Todos os artigos de CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL

OBITUÁRIO CARLOS CORDEIRO

É com grande tristeza que recebemos a notícia do falecimento do Professor Carlos Cordeiro, que nos deu a honra de ser um dos protagonistas do filme “A Viagem Autonómica”. O Professor Carlos Cordeiro dedicou-se ao projecto de alma e coração e respondeu de forma excelente ao desafio de representação e encenação que lhe fizemos. Estamos gratos pelo seu contributo. Que a sua e a nossa viagem nunca terminem. Era, decididamente, um defensor da nossa Autonomia. Filipe Tavares e Nuno Costa Santos

 

Respeito e homenagem ao professor doutor Carlos Cordeiro

Mais uma notícia triste acaba de me chegar: faleceu o professor doutor Carlos Cordeiro.
Docente ilustre e prestigiado da Universidade dos Açores, foi um intelectual de muito mérito, interessando-se muito, nomeadamente, pela História açoriana, sobre a qual deixa valioso trabalho de investigação.
Por exemplo, o arquivo da Casa Raposo do Amaral – em que pontificaram José Maria Raposo do Amaral pai e filho, homens de Cultura, empresários, proprietários rurais e políticos autonomistas ainda em pleno regime monárquico português – mereceu de Carlos Cordeiro aturado e apurado trabalho de investigação, que permitiu compreender melhor uma época da vida açoriana.
O professor doutor Carlos Cordeiro era um homem afável, educado e disponível para servir a sociedade, como aconteceu em muitos momentos, revelando sempre um elevado sentido de cidadania e um não menos elevado amor aos Açores.
Foi-me apresentado uma vez pelo meu saudoso tio Luciano de Resende Mota Vieira, professor, historiador e jornalista. Eram amigos. Além disso, eu mantinha com Carlos Cordeiro um regular contacto através do Facebook.
Lamento imenso o seu desaparecimento, que representa uma enorme perda para a sociedade açoriana, que ele muito valorizava como cidadão íntegro e como intelectual muito distinto.
Manifesto aqui respeito e homenagem à sua memória, grato pela sua atenção e amizade.

Adeus, querido Amigo. Até um dia…

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Ilha de Santa Maria. Ascensão e queda da pequena América – Renascença

Um aeroporto mudou a vida de uma ilha, fê-la crescer até ao primeiro mundo. Chegou a ser preciso uma carta de chamada para lá entrar, tal como o visto para os EUA. Mas, assim que a II Grande Guerra acabou e a tecnologia da aviação mudou, voltou a ficar perdida no meio do Atlântico.

Source: Ilha de Santa Maria. Ascensão e queda da pequena América – Renascença

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quem é o professor que a autarquia da Praia da Vitória levou a tribunal?

Partilha-se a longa entrevista que jornalista Nélia Câmara, do jornal “Correio dos Açores” me fez, com o título: “Face a Face… com Félix Rodrigues”.

O professor Félix Rodrigues, pelo seu trabalho como investigador, ligado à Universidade dos Açores no pólo de Angra do Heroísmo, é conhecido não só nos Açores mas também fora desta região arquipelágica. O seu trabalho tem sido publicado em várias revistas científicas e as suas opiniões abalizadas são citadas em vários trabalhos de outros investigadores. A imprensa nacional e estrangeira tem-lhe dado destaque pelos estudos pioneiros que tem desenvolvido, nomeadamente no que respeita aos Açores e à temática de que estes já eram habitados há pelo menos cerca de mil anos. É um cidadão que tem uma actividade cívica muito intensa e já fez parte da nossa assembleia legislativa regional.

Como o podemos identificar perante os nossos leitores!

Tenho um nome pouco comum, talvez por isso, fique mais facilmente na memória das pessoas. A maioria das pessoas conhece-me por Félix Rodrigues e sou Professor da Universidade dos Açores, na Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente.

Fale-nos do seu percurso de vida no campo académico, profissional e social?

