BAIXAR O DESEMPREGO SEM REDUZIR DESEMPREGADOS

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Mais 300 açorianos nos programas operacionais em 4 meses

Os programas ocupacionais do Governo dos Açores contam com mais 304 açorianos de Março a Julho deste ano, fazendo com que a taxa de ocupacionais na Região seja o dobro da taxa do continente da Madeira.
Ao encaminhar estes trabalhadores para programas ocupacionais o número de desempregados diminui, o que explica, em parte, a baixa de desemprego nos Açores nestes meses de crise de pandemia.
Com efeito, segundo os números divulgados agora pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, o número de inscritos em programas ocupacionais nos Açores era de 3.643 em Março, aumentando para 3.947 em Julho. A ilha de S. Miguel tem mais 138, a Terceira mais 102 e a Horta mais 64, fazendo com que a cidade faialense tenha mais ‘ocupados’ do que desempregados.
Outra causa que contribuiu para baixa do desemprego foi o desaparecimento do mercado de trabalho de cerca de 7 mil activos, durante os meses da crise sanitária, muitos por dificuldade
em contactar os centros de emprego no período de confinamento e outros que desistiram de procura de emprego nas listas do inquérito estatístico.
Na lista dos desempregados ainda pontuam profissões associadas à construção civil, dando a entender que, decorridos 10 anos, o problema da última crise ainda não está resolvido e já estamos a braços com outra ainda pior.
Recorde-se que os empresários ligados à área do turismo estão preocupados com o fim do lay-off e de outras medidas de apoio, como as moratórias, prevendo-se que muitos não consigam
aguentar os postos de trabalho.
A Directora Regional do Emprego e Qualificação Profissional salientou, em São Miguel, a importância dos dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) relativos a Agosto, que voltam a colocar os Açores como única região do país a registar uma descida do desemprego, face ao mesmo mês do ano anterior.
“Os Açores conseguem, mais uma vez, registar uma redução do desemprego”, destacou Paula Andrade, acrescentando que, desde o mês de Abril, ou seja, há cinco meses, que os Açores são a única região do país com descida do desemprego, consolidando, assim, a
manutenção do emprego que tem vindo a verificar.
“Trata-se, pois, de um registo de
grande significado, atendendo ao que
se passa noutras regiões do país”, frisou.
A informação divulgada pelo Instituto
do Emprego e Formação Profissional
indica que os Açores registaram uma
redução do desemprego de (-) 1,3% em
Agosto de 2020, comparativamente a
Agosto de 2019, “representando menos
91 desempregados no período de 12 meses,
sendo que no final de agosto, havia
na Região 6.949 desempregados à procura
de primeiro e novo emprego”.
A Directora Regional, que falava
durante uma sessão pública de esclarecimento
sobre as ‘Medidas de Apoio
às Empresas e ao Emprego’, no âmbito
de um processo de divulgação dos
apoios disponibilizados pelo Governo
Regional em todos os concelhos dos
Açores, afirmou que “a estabilidade do
emprego que se verifica na Região é reflexo
do impacto das medidas criadas e
implementadas pelo Governo dos Açores
no âmbito da pandemia de Covid-
19”.
Os dados divulgados pelo IEFP revelam
ainda que o rácio de colocação,
isto é, postos de trabalho colocados sobre
postos de trabalho solicitados, independentemente
da data de entrada
dos pedidos, atingiu 86,6% no final do
mês de Agosto, segundo interpretação
do gabinete de comunicação social do
governo.
“O Governo dos Açores, não só criou
e concretizou um conjunto alargado
de medidas extraordinárias, em alguns
casos inovadoras no contexto nacional,
como desenvolveu um enorme esforço
para complementar e reforçar na Região
o alcance das medidas adoptadas
a nível nacional”, salientou Paula Andrade.
As medidas disponibilizadas pelo
Governo Regional foram “cruciais para
apoiar as empresas, salvaguardar o emprego
e assegurar o rendimento dos
trabalhadores”, acrescentou a Directora
Regional

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