Autor: CHRYS CHRYSTELLO

  • CTT são o maior alvo de queixas dos açorianos

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    CTT são o maior alvo de queixas dos açorianos

    Os açorianos apresentaram mais queixas no ano passado em relação a 2018, segundo revelou ao nosso jornal o Portal da Queixa.

    No ano passado foram registadas 1.198 reclamações, quando em 2018 tinham sido 1.135.

    De referir que 66% das reclamações em 2019 obtiveram respostas por parte das marcas.

    Segundo o Portal da Queixa, à cabeça do Top10 de marcas mais reclamadas em 2019 está a empresa postal CTT, seguindo-se os CTT Expresso, a MEO, a Worten, a Azores Airlines, a SATA, a eDreams, a TAP, a Vodafone e, a fechar, a Rádio Popular.

    A Azores Airlines é a empresa que menos resposta dá aos queixosos.

    No geral do país, o ano de 2019 foi, mais uma vez, um ano recorde de reclamações registadas no Portal da Queixa.

    O número de reclamações ultrapassou as 100 mil reclamações recebidas, registando uma média de 275 queixas por dia.

    Para a maior rede social de consumidores de Portugal, representa o 6.º ano consecutivo de crescimento, registando valores com o dobro do que regista o Livro de Reclamações Eletrónico do Estado.

    Este crescimento não significa que os portugueses passaram a reclamar mais, mas verifica-se que estão mais digitais, optando pela comodidade e a facilidade de comunicar com as marcas através do Portal da Queixa, ao invés de formalizarem uma denúncia, que implica burocracia e tem como finalidade um processo de coima para com o prestador.

    Os consumidores actuais querem continuar a ser clientes satisfeitos e, por isso, procuram a proximidade das marcas para darem a sua opinião e contribuírem para a melhoria contínua.

    As categorias alvo de maior número de reclamações ao longo de 2019 foram: Comunicações, TV e Media; Correio, Transporte e logística; Serviços de Administração Pública; Transportes Públicos e o Comércio de Tecnologia.

    Em 2019, o principal motivo de reclamações foi relativo ao comércio electrónico em toda a sua dimensão, contrariando a tendência dos últimos anos relativa às operadoras de telecomunicações, ou seja, com o aumento de utilizadores com acesso à internet, verifica-se igualmente um aumento de todos os sectores que dela dependem, tais como as lojas online que são, cada vez mais, o canal privilegiado para as compras, verificando-se um crescimento exponencial tanto na Black Friday como no Natal; as empresas de entregas de encomendas passaram a ter um papel muito relevante em toda a jornada do cliente e os métodos de pagamento que passaram a facilitar todo o processo de compra online.

    De salientar igualmente os provedores de internet que possibilitam o acesso à rede, tal como os equipamentos em que a navegação é efectuada, como os smartphones e os laptops.

    Assim, verifica-se uma alteração comportamental, não só, na forma, mas também, no método em que o novo consumidor digital se apresenta na viragem da década.

    Embora exista uma maior propensão dos consumidores para a aquisição do conhecimento digital, os portugueses ainda demonstram muita falta de literacia digital, que os coloca em constante perigo, face às inúmeras ameaças à sua segurança através da internet.

    Hoje em dia, a falta de literacia digital em Portugal, já é equivalente ao problema do analfabetismo de há 30 anos na sociedade portuguesa.

    Infelizmente, esta realidade só poderá ser invertida com a partilha de conhecimento, assente numa estratégia global, não dependendo apenas das entidades governamentais – que deverão ser as principais potenciadoras – mas de todos os interessados no processo, nomeadamente as marcas que operam no mercado nacional.

    Comunicações, TV e Media

    É a categoria com mais reclamações registadas ao longo do ano 2019 à semelhança do ano 2018, contabilizando um total de 11.270 reclamações.

    São claramente as Operadoras de Tv, Net e Telefone, o principal alvo das reclamações contabilizando um total de 10.384 reclamações.

    2019 fica também marcado por um grande número de reclamações relacionadas com os serviços de valor acrescentado, 587 reclamações, o conhecido WAP billing.

    Correio, Transporte e logística

    Foi registado um total de 10.647 reclamações, um aumento de 28% face ao ano de 2018 (8.335).