Formei-me relativamente jovem (23 anos) em Física na Universidade de Lisboa. Desde então estive sempre ligado ao ensino. Trabalhei dois anos no Ensino Secundário e os restantes no Ensino Superior. Fiz, o que era equivalente a Mestrado, Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, em Biofísica, orientado pelo saudoso Professor Pedroso de Lima da Universidade de Coimbra, um grande homem que esteve na génese da criação do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra e da Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem. Aprendi muito com ele. Mais tarde fiz o Doutoramento em Ciências do Ambiente-Ramo Poluição, sob a orientação do Professor Casimiro Pio da Universidade de Aveiro, representante português do EUROTRAC (European Experiment on Transport and Transformation of Environmentally Relevant Trace Constituents in the Troposphere over Europe), com o qual também aprendi muito na área da química da atmosfera.
Em termos de cidadania, tenho levantado problemas que entroncam quase sempre nas áreas da poluição, conservação da natureza e conservação do património. Fui um dos fundadores da Associação de Defesa do Ambiente, Gê-Questa, do Agrupamento de Escuteiros nº652, da Associação para a Ciência e Desenvolvimento dos Açores, entre outras.
Tive participação política oficial, uma vez que fui deputado regional pelo ciclo de compensação dos Açores durante um ano, e candidato à Assembleia da República duas vezes, por entender que estávamos num período crítico da democracia portuguesa: período antes do resgaste financeiro, e período após o governo encabeçado por Passos Coelho.
Também fui gestor da extinta Empresa Municipal Culturangra durante um ano. Acho que fiz um bom trabalho numa empresa sem viabilidade económica na altura.
Tenho opinião política, para além de opinião científica. Tento sempre distinguir uma coisa da outra pois estou ciente que todos nós desempenhamos papéis diferentes em tempos diferentes e circunstâncias distintas. Tento pautar a minha ação política ou científica sempre pela positiva e pelo pragmatismo. Muitas vezes não me entendem ou levam tempo demais a entenderem-me.

Como se define a nível profissional?

Professor.
Gosto de ensinar, pois quando ensino aprendo. Essa postura de ensinar e aprender dá-me uma grande abertura de espírito para me posicionar no ponto de vista do outro ou da racionalidade do outro. Também me considero investigador, no sentido de procurar responder áquilo que desconheço e me provoca perplexidade. Vejo toda e qualquer investigação como um desafio, talvez por isso seja muito criticado por não aceitar opiniões discordantes sem argumentos fortes ou factos corroborantes de uma determinada opinião.
Penso ter uma visão holística do mundo, a par de uma necessidade constante de relativizar teorias e opiniões.

Quais as suas responsabilidades?

Acima de tudo Ensinar. Participar na vida académica e social. Talvez seja por isso que pertenço a vários órgãos da Faculdade e da Universidade. Também sou membro de várias instituições científicas e culturais e membro de um partido político.

Como descreve a família de hoje e que espaço lhe reserva?

O conceito de família é ideológico. Também é um constructo social. Nos tempos de hoje é muito difícil definir o que é a família pelas diversas configurações que esse núcleo pode ter.
Se recorrermos ao conceito arcaico de família, ela era o agrupamento humano formado por indivíduos com ancestrais em comum e/ou ligados por laços afetivos e que, geralmente, viviam numa mesma casa. Há famílias sem ancestrais comuns (perderam-se as ligações). Há famílias que não estão ligadas por laços afetivos (caso dos divorciados). Há famílias, como é óbvio que não vivem na mesma casa por motivos vários que vão desde questões laborais a questões afetivas.
Politicamente, parece ser mais vantajoso, em termos de benefícios do Estado, ser filho de pais separados do que de pais unidos pelo matrimónio. Mais facilmente têm bolsas de estudo porque os montantes anuais que cada um dos pais aufere são menores do que a totalidade (soma do casal), para o caso de viverem em conjunto.
Neste contexto de indefinição do conceito de família, tenho dificuldade em perceber qual o papel dessa célula na sociedade que não passe além do contributo de cada uma das partes ou de contribuições individuais. O que resta do conceito de família ainda é a forte afetividade.

Que importância têm os amigos na sua vida?

Todos nós precisamos de amigos, eles são fundamentais em tudo o que fazemos. É mais uma vez um conceito relativo, porque há pessoas que usam critérios muito apertados para definir amizade, que entronca quase na afetividade familiar, outros porém, têm critérios mais abrangentes.
Considero amigo todo aquele que fala comigo, discute comigo ou interage comigo com honestidade. Tenho muitos amigos e todos os dias posso fazer amigos novos que não substituem os de longa data.
Os meus amigos obrigam-me a pensar e têm a paciência necessária para me ouvir.

