Skip to content
  • Início
  • AICL a Mesa jan 2025 – março 2026
  • AICL a ficha de inscrição para associados março 2024
  • AICL Biodados dos Patronos maio2025
  • AICL BOAS-VINDAS aos sócios março2024
  • AICL Comissão Científica 2024
  • AICL Comissão Executiva 2025
  • AICL Declaração de princípios e objetivos
  • AICL Declaração de utilidade pública
  • AICL Estatutos e regulamento interno atualizado 2023
  • AICL Historial atualizado dezembro 2023
  • AICL IMAGENS apresentadas colóquio 40 em abril2025
  • AICL instruções de publicação (sinopses, atas, etc) janeiro 2023
  • AICL lista de autores açorianos, açorianizados, etc.,presentes 2001-2025
  • AICL lista de FUNDADORES e Sócios Ordinários jan 2025
  • AICL LISTA ISBN ISSN
  • AICL SÓCIOS E OBRAS NO PRL PLANO REGIONAL DE LEITURA2024
  • apoios AICL 2001-2023
  • lista de Protocolos. AICL 2001-2025
  • Política de privacidade

blogue.lusofonias.net

blogue de tudo e nada para mentes pensantes

Author: CHRYS CHRYSTELLO

O “incrivelmente estúpido” hidrogénio de Galamba – Observador

Views: 0

Source: O “incrivelmente estúpido” hidrogénio de Galamba – Observador

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

SEM COMENTÁRIOS, NO MUSEU

Views: 0

Sotero Drummond
teSp9honsoreadt

·

Image may contain: 4 people
Vivien Charlier
1netu2 ASungpust actfoSht nsifho11rsteoadh:00sgl

·

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

PRECISA-SE CARPINTEIRO URGENTE

Views: 0

Pedro Figueiredo
t8Sponsoruhhedt ·

Image may contain: one or more people and shoes, text that says "PRECISA-SE DE CARPINTEIRO Este já não deve vir, amanhã..."
Luis Paulo Possidonio
SsctSponsoh11redh

·

Urgente….
7Pedro Figueiredo and 6 others
3 comments
2 shares
Like

Comment
Share
Comments
View comments

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

COVID, O MEDO E O DIÁRIO DE UM PSIQUIATRA

Views: 0

André Silveira
otSpon1rsouhred

·

Image may contain: 1 person, text that says "EXPRESSO.PT medo Expresso i"
Pedro Pi
5 tSpserrAauorugtussnsotrS at siol2r2aeud:53mf

·

O MEDO
O meu risco de ter uma doença grave nos próximos dez anos é muito maior do que morrer da covid
Quando percebi que estava a ficar completamente dependente do boletim diário da DGS, com os novos casos, com as mortes, com as taxas de letalidade, gerais e da minha faixa etária, finalmente decidi pensar porque é que o medo me tinha entrado, em força. Estaria eu capaz de ser sujeito a qualquer privação da minha liberdade, em nome do meu risco de ser infectado?
Durante a fase de confinamento assisti a coisas que me incomodaram, mas que relativizei. Um dia fui passear o cão, perto do Guincho, quando fui abordado pela PSP. “Onde mora?” Respondi que morava perto. “Não pode andar aqui, está a mais de 400 metros de casa, se o voltarmos a encontrar, incorre no crime de desobediência.” Disciplinadamente, regressei a casa e fui procurar onde estavam inscritos os metros de distância, em que podia dar uma volta com o cão. Não encontrei.
Confesso que achei bizarro, mas não voltei a pensar nisto. Continuei a passear, de madrugada, sem nunca ser incomodado. Recentemente, foi notícia a história de uma mulher que apresentava alguns sintomas de covid. Foi ao serviço de urgência e quando lhe iam fazer o teste, fugiu, em pânico. Não foi na Área Metropolitana de Lisboa, foi na Figueira da Foz, zona do país sem nenhum estado especial… Foi “capturada” no dia seguinte pela polícia e conduzida ao hospital para ser testada.
Tanto quanto tenho conhecimento, a única situação, devida a suspeita de doença, em que um cidadão pode ser detido e levado ao hospital é a doença mental. Muitas limitações que nos são impostas, apesar das observações de alguns juristas sobre a legalidade das mesmas, não foram postas em causa pela grande maioria dos cidadãos. Mais, foram acatadas sem grandes problemas. O medo fez bem o seu trabalho.
Com o desconfinamento e maior informação sobre a letalidade do vírus o medo abrandou. Com taxas médias de letalidade de 3,5% para todas as faixas etárias, os mais jovens e os de “meia idade” aperceberam-se que o seu risco era baixo e foram para a rua, como tinham sido instruídos… Mas a partir dos 70 anos a taxa de letalidade sobe para 16%. Felizmente ainda ninguém me pôs num lar — por enquanto — a prevenção depende, quase inteiramente, de mim. Porquê então este medo? Porque fomos bombardeados, durante meses seguidos, com mortes e mais mortes. Com notícias terríveis de semanas de internamento em UCI, que acabavam mal. Mas, sobretudo, com a incerteza. Com opiniões de técnicos e de organizações responsáveis que se contradizem. De agentes políticos que, salvo raras excepções, não têm a coragem de dizer, sabemos ainda muito pouco, mas estamos a fazer o melhor que podemos e sabemos.
Tudo isto fez com que a percepção do risco seja muito maior do que o risco real e olhemos — é o que eu faço e não devia fazer — apenas para o número de novos casos. Politicamente são óptimos para a chicana política. Falar de mortos e de casos internados só rende, quando aumentam. E estão a diminuir…
Sendo médico sei os riscos que corro, não pelo vírus, mas pela idade e pelo azar, que, à medida que o tempo passa, se pode tornar mais azarento. E não vivia com medo. O meu risco de ter uma doença grave nos próximos dez anos é muito maior do que morrer da covid.
Mas nada disto, racional e objectivo, me consegue tirar o medo.
Já marquei consulta para o psiquiatra.
DIÁRIO DE
UM PSIQUIATRA
POR JOSÉ GAMEIRO 01.08.2020 às 10h37
Like

