Autor: CHRYS CHRYSTELLO

  • perigo para a democracia, se tem covid não vota????

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    SUMÁRIO EXECUTIVO

    CIDADÃOS SEM DIREITO DE VOTO

    Cidadãos espanhóis infectados com Covid-19 não puderam votar nas eleições regionais da Galiza e do País Vasco num precedente inquietante para os regimes democráticos….

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  • PORTUGAL 2100 E 5 MILHÕES DE TUGAS

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    Há 15 anos, já as Nações Unidas faziam estas projecções.

    Investigadores estimam que o pico da população mundial será atingido no ano de 2064, com 9,73 mil milhões de habitantes e começará a descer a partir daí.

  • 450 ANOS EM TIMOR

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    Há quem acredite em “450 anos de ocupação e colonização brutal”. Estão enganados nos números, evidentemente. Timor convive com a cultura, religião e língua portuguesa há cinco séculos – foi essa influência que criou uma nação em TL com uma identidade distinta da dos povos de Timor Ocidental, das Flores, de Solor, de Róti, etc – mas a ocupação colonial existiu durante uma fracção desse tempo; por exemplo quando Dampier passou algum tempo em Lifau (que era então a “capital”) só

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    Porque vem a propósito, reproduzo aqui um texto (versão portuguesa) que escrevi há 10 anos, no jornal “Lia Foun”:

