Aquivos por Autor: CHRYS CHRYSTELLO

Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL

culto do terço nos açores

*** CULTO DO TERÇO NOS AÇORES ***
A 18 de julho de 1697, morria o Padre António Vieira, em Salvador, na Baía, já cego e surdo. O Padre António Vieira passou pelos Açores e deixou por cá a devoção ao terço.
O Padre António Vieira numa viagem do Maranhão, no Brasil, para Lisboa, a bordo de um navio da Companhia Geral, para reclamar dos maus-tratos aos índios, era também um grande defensor da reza pública do terço do Rosário. Perto do Corvo, uma tempestade abalou o barco, e perante a agitação das pessoas, o Padre terá dito:
“Anjos da guarda das almas do Maranhão, lembrai-vos que vai este navio buscar o remédio e salvação delas. Fazei agora o que podeis e deveis, não a nós, que o não merecemos, mas àquelas tão desamparadas almas, que tendes a vosso cargo; olhai que aqui se perdem connosco”.
Fez todos prometerem que iam rezar um terço todos os dias se, porventura, conseguissem escapar daquela tempestade. E assim foi, no momento do naufrágio, um dos corsários holandeses que andava pelos mares dos Açores, recolheu os náufragos a bordo, pilharam o que puderam do navio já quase naufragado e desembarcaram os portugueses sãos e salvos na Graciosa após os terem despojado de todos os seus pertences pessoais. Aí começou a divulgar o culto pelo terço.
Depois o Padre António Vieira passou à Terceira, a sua ação determinou também o aprestamento de uma embarcação para que todos os seus outros colegas de naufrágio chegassem a Lisboa.
O Padre António Vieira permaneceu na Terceira durante mais algum tempo, iniciando também aqui a devoção do terço, que pela primeira vez foi cantado na igreja da Boa Nova, em Angra.
Fonte: Francisco Nogueira
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