Comment
Share
Comments
Write a comment…

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

CORONA MORRE AO TENTAR INFETAR ROLLING STONES

Views: 0

Rosely Forganes
otSpon9rsouhred

·

Image may contain: 1 person, text that says "CORONA VIRUS MORRE APOS TENTAR INFECTAR KEITH RICHARDS.!!"
Lili Sacone
1ttSspon2asorehtd

·

Kkkkkkk

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

rota da TERRA FRIA TRANSMONTANA

Views: 0

Rota da Terra Fria Transmontana
tSSepptodncosnhsSloreourtdedS

·

O troço 9, que vai se Sobreiró de Cima a Moimenta, tem como duas paragens importantes “As Bodegas” e as “Cristas Quartzíticas”. Descubra mais paragens no nosso vídeo 👉🏻 https://www.youtube.com/watch?v=1Z4tc8EKrcs
E mais informação sobre todo o troço 👉🏻 http://www.rotaterrafria.com/pages/102
Image may contain: text that says "MOIMENTA ONOR SOBREIRÓ DE CIMA ZOIO QUINTANILHA SALSAS AVELANOSO CONSTANTIM ALGOSO MOGADOURO SENDIM 9 TROÇO"
Rota da Terra Fria Transmontana
Landmark & historical place

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

economia global do absurdo

Views: 0

Rosely Forganes
36 m

·

Image may contain: text that says "PEARS GRDWH IN ARGENTINA PACKED IN THAILAND PACIFIC OCEAN AUSTRALIA WASTE ED"
Waste-Ed
toaS30lnp rosJmsulnnysfaoo satrs ed0e3gs:00

·

When your snack has seen more of the world than you have, you know there’s a problem! Absolutely stupid amounts of fuel must’ve been wasted to get these pears from Argentina to Thailand and all the way back to the US. That’s 2 trips across the globe before these sad-looking pears could finally be eaten, and the damage isn’t even done yet! Who knows what country this well-traveled single-use plastic will wind up in next once it gets tossed. It’s time to stop sacrificing the environment for the sake of convenience! Shop from your local farms and farmers markets whenever you can. The planet will thank you for it! 🌿
Like