    «RECONSTRUIR PONTES PARA O MUNDO LUSÓFONO
    Timor é indiscutivelmente parte do espaço pluri-continental de convivência multissecular a que se chama actualmente a lusofonia. Essa convivência ao longo dos séculos não foi sempre pacífica, e seria uma falsificação tentar fingir que houve apenas partilha e amizade nas relações que se foram estabelecendo entre os muitos povos que habitam as terras lusófonas, porém a História é o que é, e o legado dos conflitos e alianças que se sucederam através de muitas gerações é hoje principalmente uma memória de caminhos percorridos em conjunto (ainda que muitas vezes um dos caminhantes estivesse na posição de opressor e outro de oprimido) e gostos, vivências e sensibilidades com muito em comum. Simplificando exageradamente a mensagem, digamos que o mundo lusófono é como uma grande família: apesar dos diferendos, rixas, abusos de autoridade, diferenças de opinião e de opções de vida, maneiras distintas de gerir a própria casa, revoltas e reconciliações, a verdade é que é muito difícil renegar a família, e saber onde estão as nossas raízes e os nossos ramos ajuda-nos a levar a vida para a frente com passos mais firmes.
    A CULTURA TIMORENSE MODERNA É MESTIÇA
    O historiador Geoffrey Gunn escreveu que “existem duas nações crioulas na Ásia do Sudeste, as Filipinas e Timor-Leste”, explicando que “as comunidades crioulas reflectem uma cultura híbrida que vão da cozinha ao vestuário, religião, transferências linguísticas e musicais”. Tenho dito em diversos lugares que acho que ele tem toda a razão. Estes países foram colonizados por Espanha e Portugal, respectivamente, e por isso foram expostos a um tipo de colonialismo com uma filosofia bastante mais assimilatória, nomeadamente ao nível cultural, do que a de outras potências coloniais europeias, tendo como resultado a criação de verdadeiras sociedades mestiças euro-asiáticas. Enquanto os holandeses, nas ilhas do que viria a ser a Indonésia, se preocupavam mais com os seus interesses mercantis, durante muito tempo não incentivando quaisquer iniciativas de proseletismo religioso nem de difusão da língua neerdandesa, os portugueses e espanhóis tinham a conversão ao catolicismo dos povos com que contactavam ou que conquistavam como uma das prioridades da sua política ultramarina. Os seus interesses económicos e geo-estratégicos eram indissociáveis do esforço de expansão da sua religião. Por isso o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, tinha a benção do Papa da época – segundo este acordo Portugal e Espanha, nações pioneiras na expansão marítima, haviam dividido entre ambos todo o mundo até então desconhecido dos europeus, e reclamavam para si o direito de conquista de qualquer terra ou povo que cada um encontrasse na sua metade, sendo parte do contrato que deveria proceder-se à conversão dos nativos ao catolicismo (depois a entrada em cena dos holandeses, ingleses, franceses e outros estragou os planos de hegemonia de portugueses e espanhóis). Como resultado desta ideologia colonial a influência cultural portuguesa, e principalmente a da Igreja católica de matriz portuguesa, foi provavelmente o mais importante factor de conformação da cultura timorense moderna. As grandes religiões dominantes no resto da Ásia, nomeadamente o hinduísmo, budismo, taoísmo e islamismo, quase não tocaram Timor. E o catolicismo aqui é historicamente, e também no imaginário colectivo dos timorenses, um legado português. Seria um erro pensar que a fé católica é menos sincera devido à importância que continuam a ter as crenças e práticas religiosas animistas. A religiosidade popular não segue os cânones teológicos do Vaticano, seja em Timor ou noutros lugares do mundo, como bem sabe quem, como eu, vêm do meio do povo. Em Portugal, velha nação católica que conseguiu a independência há mais de oito séculos, a fé na Igreja mantém-se até hoje nos meios rurais ao lado da crença em bruxas e lobisomens, esconjuros e maus-olhados, e ainda se realizam muitas cerimónias cuja origem é na realidade pagã. O que acontece em Timor é que a maior parte dos timorenses vive simultâneamente em esferas culturais que ora se sobrepõem ora se mantém separadas: acredita-se ao mesmo tempo no poder protector do ‘birun’ abençoado pelo lian-na’in do cnua dos avós e no do crucifixo que se leva na corrente pendurada ao pescoço ou da imagem de Santa Bakhita que vai pregada na camisola. Fazem-se as cerimónias animistas tradicionais aquando das colheitas, mas também se reza na missa para que a terra seja fértil e generosa. A religião tradicional costuma manter-se no entanto em círculos mais restritos (o cnua, o suco, a região vizinha de certa montanha, os reinos unidos por certa aliança sagrada, o grupo etno-linguístico…) e as subtilezas desses rituais não são conhecidas ou compreendidas pelos timorenses de outras regiões. Um lian-na’in fataluco, p.ex., pode ser respeitado por um timorense baiqueno ou tocodede pela autoridade e poderes que lhe reconheçam mas o que ele diz nas suas orações passa-lhes completamente à margem. A religião católica, pelo contrário, é supra-região, os rituais são partilhados