Todos os artigos de CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL

a alma existe

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Cientistas da Universidade de Calgary comprovaram o que textos sagrados e mestres espirituais sempre afirmaram:
todo ser vivo literalmente emite luz.
Utilizando câmeras quânticas de alta sensibilidade (EMCCD), a equipe do físico Dan Oblak captou o que chamam de emissão fotônica ultrafraca (UPE) — um brilho microscópico e constante emanado das células vivas.
A intensidade medida foi de cerca de 10 a 1000 fótons por centímetro quadrado por segundo, algo invisível a olho nu, mas perceptível pela tecnologia.
⚡ Essa radiação nasce dos processos metabólicos do corpo —
cada reação química, cada célula respirando, cada átomo pulsando energia.

O País dos Comentadores Certos

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Vemos cada vez mais políticos à direita a utilizar esta táctica.…

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O País dos Comentadores Certos
Não surpreende que em Portugal o pendor ideológico tenha virado à direita. Num país que lê pouco, consome toneladas de telenovelas e Big Brothers e se informa quase exclusivamente pelas televisões e correntes de WhatsApp, o resultado é previsível. Uma sociedade que pensa o que lhe dizem para pensar.
A televisão continua a ser o maior instrumento de formação política do país, mas o pluralismo que devia existir nos painéis de opinião desapareceu. O que temos são ex-ministros, assessores reciclados e economistas de serviço, quase todos com um alinhamento estável à direita ou, no mínimo, com uma visão que se confunde com a defesa dos interesses instalados. Há anos que se repete o mesmo padrão. Comentadores que se dizem independentes, mas que acabam por justificar as decisões do poder e tratar qualquer crítica como radicalismo.
Os canais de televisão transformaram o comentário político num produto de entretenimento. Não há análise, há posição. Não há debate, há confirmação. É o conforto da narrativa única. A economia está sempre melhor do que parece, os pobres queixam-se demais, as greves são irresponsáveis e o Estado é sempre o problema. Quando alguém tenta contrariar esta lógica, é acusado de ideologia como se o resto fosse neutralidade científica.
Os estudos sobre o assunto são claros. A Universidade Católica identificou o paralelismo político entre televisões e partidos. Ou seja, os comentadores não são escolhidos pela qualidade da análise, mas pelo enquadramento que dão às decisões políticas. É uma forma elegante de domesticar o espaço público. Não se proíbe ninguém de falar, apenas se escolhe quem fala mais.
A direita percebeu isso há muito tempo. Conquistou o espaço mediático sem precisar de o controlar formalmente. Basta garantir que os rostos mais visíveis são os que partilham os mesmos pressupostos ideológicos, como liberalização, disciplina orçamental, meritocracia e desconfiança de tudo o que soe a política social. O resultado é uma hegemonia suave. As opiniões parecem plurais, mas quase todas partem do mesmo ponto.
Entretanto, a esquerda raramente tem presença consistente. Surge esporadicamente, como contraponto ou excentricidade, mas não como referência. Não tem o mesmo acesso nem a mesma máquina mediática. E isso distorce o debate. Quem liga a televisão encontra um retrato do país desenhado por quem vive de o explicar, não por quem vive nele.
A consequência é óbvia. O discurso público desloca-se. Ideias que há dez anos seriam consideradas radicais à direita, como cortes salariais, privatizações totais, desregulação laboral, hoje são apresentadas como senso comum. E quando alguém as contesta, o comentador de plantão levanta a sobrancelha e fala de “populismo” ou “inveja social”. O truque resulta porque se repete todos os dias.
As pessoas acabam por interiorizar a mensagem e confundem opinião com informação. Acreditam que ouvir três comentadores dizerem o mesmo é o equivalente a ouvir três pontos de vista. E quem tenta pensar de outra forma é tratado como um desajustado. A manipulação deixou de precisar de censura. Basta saturar o espaço com a mesma narrativa até parecer verdade.
É este o país que se vê todos os dias nos telejornais. Comentadores que opinam sobre tudo com a segurança de quem nunca é confrontado, jornalistas que fazem de moderadores sem moderar nada e uma audiência que vai absorvendo a convicção de que o mundo é exatamente como lhe é apresentado.
O efeito político é mensurável. As sondagens mostram uma normalização progressiva de ideias de direita e de extrema-direita. Não porque o país se tenha tornado conservador, mas porque o discurso dominante se deslocou. Quando os principais canais tratam a desigualdade como inevitável e a justiça social como utopia, a extrema-direita não precisa de propaganda. Tem a visibilidade.
O problema não é haver comentadores de direita. O problema é haver quase só comentadores de direita. O espaço público tornou-se previsível, homogéneo e autorreferencial. E enquanto o país continuar a confundir notoriedade com credibilidade, continuará também a confundir manipulação com informação.
Portugal não é um país sem opinião.
É um país onde poucos opinam por todos.
Beijinhos e até à próxima…
Referências consultadas:
 

Ana Isabel D’Arruda

Certíssimo! O fulgor dos jornalistas muda perante candidatos da direita!
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Cartão Amarelo a Bolieiro

