada por um fotografo americano, Mr. Hughes, durante a Dabney Cup, realizada no dia 8 de Setembro de 2013, em New Bedford.
O bote americano que se vê é da Universidade de Mystic, Conneticut e o bote açoriano é da Azorean Maritime Heritage Society, de New Bedford, Mass..
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