pela grande maioria dos timorenses e estes sentem que fazem parte do todo nacional dos crentes; se os rituais tradicionais específicos de cada comunidade separam, os rituais católicos unem. Noutros países de tradição católica vieram a surgir nos tempos modernos movimentos culturais seculares que, ainda que tivessem raízes na cultura influenciada pelo catolicismo dos seus países, representavam um corte com ela, mas em Timor-Leste o embrião de um tal movimento no final do período colonial português foi extinto pela invasão indonésia, já que quase todos os que poderiam ser os seus teóricos e impulsionadores foram mortos pelos ocupantes, de forma que é também essencialmente católica a cultura urbana e das elites intelectuais do país. Podemos dizer que as pessoas em Timor têm as suas crenças religiosas organizadas como os nomes: muitos têm um nome autóctone, “gentio”, que só é usado no âmbito restrito da sua família ou cnua, ou grupo etno-linguístico; depois têm um nome de estima, diminutivo ou hipocorístico do nome de baptismo segundo as regras fonológicas do tétum ou proveniente de uma palavra tétum, que podem usar também na família, mas tem uma abrangência social maior, incluindo os colegas da escola ou trabalho; por fim, têm um nome oficial português e cristão, que é de utilização obrigatória em situações públicas mais formais. Não há um dos nomes que seja mais correcto ou “timorense” do que os outros, cada um deles é a resposta “timorense” adequada para âmbitos sociais específicos. De forma que quase todos os timorenses têm nomes oficiais portugueses. Mesmo a maior parte dos membros da minoria timorense de etnia chinesa usa hoje um nome oficial português (não esqueçamos que a paranóia estatal indonésia anti-comunista fazia equivaler identidade chinesa a simpatia por Pequim, e aprovou mesmo em 1966 um regulamento, posto em prática no ano seguinte, coagindo os indonésios de origem chinesa a adoptar nomes que soassem mais indonésios). Os chineses timorenses fizeram de resto o mesmo que a população autóctone das montanhas fez: tendo que optar por uma das religiões reconhecidas pelo Estado indonésio escolheram em massa aquela que sentiam mais próxima, o catolicismo. Quando os portugueses saíram de Timor em 1975 os católicos não chegavam a um terço da população, hoje quase toda a gente é católica. A maior parte dos timorenses cumpre assim durante a vida uma vasta gama de rituais que lhes foram transmitidos pelos portugueses. As festas de casamento são semelhantes às que se faziam em Portugal e os pares dançam como ainda se dança nos bailes das aldeias portuguesas. Quando morre um familiar anda-se um ano vestido de preto em sinal de luto como os portugueses. No Domingo de Ramos as pessoas vão benzer o ramo que depois penduram dentro de casa para afastar as desgraças e o mau-olhado, tal como é tradição em Portugal. No dia dos Fiéis Defuntos vai-se acender velas no cemitério e rezar aí pelas almas dos entes queridos já falecidos, tal como fazem as famílias portuguesas. Os timorenses benzem-se quando se admiram ou assustam com alguma coisa, como fazem os “avós” em Portugal. Vem da língua portuguesa uma parte enorme do vocabulário do tétum praça, língua franca de Timor, língua nacional e língua co-oficial. Até muitos dos palavrões que os timorenses usam quando se zangam são portugueses! Esta cultura mestiça euro-asiática moderna marca a diferença e a maneira específica de os timorenses se afirmarem no contexto regional. Está aí a raiz da nacionalidade leste-timorense. Os leste-timorenses são-no porque são diferentes dos indonésios, dos australianos e de outros povos da região. São leste-timorenses por causa da sua História e da sua Cultura!
    PRECISAMOS DE UMA ESTRATÉGIA PARA A TELEVISÃO E OUTROS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE MASSAS
    Apesar do tudo o que foi dito não se pode pensar que a cultura timorense, ou de qualquer nação, é um produto acabado, imutável. A ligação histórica com o mundo lusófono precisa de ser potencializada, promovida e aprofundada, nomeadamente no que se refere aos produtos culturais e de comunicação social consumidos pelas massas. Não se tem feito muito neste campo. O Lia Foun é uma das poucas, pouquíssimas, excepções, já que é o único jornal inteiramente bilingue, com uma equipa de jovens tradutores e jornalistas que demonstram pela sua própria existência que o português começa a não ser em Timor uma língua “de velhos”.