Comment
Share

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

“Senhora das Vitórias”, naufrágio há 78 anos no Corvo

Views: 33

Fernando A. Pimentel

AÇORES UNIDOS.
tSpotns1uore0uhdo

·

Faz hoje 78 anos que , saiu do porto das Lajes das Flores, pela segunda vez, a lancha “Senhora das Vitórias”, escalando os portos de Santa Cruz e da Fajã Grande, tendo-se demorado mais neste último porto devido ao facto dos passageiros serem, na sua maioria, desta freguesia. Daqui, e transportando 34 passageiros e 5 tripulantes, rumou à ilha do Corvo para a festa de Nossa Senhora dos Milagres.
Contrariando a vontade do mestre, António de Almeida, já avisado pelo cabo do Mar de Santa Cruz que deveria chegar ao Corvo antes do anoitecer, o dono da embarcação, António André de Freitas, achou que, devido ao excelente tempo que se fazia sentir e à vontade dos passageiros de assistir à festa, não havia qualquer perigo, mesmo que chegassem ao Corvo já depois do anoitecer.
Assim, após uma excelente viagem, a “Francesa” aproximou-se do Corvo por volta das 21 horas, quando na ilha se realizava a procissão de velas, provocando todas aquelas velas acesas um lindo efeito para quem se aproximava da ilha pelo mar e contagiando, também, os que a bordo da embarcação se encontravam que começaram a cantar entusiasticamente o “Avé Canta Portugal”.
Quando se preparava para acostar na ilha, o mestre da lancha, influenciado ou enganado pelas luzes de archotes utilizadas por corvinos que se encontravam a apanhar caranguejos nas rochas ao norte do Porto do Boqueirão, encalhou a embarcação numa baixa, confundindo o local dos archotes com o porto que julgava estarem eles a iluminar.
No início, o roncar da lancha na rocha deu a impressão aos passageiros que haviam encostado ao cais, até porque estava extremamente escuro. Só momentos depois se aperceberam do que realmente havia acontecido. Houve então uma grande gritaria e confusão, com todos a tentarem salvar-se. Um marinheiro, nadando para terra, conseguiu pedir socorro, já que o naufrágio ocorrera a apenas cerca de 30 metros da costa. Mal se aperceberam de tão terrível tragédia, os corvinos juntaram-se no porto do Boqueirão e, apesar de incrédulos com tudo o que estava acontecendo, reagiram de imediato. De terra foi lançada ao mar uma embarcação que, para além de recuperar os vivos, recolhia os mortos.
Ninguém conseguia acreditar no que estava acontecendo. Os cânticos deram lugar a choros ininterruptos, as lágrimas corriam incessantemente nos rostos pálidos de toda a população.
As crianças agarravam-se às mães sem perceberem muito bem o que se estava a passar. Estas, por sua vez, benziam-se e percorriam as contas dos rosários numa lengalenga sincronizada e contínua. Os homens, num frenesim constante, percorriam as rochas e os destroços, numa tentativa desesperada de encontrar mais sobreviventes.
A consternação e incredulidade eram gerais.
Como balanço final do ocorrido, registaram-se nove mortos e oito desaparecidos. Os corpos foram levados para a Casa do Divino Espírito Santo, onde foram solenemente velados, tendo sido sepultados, no dia seguinte, no cemitério do Corvo.
Apesar de nunca mais ter sido esquecida esta grande tragédia e, como forma de a perpetuar no tempo, a partir de 2006 e, por iniciativa do padre Alexandre Medeiros, todos os anos no dia 14 de Agosto a imagem de Nossa Senhora dos Milagres sai em procissão da igreja até ao porto do Boqueirão, onde é atirada uma coroa de flores como forma de homenagear todos os que naquele fatídico dia perderam a vida.
105Paulo Casaca, Fatima Sousa and 103 others
10 comments
13 shares
Like

Comment
Share
Comments
View 4 more comments
  • Fernando A. Pimentel
    Gloria

    na edição da próxima semana deve sair no Portuguese Times um artigo meu sobreva festa de Nossa Senhora dos Milagres.