Para além da profissão que actividades gosta de desenvolver no seu dia-a-dia?

Gosto de ler, gosto de andar no campo, gosto de ver bons documentários.
Dou por mim, a maior parte das vezes a ler trabalhos ligados à minha atividade. Quando passeio, dou por mim a investigar. Quando vejo televisão dou por mim, a tentar aprofundar os meus conhecimentos.
Gosto de uma boa conversa, descomprometida e especialmente sobre áreas que não sejam aquelas em que trabalho.

Que sonhos alimentou em criança? Conseguiu concretizá-los?

Gostaria de ser professor e cientista, no sentido de tentar perceber melhor o que não entendia. Até certo ponto concretizei alguns desses sonhos, e apercebi-me que desde aí nunca deixei de sonhar. O caminho que segui não foi trilhado intencionalmente, foi decorrendo naturalmente.

O que mais o incomoda nos outros?

A apatia que podem pôr em tudo o que os rodeia.

Que características mais admira no ser humano?

Inteligência, sociabilidade e capacidade de mudar o mundo para o deixar um pouco melhor do que o encontrámos. Essa máxima de Robert Baden Powell nunca me abandonou.

Diga o nome de um livro de eleição e porquê?

Isso é difícil, pois existem tantos e tão bons, mas se tivesse que ficar na minha estante com um só, elegeria “Os Lusíadas”.
Não é só a obra que me fascina, mas as capacidades intelectuais de Camões. Nos Lusíadas, Camões além de poeta exímio é um fabuloso astrónomo. Descreve os céus e os movimentos dos astros como ninguém. Consegue juntar história, mitologia, astronomia e física à poesia. É uma obra única que cada vez que a lemos, ficamos com uma perspetiva completamente diferente.

Como se relaciona com o manancial de informação que inunda as redes sociais?

Com alguma desconfiança, tentando sempre distinguir o essencial do acessório e as opiniões dos factos.
A maioria dos factos aparecem embutidos numa interpretação ou ideologia. Há que filtrar a informação e muitas vezes analisá-la. A democraticidade das redes sociais não as torna honestas. Aprende-se a confiar em algumas pessoas e começa-se a desconfiar de outras. Por vezes encontramos lixo e poeira, mas isso encontra-se também em qualquer caminho que queiramos percorrer.

Costuma ler jornais? Que noticia gostaria de encontrar amanhã no jornal?

Sim, diariamente.
Algo do género da WikiLeaks, onde se apresentavam documentos demonstrativos que todos os trabalhos sobre “Alterações Climáticas” foram uma fraude. Conseguiria dormir mais descansado.

O que pensa da política? Gostava de ser um participante activo?

É uma das atividades mais nobres que existe em democracia e fundamental para a sustentabilidade das sociedades.
Considero-me um participante ativo em termos políticos, mas isso é diferente de ser governante ou gestor com um cargo político. Nunca diria “desta água não beberei” porque já vi muita gente engasgar-se, mas posso afirmar que não tenho essa aspiração.

Gosta de viajar? Que viagem mais gostou de fazer? Qual a que falta fazer?

Sim. Viajar é aprender de forma lúdica.
A viagem mais fascinate que fiz foi a Timor Leste, antes da independência desse país. Foi a experiência humana mais profunda que já vivi e jamais a esquecerei.
Curiosamente nunca estive nos Estados Unidos da América e Canadá, apesar de ter aí imensa família. Há sempre uma viagem que nos falta fazer na vida.

Quais são os seus gostos gastronómicos? E qual é o seu prato preferido?

Prefiro carne a peixe. Gosto imenso de saladas.
O meu prato favorito é pouco saudável e como geralmente muito pouco por ser um pouco indigesto: Alcatra.

Se desempenhasse um cargo governativo descreva uma das medidas que tomaria?

Criação de um fundo regional para fazer face as impactos negativos das alterações climáticas na região.

Qual a máxima que o/a inspira?