    Todos sabemos que a língua portuguesa e o tétum são as línguas oficiais de Timor-Leste, cada uma com o seu próprio papel. Nota-se porém que o acesso da população em geral, e dos jovens em particular, ao contacto com a língua portuguesa é ainda muito reduzido, mesmo nos âmbitos mais formais (escola, inter-acções com a administração) que seriam aqueles onde mais naturalmente poderia ter lugar. Depois de seis anos do fim da ocupação indonésia, é pouco ainda o consumo da cultura popular de massas de origem lusófona em Timor, nomeadamente no que se refere aos programas televisivos. A música lusófona que se ouve nas festas de casamento é resultado da procura dos consumidores locais e mais um testemunho da ligação de Timor com esse universo, mas não tem sido ainda alvo de uma política coordenada de apoio a essa tendência. Há ainda assim alguns sinais de esperança, como a recente iniciativa, plena de sucesso, e apoiada pelo BNU e a Fundação Oriente, de organização de um festival da canção na televisão em que os jovens concorrentes imitavam estrelas da música, com uma das duas canções interpretadas a ser obrigatoriamente em língua portuguesa. A juventude (que é a esmagadora maioria da população no país) vê VCDs e DVDs piratas com filmes anglo-saxónicos legendados em indonésio, e as famílias timorenses de todas as classes sociais esforçam-se para comprar uma antena parabólica para poderem assistir em casa às telenovelas indonésias ou brasileiras, mexicanas e venezuelanas dobradas em língua indonésia. Alguma da programação da RTP Internacional que é retransmitida na frequência da RTTL é pouco apelativa para o público timorense (inclui coisas como o telejornal da ilha da Madeira, que só será interessante para as comunidades de emigrantes madeirenses espalhadas pelo mundo…), e sendo exclusivamente falada em português é de difícil compreensão para o público local. A realidade dos lares timorenses é que há pouquíssimos jovens a assistir aos programas da RTP aqui retransmitidos.
    Na sociedade moderna, não há como não ter em consideração o papel da televisão e as vantagens que podem surgir da sua utilização com objectivos educativos. Assim, parece-me que seria importante criar uma Unidade de Tradução e Legendagem de Materiais Audiovisuais, que trabalhasse com programas televisivos falados em português legendando-os em tétum, tornando-os assim atractivos para o público timorense. A escolha de programas a traduzir ficaria inteiramente ao critério das autoridades timorenses e portuguesas, mas eu recomendaria que se apostasse em programas de ficção para o grande público (uma telenovela, p.ex.), de forma a cativar o interesse das pessoas. Teria seguramente um efeito muito positivo se conseguissemos sentar as famílias timorenses em
    frente à televisão a ouvir duzentos episódios de uma telenovela em português e a ler em tétum correcto as legendas, em vez de ouvirem duzentos episódios de uma telenovela falada em indonésio… Para marcar simbolicamente o arranque de um projecto desse género talvez fosse possível a RTP conseguir autorização para a legendagem em tétum e exibição na RTTL de um filme com conteúdo histórico relevante como “Capitães de Abril” de Maria de Medeiros. Entretanto ia sendo treinada uma equipa de timorenses do género da que existe no Lia Foun, composta por jovens, que viessem a poder assegurar no futuro sozinhos esse trabalho.
    A reestruturação feita recentemente na televisão de Timor-Leste parece-me bastante positiva, e é de saudar o aparecimento de blocos noticiosos em língua portuguesa, mas se vier a ser possível ter telejornais timorenses falados em tétum com legendas em português e falados em língua portuguesa com legendas em tétum isso será seguramente mais um passo em frente.
    É FUNDAMENTAL INVESTIR NOS JOVENS
    Existe uma razão para eu insistir tanto no envolvimento de jovens. Um estudo recente do Ministério da Saúde citado pela Lusa mostrava que a taxa de fecundidade actual em Timor-Leste é a mais alta do mundo, um terço das mulheres timorenses com idade entre os 20 e os 35 anos engravida todos os anos. A taxa de crescimento populacional anual é de 3,9 por cento e prevê-se que se não houver alterações ao estado de coisas actual a população pode duplicar de 18 em 18 anos. O sistema de ensino timorense debate-se com a falta de professores qualificados para ensinar a língua portuguesa ou em língua portuguesa, e muitos dos que ainda vai havendo estão já próximos da idade da reforma. Timor-Leste é um país de crianças e jovens. Se não dirigirmos a maior parte dos nossos esforços para essas faixas etárias estaremos condenados ao fracasso. Mas isto sempre fazendo uma utilização racional dos recursos humanos existentes. Por exemplo a maior parte dos professores vindos de Portugal está hoje empenhada na formação de professores timorenses, em vez de desbaratarem recursos ensinando directamente nas escolas secundárias com resultados pouco significativos – isto parece-me uma mudança muito positiva em relação aos tempos iniciais. Defendo a aposta nos jovens, não apenas porque é deles o futuro, mas também porque os timorenses que aprenderam a língua portuguesa antes da invasão indonésia são já lusófilos e desempenham já o seu papel nos diversos lugares em que trabalham. Não me parece que fosse muito útil andar a retirar todos os melhores professores das escolas onde desempenham com profissionalismo o seu labor na difusão da língua portuguesa, privando assim os seus alunos da possibilidade de terem acesso a um ensino com qualidade, para os colocar noutra posição para a qual poderiam até nem estar vocacionados. Parece-me melhor optar por formar mais profissionais, jovens de preferência, e dar-lhes visibilidade para provar que as novas gerações também conseguem aprender português quando decidem empenhar-se nisso.»