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

Detetado um raro terramoto “boomerang” nas profundezas do Atlântico

Views: 0

Source: Detetado um raro terramoto “boomerang” nas profundezas do Atlântico

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

TERESA TOMÉ história para jovens

Views: 0

Teresa Tomé
12 h

·

Escrevi esta pequena história para o Jornal “A Nova Persuasão”, partilho com jovens e menos jovens, com votos de que possam gostar tanto quanto gostei de a escrever.
Manuel Pedro Viveiros de Outoguia era um menino nobre de sangue azul, que viria um dia a ser Visconde de Outoguia.
O Pai e a mãe de Manuel, bem como os seus dois irmãos gostavam muito dele, mas por vezes achavam-no estranho.
– Estranho como? Perguntou a minha neta. Era para ela que eu contava estas histórias, que já tinha ouvido à minha avó.
– Estranho, porque muitas vezes o Manuel, preferia ficar na grande Biblioteca da casa, enterrado numa poltrona funda a ler um livro em vez de jogar à bola, à macaca e ao pião, como faziam os outros rapazes da sua idade.
– Avó, o que é: – jogar à macaca?
– Para jogar a Macaca é preciso, primeiro desenhá-la no chão. De seguida, o jogador atira uma pedra (Ou outra marca) para a primeira casa e a pé coxinho, sempre em equilíbrio leva-o através do jogo desenhado. Nas casas 4
e 5 e 7 e 8 deve parar e ficar com os dois pés no chão. Prossegue depois a pé coxinho e no final repete o percurso da mesma maneira.
– Um! Parece bom, mas se calhar um pouco monótono! Comentou a minha neta.
– As crianças parecem divertir-se muito! Mas, voltemos à história de Manuel e do pássaro.
– É verdade, voltemos à história! Mas, o pássaro ainda não apareceu.
– Vem já de seguida, acrescentei, só um pouco de paciência.
Numa das tardes em que Manuel estava praticamente escondido na Biblioteca, para que não o importunassem com outros trabalhos e brincadeiras, sentiu um barulho estranho que vinha da janela.
O dia estava borrascoso e uma tempestade ameaçava vir do mar. O … tum, tum, na janela fazia-se sentir de novo, insistente.
Manuel receoso aproximou-se dos vidros e lá estava: – um pássaro de penas escuras com algumas manchas brancas, que batia com o bico na vidraça. O rapaz procurou enxotá-lo, mas o pássaro não arredava pé e com o bico negro continuava a bater. Os olhos de grande vivacidade olhavam Manuel e pareciam falar.
Bem, és tão pequeno, que não me vás, fazer mal, pensou. Mesmo assim, já me arrisco em abrir a janela com este tempo, vai entrar vento e frio e se calhar apagar o lume da lareira.
-Vá, lá, disse para si mesmo, sempre quero saber porque está este pássaro aqui.
O resto da casa parecia silencioso, era Domingo de tarde e os pais e o restante pessoal da casa costumavam fazer uma sesta.
– Avó, o que é uma sesta?
– Uma sesta é um hábito que se perdeu no nosso tempo e apenas o fazem as crianças pequenas, embora muitas vezes a contra gosto.
– Quando vamos dormir de tarde? Interrogou a minha neta e continuou: – Eu já não durmo!
– Pois, não meu amor. Quando eras mais pequena, acordavas muito rabugenta, desde muito novinha deixaste de dormir de tarde.
– O que é rabugenta, avó?
– É quando estamos mal dispostos e com vontade de explodir por tudo e por nada. Mas, vamos novamente para a história. Lembras-te que Manuel estava agora com vontade de correr riscos, de viver a grande aventura do seu dia.
– É, verdade avó. Achas que ele vai abrir a janela e deixar o pássaro entrar.
– Sim, Manuel não conseguiu resistir e mesmo naquele dia de vento e tempestade, abriu a janela.
O pássaro entrou veloz. Voou pela sala, umas vezes parecendo planar outras com bater de asas, até que pousou, como se estivesse a amarar numa pilha de livros que estava em cima da grande secretária de mogno.
– O que é amarar, avó? Lá estava de novo a vozinha insistente da minha neta. Com tantas perguntas achei que ela não estava a gostar da história.
– É, quando pousamos no mar, expliquei e passei de imediato ao relato da história.
– Sobre a pilha de livros, o pássaro ficou a olhar Manuel, com os seus olhinhos pretos e vivos.
O rapaz aproximou-se devagarinho. O pássaro não se mexeu e quando Manuel se aproximou começou a falar, numa voz rouca, molhada do mar, mas que depois foi ficando mais clara.