    A grande vantagem na comodidade de encomendar online e receber em casa é muitas vezes colocada em causa, devido aos problemas na entrega das encomendas dos portugueses, principalmente em épocas de grandes volumes de encomendas, como os períodos da Black Friday e do Natal.

    O universo dos CTT foram a marca com maior número de reclamações em 2019, contabilizando 6.293 reclamações (CTT com 4.314 e CTT Expresso com 1.962), ultrapassando a MEO que tem vindo a ser a habitual vencedora.

    Serviços de Administração Pública

    Em 2019, foram registadas 9.184 reclamações, dirigidas aos serviços públicos, um aumento de 30% face a 2018 (7.059).

    Os atrasos nos pagamentos da pensões dominaram o ano de 2019 relativamente aos serviços de previdência da Segurança Social, as reclamações à ADSE também se intensificaram nos últimos meses do ano, mas os serviços públicos do estado que maior aumento registaram foram o SEF com as dificuldades de agendamento e o IMT com a emissão das cartas de condução, as licenças de TVDE e os cartões ADR. No entanto o IMT é um exemplo de sucesso no atendimento e na resolução dos problemas apresentados, gerando uma Índice de Satisfação na ordem dos 93%, a par do IEFP com 96% e a Câmara Municipal de Lisboa com 73%, demonstrando que o serviço público pode estar em conformidade com os padrões de qualidade mais exigentes.

    Nota final para o Ministério da Educação, que mais um ano voltou a registar um elevado número de reclamações relativas à plataforma MEGA (Manuais Escolares Gratuitos) antes do início do ano lectivo.

    Transportes Públicos, Aluguer e Condução

    As 5.875 reclamações recebidas ao longo do ano de 2019, provam que os atrasos, as constantes supressões, e até as várias greves, não deixaram os passageiros satisfeitos.

    O ano de 2019 teve um aumento de 30% no número de reclamações em comparação com 2018 (4.801).

    http://diariodosacores.pt/index.php…

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  • PARABÉNS MESTRE EDUÍNO

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    o nosso associado 137-2017 e decano dos escritores açorianos EDUÍNO DE JESUS celebra hoje o seu aniversário natalício e, em nosso nome e no de todos os associados da AICL, queremos publicamente reiterar os votos de felicidades, longevidade e criação literária
    Bem-Haja por fazer parte da AICL

  • Portugal vence vice-campeã Suécia e continua a sonhar no Europeu – JN

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    A seleção portuguesa de andebol venceu, esta sexta-feira, a vice-campeã europeia Suécia (35-25), e arrancou da melhor forma para a ronda principal do Euro 2020,

    Source: Portugal vence vice-campeã Suécia e continua a sonhar no Europeu – JN

  • Pedalar sobre a água | Euronews

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    Pedalar sobre a água é agora possível com uma bicicleta alimentada por um motor elétrico.

    Source: Pedalar sobre a água | Euronews

  • portugal proibido

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    No Estado Novo de Salazar beber Coca-cola era proibido, as enfermeiras não podiam casar, as funcionárias públicas não podiam sair do País sem autorização do Estado, as professoras não podiam casar com um homem que tivesse um salário inferior ao da noiva, as noivas de oficiais do Exército não podiam casar sem dote, as mulheres precisavam de autorização do marido para passar a fronteira, e tantas outras edificantes (e algumas bem curiosas) especialidades do regime político da velha senhora.

    Com comentários do nosso amigo António Costa Santos.

    -16:27

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    Prova Oral

    Revolução de Abril acabou com série de proibições a que os portugueses estavam sujeitos.

  • MACAU NA ALEMANHA

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    Macau: “Geld, Geld, Geld!”

    É com o meu velho Mac que escrevo desde há vários anos os meus artigos e nunca tinha perdido um único trabalho.

    Mas a tecnologia não é sempre tão inteligente quanto gostaríamos, e foi assim que um dia destes fiquei sem um artigo inteiro em que fazia uma reflexão sobre a vida enquanto peça de teatro – uma expressão cantonense.

    Aparentemente fui eu próprio que apaguei o ficheiro sem reparar.

    É uma pena, mas foi desta forma que acabei por me debruçar em pleno num outro tema que me interessa há muito tempo: a obscura presença de Macau num país onde vivo há já quase três anos, a Alemanha.