    Esperança, João Paulo T. – Reconstruir pontes para o mundo luzófono/ Harii fali ponte sira ba mundu luzófonu, in: «Jornal Lia Foun», Díli (Timor-Leste), Edições Média Alta,Lda, ano 0 (28), 23 de Setembro de 2005, p. 14-15

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  • a FLA E O NOVO LIVRO DE JOÃO DE MELO

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    MANIPULAÇÃO, MISTIFICAÇÃO E REVISIONISMO HISTÓRICO

    No passado dia 27 de Junho, o escritor açoriano João de Melo concedeu ao DN de Lisboa (link abaixo) uma entrevista, a propósito da publicação do seu último romance intitulado «Livro de Vozes e Sombras», no qual é abordado três momentos complexos da nossa História recente : o independentismo açoriano, a guerra colonial e a deriva totalitária ocorrida durante o PREC.

    Não vamos comentar e/ou criticar a obra literária acima referenciada, pois não é da nossa «especialidade», mas tão só comentar um parágrafo algo patético da lavra do jornalista que apresentou e conduziu a entrevista.

    Ora, o dito jornalista, inicia assim a sua prosa : « Só ao cabo de trinta livros é que o escritor João de Melo investe totalmente numa questão muito polémica da nossa história como foi a da ação terrorista da Frente de Libertação dos Açores. Pelo meio revisita a guerra colonial, a questão dos ‘retornados’ e a deriva esquerdista e populista do Verão Quente, que se segue à Revolução de Abril de 1974. ]

    Atribuir «acção terrorista» à FLA é manifestamente uma autêntica mentira histórica, tendo em atenção a conturbada e complexa conjuntura político-militar que se vivia.

    Essa adjectivação – «terrorista» – é muito recorrente na historiografia oficial portuguesa e tem sido bengala para muitas dissertações políticas e jornalísticas quando se aborda a erupção independentista açoriana da década de 70′. Inclusive dentro do nosso arquipélago há quem subscreva – grupos minoritários que nunca aceitaram a vontade do povo açoriano naquele período histórico – essa narrativa.

    Acontece que a FLA – embora sendo a precursora no combate directo às tentações totalitárias dum MFA espúrio e duma «esquerda» social-fascista – não actuou muito diferente daqueles partidos e organizações que hoje são considerados «pilares» da democracia portuguesa.

    No Verão Quente todos actuaram contra todos. Assaltos a sedes partidárias, atentados, assassinatos, saneamentos, expulsões do país, prisões, etc, etc.

    E há aqui uma manifesta dualidade de critérios. Enquanto a FLA não tem no seu «cadastro» nenhuma morte, os grupos terroristas portugueses continentais MDLP do General Spínola – com o ELP, seu braço armado -, vários grupos associados ao CDS, PSD e PS (assaltos a sedes partidárias adversárias, perseguições, roubos de armas e de explosivos militares,etc.) – têm no seu «cadastro» várias mortes e muitos atentados bombistas. E não esquecer a extrema-esquerda e os seus grupos PRP/Brigadas Revolucionárias e FP-25, responsáveis por dezenas de assassinatos.

    Para Portugal – e os seus lacaios – a FLA foi considerada uma «organização terrorista» – e até foi feita uma alínea constitucional para o efeito … – e os seus responsáveis foram perseguidos, julgados e muitos tiveram que fugir para os EUA e Canadá.

    Já o General António de Spínola, golpista e responsável politico e moral por dezenas de atentados bombistas e mortes – assim como muitos activistas militares e civis próximos dele – foram «recuperados» para a democracia, amnistiados , chegando o dito General à posição honorífica de Marechal.

    Também – e pela mão de Mário Soares – muitos membros da FP-25Abril , a começar pelo seu estratega politico e moral, Otelo Saraiva de Carvalho, foram amnistiados pela República.

    Os que nos Açores lutaram pela libertação da sua terra e contra a ameaça duma nova ditadura militar de sinal contrário são considerados «terroristas». Já aqueles que no Continente puseram o país a ferro e fogo, foram e são considerados grandes «democratas» e comendadores da República.

    Por aqui se vê o que faz a «lavagem cerebral»… que alguns foram alvo e objecto….

    https://www.dn.pt/…/parece-que-nunca-fomos-cruzados-inquisi…

    @ Ryc

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  • Como se faz uma burla de 11,8 mil milhões euros?