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Cartão Amarelo a Bolieiro
As eleições autárquicas de 2025 nos Açores foram um verdadeiro abanão no tabuleiro político regional. Em particular, em São Miguel, José Manuel Bolieiro sai claramente derrotado. A mensagem das urnas é inequívoca: a liderança regional do PSD, centrada na figura do presidente do Governo Regional, perdeu a ligação ao eleitorado micaelense. Os sinais estavam à vista há muito, mas preferiram ignorá-los. Agora, os votos falaram. E falaram alto.
Em Vila Franca do Campo, a derrota foi mais do que inesperada. A escolha da lista foi um erro estratégico, resultado de decisões tomadas num círculo demasiado fechado e desconectado da realidade local. A constituição da lista foi marcada por erros básicos e por uma arrogância política que os vilafranquenses souberam detetar de longe. O povo, sábio, antecipou que quem governa com sobranceria não serve para liderar um concelho que valoriza proximidade e humildade. O resultado foi uma derrota clara e merecida.
Na Lagoa, o descalabro foi total. A responsabilidade recai integralmente sobre José Manuel Bolieiro. A forma como tratou a anterior comissão política, afastando pessoas com experiência e trabalho feito, como António Vasco Viveiros, foi um erro político que agora cobra fatura pesada. Em vez de apostar na competência, optou por premiar a mediocridade com um candidato sem perfil, sem carisma, mal rodeado e sem condições mínimas. O resultado foi histórico, mas pelos piores motivos: o pior de sempre para o PSD na Lagoa, com quase metade dos votos de 2021 a evaporarem-se. Se alguém tivesse imaginado um cenário catastrófico, provavelmente não seria tão mau, mas, como a vida e a política tantas vezes provam, o fundo raramente é mesmo o fundo.
Na Ribeira Grande, a terra que deveria ser um coração social-democrata na ilha, esteve-se à beira de uma tragédia eleitoral. Contra uma candidata repetente, desgastada e sem simpatia popular, Jaime Vieira deveria ter vencido com folga. Em vez disso, viu a vitória confirmar-se por apenas 300 votos. A campanha foi desastrosa: mal planeada, mal executada e sem mensagem. Reduzida a fotografias de festas e bandeiras, sem uma narrativa política consistente. O amadorismo já não tem lugar na política moderna, e este será um caso de estudo sobre como não fazer. Aqui há responsabilidades partilhadas: foi uma solução imposta de cima, com o aval de Bolieiro e, assumindo as minhas próprias responsabilidades, também com o meu apoio, contra boa parte das bases. A perda de Rabo de Peixe, a maior freguesia dos Açores, é um sinal de alerta grave. As pessoas não são candidatas por herança. É preciso mérito, perfil e trabalho. O eleitorado deu um cartão vermelho a uma sucessão política feita à medida do partido, não das pessoas. Apesar de tudo, estou certo que Jaime Vieira e equipa estarão à altura de inverter a má imagem deixada neste breve período de campanha.
Em Ponta Delgada, o cenário foi de vitória amarga. O PSD mantém a autarquia, mas sem maioria absoluta e com forte dependência de terceiros. A exceção positiva foram as vitórias nos Arrifes, com o independente Miguel Sousa, e em Capelas, bastião socialista conquistado. Mas Pedro Nascimento Cabral enfrenta agora um desafio maior: falta-lhe um verdadeiro projeto político. A campanha foi fraca, sem ideias mobilizadoras, e demasiado dependente da máquina partidária. O fraco desempenho no meio urbano é um sinal claro de descontentamento com a governação e com a forma como o partido tem conduzido os destinos do concelho. Porém, Ironia das ironias, pagou um preço injusto por ter tido a coragem de fazer aquilo que Bolieiro e outros antes dele deixaram por fazer.
No cômputo geral, em São Miguel salva-se apenas a manutenção da câmara do Nordeste. Caso contrário, estaríamos perante uma derrota clara, ou pelo menos a confirmação de uma tendência na terra onde José Manuel Bolieiro construiu a sua base política. Os eleitores não quiseram castigar apenas candidatos, quiseram castigar um estilo de liderança e quiseram dizer que a arrogância política, a falta de escuta e a escolha de candidatos fracos têm consequências.
Os resultados de 2025 não são um acidente. São o resultado direto de decisões políticas erradas, de uma liderança autista e de um partido que se afastou das pessoas. A boa notícia é que há sempre tempo para mudar. A má é que, neste momento, poucos acreditam que José Manuel Bolieiro tenha essa capacidade. E nas urnas, quando o povo fala, é para ser ouvido.
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Terceira earthquakes: twin tremors spark Azores preparedness

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Terceira, Azores, Portugal earthquakes on 13 Oct remind residents and visitors to update go-bags and evac routes. Get official advice and current alert level.

Source: Terceira earthquakes: twin tremors spark Azores preparedness

Magistrada agredida no DIAP de Coimbra. Sindicato fala em insegurança(país de brandos costumes!!!!

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Uma magistrada do DIAP de Coimbra foi agredida com um estalo, na manhã desta quinta-feira, por um homem que ali se dirigia para uma diligência. O Sindicato denuncia falta de segurança do edifício.

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PORTUGAL, NATO, NEM ARMAMENTO NEM DEFESA E VIGILÂNCIA MARITIMA

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OTAN
Para que nos serve afinal a OTAN? Depois do que tenho assistido nestes últimos tempos e sobretudo do que disse ontem o Secretário Geral da OTAN, esta organização é um enorme embuste.
É um enorme embuste, não só pela atitude dos USA, mas sobretudo pela maneira que os países europeus, parte integrante da organização ao longo de décadas a utilizaram simplesmente para dizer que dela faziam parte, mas pouco ou nada fizeram para a manter como força de dissuasão.
Agora, e porque existe uma guerra na Ucrânia, que pode escalar para países da OTAN, e porque os USA disseram basta, estão todos aflitos e a tentarem rearmar-se se por acaso o status quo se alterar.
O problema é que os anos perdidos com falinhas mansas e a certeza que os USA seriam sempre a tábua de salvação da Europa foram-se, e tirando 2 ou 3 países europeus os outros vão levar décadas para se tornarem auto suficientes em armamento.
No caso de PORTUGAL a situação é simplesmente catastrófica, nunca em caso algum chegará o dia em que tenha armamento suficiente, sequer, para vigilância da sua área marítima atlântica, e muito menos para a defender.
E nós Açores como será?