    Tanto a China como Hong Kong são temas recorrentes na imprensa em língua alemã.

    Aí, a situação da China nos média é neste momento bastante delicada, principalmente desde os eventos dos últimos meses.

    Graças ao sagrado VPN, consigo acompanhar as notícias em alemão na China – estou temporariamente a viver em Hamcheu (Hangzhou) – o que me permite sobretudo manter a aprendizagem da língua e ir beber umas cervejas com os amigos alemães daqui.

    No contexto da celebração da criação da Região Administrativa Especial de Macau, a NTV alemã deu o seguinte título à peça que fez sobre o assunto: “Xi Jinping visita Macau. Presentes para o mais bravo Hong Kong”.

    Na minha opinião, o que vejo como um presente é a quantidade de reportagens que surgiram sobre este assunto e que me dão a oportunidade de fazer algumas pesquisas sobre como Macau é compreendida pela imprensa alemã.

    No fim de Novembro do ano que terminou, Jochen Faget, que escreveu, aliás, vários livros sobre Portugal, fez uma reportagem para a Deutschlandfunk Kultur, na qual entrevistou Scott Chiang da Associação Novo Macau e Larry So, antigo professor do Instituto Politécnico de Macau.

    Larry So foi depois citado várias vezes pela imprensa germanófona: Macau tem sido “desde sempre muito vermelha” (DPA, Agência de Imprensa Alemã) .

    Para a SRF, a germanófona Rádio e Televisão da Suíça, que citou Larry So, “a Macau vermelha floresce hoje ainda mais vermelha”.

    À primeira vista, e na sequência desta quantidade inabitual de reportagens em alemão, Macau não parece ter uma imagem muito positiva.

    Se eu estivesse plenamente de acordo com estas reportagens, isso quereria dizer que estaríamos todos mais preocupados com dinheiro do que com a liberdade.

    Na ZDF (Zweites Deutsches Fernsehen – Segunda Televisão Alemã, canal público), vemos mesmo o jornalista Ulf Röller a terminar a reportagem, no Cotai, entre os grandes casinos, declarando em voz alta: “Aqui, há apenas uma coisa que importa: Geld, Geld, Geld (dinheiro, dinheiro, dinheiro).”

    De certa forma, devo reconhecer que muitos em Macau não vêem como prioridade a liberdade diante do dinheiro.

    No entanto, às vezes sinto que faltam informações sobre uma outra realidade tão diferente quando não se explica, por exemplo, as diferenças existentes, nomeadamente no sistema de segurança social ou mesmo na evolução histórico-política de Macau e Hong Kong, já para não falar das diferenças culturais.

    É enquanto doutorando – um título bastante respeitado na sociedade alemã – que voltei a Berlim em 2017.

    Como me considero sempre um principiante da língua alemã, não tinha a mesma ambição de fazer comentários em relação a esta matéria como já o fizera em Portugal.

    Ainda por cima, a Alemanha encontra-se culturalmente muito afastada de Macau.

    Desde as primeiras apresentações dos documentários estudantis que produzi em 2013, na maior parte das vezes a convite do Instituto Camões, tenho falado sobretudo português em vez de alemão ou inglês.

    Este facto é uma das razões pelas quais tenho – na minha subjectiva opinião – uma impressão muito pessoal de que Macau parece ocupar um lugar de importância menor na sinologia alemã.

    Ao mesmo tempo, e graças à importância histórica de Macau para Portugal, tenho a oportunidade ainda hoje de poder apresentar-me com um intelectual de Macau e falante de português como língua estrangeira – estrangeira às minhas próprias línguas.

    Há 12 anos, tive a oportunidade de entrevistar na Universidade de Munique o professor Roderich Ptak, sinólogo especializado na história de Macau.

    Desde os tempos do meu mestrado em Berlim, nas conversas mais sérias ou nas de café com conhecidos meus, tenho insistido sempre no facto de que Macau poderia ser um caso interessante no quadro de investigações teóricas sobre o pós colonialismo.

