As autoridades da Guiné-Bissau deram hoje ordem de expulsão aos jornalistas da Lusa, da RDP e da RTP que trabalham nessa antiga colónia portuguesa. Isso não é grave, é gravíssimo!!!

Não é a primeira vez que Portugal é humilhado por Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e limita-se a reações de condenação ou repúdio. Não, a reação tem que ser outra.

O que o Governo português deveria fazer seria suspender imediatamente toda a cooperação com a Guiné-Bissau, em diversos domínios, como Formação Militar/Policial, Saúde e Educação. Por exemplo, o Hospital Pediátrico D. Estefânia, em Lisboa, recebe e trata com frequência crianças vindas da Guiné-Bissau, como de outros PALOP.

A cooperação sai muito cara a Portugal, mas Portugal perdoa tudo em nome da Lusofonia, da História e da Língua, mas eles, pelos vistos, não estão nada preocupados com isso.

O que as autoridades da Guiné-Bissau fizeram agora ultrapassa todos os limites da decência diplomática e internacional. Existem muitos guineenses a viver no nosso país, têm sido acolhidos e não são expulsos. O que é que as autoridades guineenses querem, afinal?

Conheço razoavelmente bem a Guiné-Bissau, porque estive lá como jornalista ao serviço da Lusa, há muitos anos. O bom povo da Guiné-Bissau não pode ser responsabilizado pelos actos irresponsáveis das elites dirigentes do país.