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    Seis anos depois, falemos pois de como desapareceram quase 12 mil milhões de euros. Sim, porque é desta enormidade que falamos quando falamos do resultado dos crimes atribuídos e Ricardo Salgado & Cia. Mesmo assim há por aí gente com saudades do tempo das suas “liberalidades”…

    Seis anos depois, falemos pois de como desapareceram quase 12 mil milhões de euros. Sim, porque é desta enormidade que falamos quando falamos do resul…

  • timor petróleo woodside regista perdas

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    Petrolífera Woodside regista perdas de valor no projeto Greater Sunrise no Mar de Timor

    Díli, 15 jul 2020 (Lusa) – A petrolífera australiana Woodside registou imparidades de 170 milhões de dólares (149 milhões de euros) no projeto de Greater Sunrise, onde Timor-Leste tem uma participação maioritária, num quadro de redução do valor de todos os ativos.
    Em comunicado, a empresa indicou que as imparidades totais em todas as áreas de negócio atingem, antes de impostos, os 5,27 mil milhões de dólares (4,61 mil milhões de euros), abrangendo os ativos de petróleo e gás na Austrália Ocidental, instalações de gás natural liquefeito (GNL) e licenças de exploração.
    Esse valor total, que desce para 3,92 mil milhões de dólares (3,44 mil milhões de euros) depois de impostos, abrange imparidades de 2,76 mil milhões de dólares (2,42 mil milhões de euros) em ativos de petróleo e gás e 1,16 mil milhões (mil milhões de euros) em ativos de exploração e avaliação, incluindo o Greater Sunrise.
    No caso deste projeto, em que a petrolífera timorense Timor Gap tem uma participação maioritária e de que faz parte ainda a Osaka Gas, a Woodside apontou como motores da imparidade o “aumento da incerteza das condições regulatórias, questões fiscais e o conceito de desenvolvimento”.
    A imparidade é uma redução permanente do valor do ativo de uma empresa, calculado com base nos rendimentos esperados comparados com o valor contabilístico atual.
    Se for determinado que o valor contabilístico do ativo excede o fluxo de caixa futuro ou o benefício do ativo, a diferença entre os dois é amortizada e o valor do ativo diminui no balanço da empresa.
    O projeto do Greater Sunrise constitui o maior investimento de sempre do Governo timorense, que já utilizou 650 milhões de dólares (570 milhões de euros) do fundo petrolífero para comprar a participação maioritária no consórcio que vai realizar o componente de ‘upstream’ do projeto.
    As estimativas iniciais da Timor Gap antecipavam que o desenvolvimento do projeto teria custos de capital até 12 mil milhões de dólares norte-americanos (cerca de 11 mil milhões de euros).
    A previsão otimista, baseada num preço por barril de cerca de 60 dólares (53 euros), era de um retorno financeiro que podia alcançar os 28 mil milhões de dólares (24,5 mil milhões de euros).
    Nos pressupostos divulgados esta semana a Woodside disse esperar que os preços por barril caiam até 35 dólares (30,1 euros) este ano, subam para 44 dólares (38,6 euros) no próximo e continuem a aumentar até 65 dólares (57 euros) em 2025.
    Timor-Leste adquiriu a participação no quadro das negociações das fronteiras marítimas permanentes com a Austrália, apostando no desenvolvimento do setor petrolífero centrado, em particular, na costa sul.
    Tanto o tratado das fronteiras marítimas como o projeto de Greater Sunrise foram encabeçados pelo ex-Presidente timorense Xanana Gusmão que, na sexta-feira, se demitiu como representante do Governo para as fronteiras marítimas com a Austrália e para o desenvolvimento do projeto dos poços de Greater Sunrise.
    Na carta de demissão enviada ao primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, Xanana Gusmão referiu a decisão de exoneração de Francisco Monteiro como presidente da Timor Gap e a substituição pelo ex-“número dois” Antonio Loiola de Sousa.
    O Governo explicou que a alteração na liderança da petrolífera timorense Timor Gap, aprovada esta semana, pretende conseguir uma gestão mais eficiente, eficaz e alinhada com a “nova visão estratégica” do executivo para o setor petrolífero.
    O Governo ainda não divulgou os pormenores da nova estratégia, antecipando-se a possibilidade de mais alterações noutras estruturas ligadas ao setor.

    ASP // EJ
    Lusa/Fim

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  • uber-nos-açores-

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