    Sinto, por outro lado, um certo “orgulho” – coloco entre aspas porque não gosto desta palavra – quando penso que comprei quase todas as cópias existentes da versão alemã do livro de fotografias “Macau” (1992) de Werner Radasewsky e Günter Schneider (fotos) e Teresa Borges da Silva (textos) nos alfarrabistas berlinenses – cópias que ofereço aos meus caros amigos berlinenses bem como às pessoas que admiro, dizendo: os textos têm de ser lidos criticamente, mas as imagens fazem parte da minha infância, nesta exótica mistura de culturas e Macau ainda dos tempos coloniais.

    Quando a minha terra é referida na imprensa de língua alemã, vê-se em geral quase uma exclusividade dos temas da economia.

    Foi por isso que fiquei mais ou menos surpreendido quando vi tantas reportagens em alemão respeitantes ao 20º aniversário da RAEM.

    Foi também isso que me incitou a escrever o presente artigo.

    Ao ver tantos testemunhos dos órgãos de comunicação social de Macau que celebram com satisfação este aniversário, a imprensa alemã e suíça parece não ser apenas crítica, mas também bastante severa.

    Principalmente os jornais de língua alemã partilham várias opiniões.

    Por exemplo, como Macau, aos seus olhos, possui “um estado de direito comparativamente robusto e uma imprensa livre” (Frankfurter Rundschau), embora por exemplo o Frankfurter Allgemeine não esteja muito de acordo.

    Escrevem ainda que “os comunistas tinham de facto já tido o controlo sobre a cidade muito antes da retirada dos portugueses” (NTV), ou ainda que “Macau é a China – e vai ser sempre a China” (Stuttgarter Zeitung).

    É neste contexto de protestos em Hong Kong, que gerou polémica nos média de língua alemã e igualmente uma certa degradação da imagem da China na Alemanha, que podemos compreender por que Macau é considerado por vários jornais importantes alemães a “criança preferida” ou “a filha bem-educada da China”.

    Não sou especialista em temas relacionados com a imprensa, mas enquanto simplíssimo espectador e leitor em Berlim, vejo, por exemplo, na televisão documentários bastante suspeitos sobre a China.

    Esta suspeição não é um problema em si, porque é mesmo importante poder ficar desconfiado, olhar criticamente para os dois lados das coisas, mas diante desta (quase) exclusividade de trabalhos negativos, sinto-me às vezes um pouco perdido e questiono-me como devo encontrar um equilíbrio na selecção da informação.

    Como é hábito, não me consigo calar.

    Por falta de espaço, terei de continuar em próximos artigos esta reflexão sobre uma matéria que me fascina: a compreensão de Macau na imprensa ocidental.

    Antes de concluir, gostaria ainda de abordar outro ponto.

    Parece-me que a grande diferença que pode existir entre as imprensas da Alemanha ou da Suíça e as dos países que foram no passado grandes poderes coloniais ou que têm ainda territórios ultramarinos, reside na particularidade dos seus pontos de vista.

    Como a Alemanha tem menos peso na história colonial, Mr. Wissen2Go precisou, por exemplo, de inventar um estado alemão imaginário (onde, por acaso, a língua oficial seria o português) para explicar o lugar particular de Hong Kong aos alemães.

    Atendendo ao escasso passado colonial da Alemanha – o país foi obrigado a abandonar Tsingtao após a primeira Guerra Mundial – algumas críticas alemãs fazem-me pensar no dilema entre a expressão chinesa “旁觀者清/旁观者清” (literalmente ao-lado-ver-quem-claro, páng guān zhě qīng, em mandarim, ou pong kun che cheng, em cantonense) – “quem vê de fora vê melhor” – e o que, diria eu, é a falta de percepção de quem possa estar por dentro.

    Diria mesmo que não é justo criticar a realidade de uma outra cultura tão distinta sem uma explicação sobre as diferenças culturais, mesmo que esta seja egocêntrica.

    De qualquer maneira, é para mim importante perceber como a minha terra é compreendida lá fora.

    Estas reportagens, uma vez traduzidas nas nossas línguas, são um presente para este lugar que precisa sempre de ouvir opiniões críticas.

    Cheong Kin Man (em colaboração com Mathilde Denison Cheong).
    in Portal Extramuros, 9 de Janeiro de 2020.

    https://www.extramuros.net/2020/01/09/macau-geld-geld-geld/

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