– Vim, lá de baixo do oceano, porque tenho uma mensagem para ti.
– Uma mensagem?! Retorquiu o pequeno? Como pode ser? Um pássaro a falar e com uma mensagem.
– Manuel não cabia em si de espantado.
– Eu sou um pássaro especial. Sou um Paim mas também me chamam Alma de Mestre, porque a minha vocação é ser guia. Muitas vezes conduzo os marinheiros a porto seguro e os pescadores a casa quando o mar está revolto e se torna difícil andar sobre as águas. Estou habituado a falar com os humanos.
– Mas, hoje, estás longe do mar. Comentou Manuel, já mais habituado a falar com o pássaro.
É verdade que estamos numa ilha e o mar nunca está longe, mas para uma ave pequena como tu ainda tiveste que voar bastante para chegar a esta colina.
– Não te preocupes, não estou cansado, a minha Alma de Mestre dá-me asas para voar. Respondeu o pássaro. – E, a mensagem que trago hoje tem a ver com a tua missão na vida.
– A minha missão?! Mas eu sou uma criança.
– Um pequeno jovem, corrigiu o pássaro. – E, é agora que tens de te preparar para que um dia possas cumprir a tua missão.
– E, o que devo fazer? Perguntou Manuel.
– Tens de continuar a ser, o que és, mesmo quando fores adulto. Disse o pássaro.
– E, o que é que eu sou?
– És livre!
– Livre? Como pode ser isso. Estou sempre a ser obrigado a aprender lições que nada me dizem e a fazer trabalhos de que não gosto. Se não cumpro com as obrigações, que me ditam os meus pais, arrisco-me a ser castigado.
– Mas, aqui dentro desta Biblioteca és livre, disse o Paim.
Os olhos de Manuel brilharam de alegria.
– Sim, tens razão, aqui sou livre. Sonho à vontade e viajo sem limites com os livros destas estantes. Sinto-me leve e livre, quando empoleirado no escadote deslizo pelos títulos, como se fosse uma ave e até por vezes parece que sou capaz de voar como tu. Só paro quando encontro um livro que me desafia a ir ao encontro de novas aventuras.
– Acho que já percebeste. Afirmou o Paim, que acrescentou: – Quando fores grande serás o dono destas terras que vão até ao mar. Muita gente virá habitá-las, será como uma pequena freguesia. Na pedreira, ali em baixo, trabalharão os coubacoureiros, do outro lado uma debulhadora moerá o trigo e o milho para o pão. Os camponeses trabalharão nas terras de sol a sol e colherão frutos maduros. Muros erguer-se-ão, casas serão construídas. Gente vai nascer e morrer. Haverá alegrias e tristezas, casamentos e batizados.
Tu, estarás à frente deste futuro. Mantém-te livre. Porque liberdade é ser capaz de amar sem pertencer e viver sem dominar.
– Espera, espera, isso parece ser complicado! Disse Manuel.
– Então pega no teu caderno de notas e escreve, porque esta será a mais importante lição da tua vida, ordenou o pássaro.
Manuel obedeceu, pegou na caneta e desenhou as palavras no caderno: – “Liberdade é ser capaz de amar sem pertencer e viver sem dominar”.
– Só assim poderás continuar a sentir alegria de voar. Acrescentou Paim, Alma de Mestre ao mesmo tempo que magicamente desaparecia sem precisar de sair pela janela.
Manuel esfregou os olhos e pensou que afundado na cadeira tinha dormido e sonhado, mas lá estavam as palavras no caderno e mais uma vez o pequeno esfregou os olhos! – A tinta azul com que escrevera estava a tornar-se dourada.
Nota: Desenho de Eva Machado
29You, Leonor Anahory, Elsa Cardoso Vicente and 26 others
7 comments
3 shares
Like

Comment
Share
Comments
View 4 more comments
  • Elsa Cardoso Vicente
    Lindíssima Adorei
    • Like

Share this:

  • Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
  • Click to share on X (Opens in new window) X

Like this:

Like Loading...
Posted on 14/08/2020 by CHRYS CHRYSTELLO

Posts navigation

← Older posts
Newer posts →
  • Ocean Cliff Hotel, Santa Cruz das Flores, PT ERA INATEL DE STA CRUZ DAS FLORES
  • Airbus A330 português é filmado fazendo intensas manobras a baixa altura
  • Açores Eram Em 2009 A Região Do País Com Maior Prevalência Da Doença: Novo Estudo Revela Que Quase Um Quarto Da População Da Ilha Graciosa Tem Diabetes, Muitos Sem Saber – Diário Dos Açores
  • eis um advérbio com a mania que é verbo
  • psp-e-gnr-inoperantes

Contact Info

aicl@lusofonias.net

.

www.lusofonias.net r igreja lomba da maia 9625-115 s miguel açores

© 2014

Proudly powered by WordPress • Theme: Padhang by Rizqy Hidayat.
%d