“Ser feliz todos os dias e aprender algo de novo todos os dias”. Essa é uma máxima pessoal, mas a máxima de cidadão é mesmo a de Baden Powell: “Procurar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrei”.

Em que Época histórica gostaria de ter vivido?

Gosto do tempo em que vivo, mas se tivesse que recuar no passado penso que gostaria de viver no “Renascimento”.

Quem é Félix Rodrigues fora do âmbito de Professor e de investigador?

Pai, membro de família e amigo. Muita vez cidadão ativo.

Como surgiu o seu interesse pela ciência? O que o leva a querer descobrir?

Penso que não se faz ciência se não se têm perguntas ou dúvidas. Tenho muitas perguntas para as quais não encontrava resposta ou que ainda não encontrei resposta. O meu interesse pela ciência deriva da minha curiosidade.
Às vezes as perguntas que tenho são muito simples mas as respostas é que são deveras complexas.
Por exemplo, quando descobri que chegavam poeiras do Saara aos Açores e o disse, caiu o Carmo e a Trindade na comunidade científica. A minha grande questão acerca disso na altura era tão naif como isto: “Quem é que me anda a colocar areia nas minhas amostras?”. Ao tentar descobrir quem me andava a dar cabo do trabalho fui-me apercebendo que afinal não havia boicote nenhum, mas que se tratava de um fenómeno natural e com informação proveniente da NASA e da USGS cheguei à conclusão de que se tratavam de poeiras do Saara. Hoje toda gente sabe isso. Quem se centrou só no resultado, deve ter pensado que me levantei de manhã da cama e disse a primeira coisa que me passou pela cabeça. Tive a comunidade científica nacional a reprovar essa observação. Hoje, ninguém o faz.
Outro exemplo é a presença pré-portuguesa nos Açores. Nunca me passou pela cabeça investigar essa temática. Quando me deram explicações incorretas acerca de algo que não sabia explicar, apercebi-me que afinal o que as pessoas tinham eram opiniões. Hoje em dia, ainda muita gente pensa que isso resulta de um dado apenas e não de milhares de análises e comparações. Tenho milhares de perguntas sobre essa temática.

Foi deputado e é militante do CDS-PP- Hoje qual a sua participação política e qual o seu interesse pela política ou hoje pretende uma cidadania activa?

Como anteriormente referi, acho a política, numa sociedade democrática, uma atividade nobre, não significa isso que tudo o que se faz na política seja nobre.
Não há ninguém sem ideologia, por isso me situo, ideologicamente, ao centro.
Cidadania ativa todos devíamos ter, mas como muita gente precisa de uma voz ativa que não tem, os partidos políticos podem ser os seus porta-vozes. Eu não sou indiferente aos problemas dos outros, por isso também tenho por vezes participação política ao nível partidário.

Em seu entender, acha que na Região devia haver uma maior preocupação do Serviço Regional de Saúde com a saúde dos açorianos? Quer fazer uma reflexão neste domínio?

Vivemos numa região ultraperiférica, fragmentada em parcelas geográficas de pequena dimensão. Garantir os cuidados básicos de saúde a qualquer açoriano é fundamental, mas tal só é possível com critérios muito objetivos e realistas ao nível económico e social.
É possível garantir qualidade de serviços de saúde com serviços públicos e privados, sem ser por parcerias público-privadas. Há que apostar na modernização dos equipamentos de diagnóstico e terapia. Há que apostar na formação e diversificação dos profissionais de saúde na região. Há que incentivar o regresso dos nossos jovens formados nessa área. Há que ter uma gestão financeira eficaz do sistema de saúde distinguindo claramente o que é essencial do que é acessório. A saúde pode tornar-se um saco sem fundo e colapsar. Há sinais preocupantes. O sistema regional de saúde necessita de uma reformulação urgente. É preciso planear a curto, médio e longo prazo esse sistema regional de saúde e não fazer uma gestão diária dos cuidados de saúde. É preciso responsabilizar ações e inações.
Não estou a falar de políticas, estou apenas a apresentar uma visão que tende em primeira instância a garantir a sustentabilidade dos serviços de saúde nas suas componentes social e financeira.

Constroem-se nos Açores ‘escolas douradas’ e a Região continua nos últimos lugares do país ao nível de ensino. Em sua opinião, o que é que falta? Mais formação? Mais família na educação dos filhos?

