BELMONTE, HISTÓRIA

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Detalhes… no reino encantado das Aldeias Históricas… Herói que descobriu o Brasil em 1500…
“A esperança é como o sal, não alimenta, mas dá sabor ao pão.” – José Saramago
Na aldeia Histórica de Belmonte, o monumento de homenagem a Pedro Alvares Cabral, “descobridor” do Brasil em 1500. Escultura em bronze com 3 metros de altura, com base revestida a granito, executada em 1961 por Álvaro de Brée. Inaugurada em 1963 por Juscelino Kubitschek de Oliveira (Presidente da República do Brasil, 1956-1961). O capitão navegador surge em pose serena, segurando um astrolábio, uma espada e uma cruz, simbolizando a chegada a Vera Cruz, no Brasil. Cabral apenas possui estátuas em Belmonte, Lisboa e Santarém. Também está representado num medalhão do claustro do Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa). Esta escultura que enaltece a figura do herói, destaca-se no centro de um pequeno jardim situado perto da Câmara Municipal de Belmonte.
Belmonte está intimamente ligado ao Capitão navegador Pedro Alvares Cabral, uma vez que os seus Alcaides pertenciam à família. No reinado de D. João I, tendo o alcaide de Belmonte, entre 1397 e 1398, aderido ao partido do infante D. Dinis, o soberano confiscou-lhe a vila e o castelo, doando-os como alcaidaria a Luís Álvares Cabral, passando a família Cabral a residir no castelo. O novo senhor procedeu a reconstrução pano das muralhas. No século XV, a vila e seu castelo foram doados em 1466, por D. Afonso V a Fernão Cabral, pai de Pedro Álvares Cabral.
Segundo os estudiosos, Pedro Álvares Cabral, nasce em Belmonte no ano de 1467 ou 1468 e veio a falecer em Santarém no ano de 1520
Em 15 de fevereiro de 1500, foi nomeado, capitão-mor para chefiar uma expedição à Índia, tendo levantado ancora de Lisboa a 9 de março de 1500, para seguir a rota recém-inaugurada por Vasco da Gama, contornando a África. Aí sua frota, de 13 navios, afastou-se bastante da costa africana, talvez intencionalmente, e ancorou a 22 de abril de 1500, perto do que Cabral batizou de Monte Pascoal (uma vez que aquela era a semana da Páscoa). O monte localiza-se no que hoje é a costa nordestina do Brasil tendo detectado a presença de habitantes na costa. Cabral mandou Nicolau Coelho, capitão que havia viajado com Vasco da Gama à Índia, para desembarcar e estabelecer contato. Após Nicolau Coelho voltar, Cabral ordenou que a frota rumasse ao norte, onde, após 65 km de viagem, ancorou em 24 de abril no local que o capitão-mor chamou de Porto Seguro, e Afonso Lopes desembarcou e trouxe dois índios a bordo para conversarem com Cabral. Em 26 de abril (domingo de Páscoa), Cabral ordenou aos seus homens a construção de um altar em terra, onde uma missa católica foi celebrada, a primeira a sê-lo no solo do que mais tarde viria a ser o Brasil.
Nos dias seguintes os portugueses construíram uma enorme cruz de madeira (talvez com sete metros de altura). Cabral constatou que a nova terra estava a leste da linha de demarcação entre Portugal e Espanha que tinha sido estabelecida no Tratado de Tordesilhas. O território estava, portanto, dentro do hemisfério atribuído a Portugal. Para solenizar a reivindicação de Portugal sobre aquelas terras, ergueu-se a cruz de madeira e uma segunda missa foi celebrada em 1 de maio. Em honra à cruz, Cabral nomeou a terra recém-descoberta de Ilha de Vera Cruz, pois a essa altura Cabral pensava que se tratava de uma Ilha. No dia seguinte, um navio retornou para Portugal para informar o rei da descoberta, por meio da carta escrita por Pero Vaz de Caminha.
Havia desembarcado na América do Sul, e as terras que havia reivindicado para o Reino de Portugal mais tarde constituiriam o Brasil.
(40°21’32.84″N 07°21’1.58″W) Largo António José de Almeida – Belmonte – Castelo Branco – Cova da Beira – Região Centro – Portugal