Acho que falta um pouco de tudo.
A maioria dos programas ou modelos de ensino são postos a funcionar e não se faz deles a devida avaliação. Muda-se de modelo de ensino como quem muda de camisa, pensando-se que a alteração de lógicas leva a uma melhoria do sistema. Por outro lado, os professores são avessos à avaliação, mesmo que só se pretenda avaliar o sistema, o que leva a um boicote, talvez inconsciente, das necessidades de formação de docentes e de alteração de pedagogias.
A família com as configurações referidas anteriormente não têm a mesma função educativa que tinham no passado. Isso constitui-se uma alteração de paradigma que exige pensar-se o papel das novas e velhas famílias na educação dos filhos. Antes, a política não ditava o papel da família na educação dos filhos, era natural, agora, com uma tendência para valorizar o indivíduo em vez da unidade familiar, há que estabelecer regras claras para o acompanhamento dos filhos pela família. Mesmo estando separados, a educação dos filhos compete ao pai e à mãe, e num deles se deve demitir dessa tarefa, mesmo que só um deles tenha a tutela.
A escola terá que se modernizar na medida em que os conteúdos estão na net à distância de um clique. O professor perdeu a função de transmissor de conhecimentos no entanto o sistema de ensino é assim que o vê. Significa isso que deverá existir, de forma regular, formação dos professores, apostando-se nessa formação, não naquilo que o professor gosta mas naquilo que o professor necessita.
O insucesso escolar não é “genético” é cultural. Mude-se a cultura e passe-se a valorizar a formação que o sucesso aparece. Numa sociedade que não valoriza o mérito, onde um aluno, licenciado, com mestrado ou doutoramento tem exatamente o mesmo valor, ou seja, que termina ganhando o ordenado mínimo atrás de uma caixa qualquer de um balcão, não é exemplo nenhum para ninguém para que se esforce a ter sucesso escolar. Isso é cultural, mas também é político.

Ao nível do Ensino Superior na Região, que bem conhece, qual a sua opinião?

A maioria dos jovens açorianos gostaria de ser licenciado, no entanto, a maioria deles nem chega a ingressar no Ensino Superior. Alguns deles cumprem tarefas, e dão pouco de si. O mesmo se passa em todas as universidades do país. Têm a noção que no futuro nada lhes é garantido e que por vezes até ficam em termos de emprego público, atrás de outros com menores habilitações.
Ao nível do sucesso escolar, talvez pelo facto da Universidade dos Açores ser pequena e ter uma boa relação professor-aluno, a média do sucesso é superior à média nacional e a empregabilidade é elevada.

A pobreza ainda é um problema transversal a muitas comunidades. Acredita que há solução para erradicar/minimizar a pobreza ou haverá sempre pobres, pois nenhum governo consegue ter a solução porque não investe o suficiente na educação, na saúde e segurança social, ou há outros factores?

Sempre houve pobreza no mundo e sempre existirá, mas isto não é um mote para nada fazer acerca desse flagelo mundial. Compete-nos agir essencialmente à escala local.
Há muitas espécies de pobres:
Pobres, porque não têm a saúde que lhes permita ser outra coisa se não pobres.
Pobres, porque os infortúnios da vida foram vários que os deixaram arrasados na pobreza.
Pobres de espírito, que necessitam ser educados para que possam sair da pobreza.
Pobres que se classificam eles mesmos como pobres, e que, se comparados com outras pessoas são tão ricos como elas.
Pobres que perderam a esperança num mundo melhor para eles e para os seus.
Pobres que se escondem atrás da vergonha de serem pobres.
Colocar a pobreza toda no mesmo saco não permite ter políticas sociais e educativas capazes de erradicar a pobreza. Faltam-nos estudos e pensamento sobre a pobreza.

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Putin não precisa de ir ao ginásio basta entrar e sair do gabinete

Francisco Nuno Ramos shared a p
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Júlio De Magalhães

Vladimir Putin saindo do seu gabinete no Kremlin .

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Júlio De Magalhães

Vladimir Putin saindo do seu gabinete no Kremlin .

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Chrys Chrystello não precisa d eir ao ginásio bastar ir ao escritório