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Antigo líder do PCP-Açores defende fecho dos aeroportos açorianos
Outro antigo líder partidário regional, José Decq Mota, que foi Coordenador Regional do PCP e deputado no parlamento regional durante vários anos, também manifestou na sua página das redes sociais o seu descontentamento pela continuação da abertura dos aeroportos na região.
“Ao escrever este breve texto penso também, de modo particular, em muitos excelentes amigos meus, que não sendo, nem naturais, nem residentes nos Açores ou Madeira, me dão a ideia de não entenderem o pensamento, que de forma natural e baseada no senso comum, fomos construindo aqui sobre a eventualidade de fechar temporariamente os aeroportos da Região, salvo casos excepcionais”, explica José Decq Mota.
O antigo deputado comunista afirma que “o problema constitucional e estatutário que alguns agora esgrimem, nunca teria sido sequer aflorado, se os Órgãos de Soberania tivessem, depois de alertados pelas Autoridades Regionais, percebido uma coisa óbvia: sendo nós ilhas distantes do exterior e até distantes este si, o isolamento temporário, muito reforçado, destas ilhas teria sido uma forma de defender a difusão do vírus aqui. Foram tomadas há dias medidas quanto a barcos vindos do exterior, assegurando que aqueles que precisam serão reabastecidos, mas quem neles viaja não desembarca, com excepção de casos de saúde. Ninguém contestou a legalidade desta medida. Quanto aos aviões, que até há poucos dias, andavam cheios, foi recusada a suspensão e foi criticada, por ilegal, a quarentena decretada. Não percebo, de nenhum modo, que não se considerem as especificidades geográficas ou outras, quando elas podem ajudar a defender estes cidadãos portugueses que somos e queremos ser”.
E prossegue: “Como todos sabem sempre defendi, no quadro político em que desenvolvi e desenvolvo actividade, o Sistema Constitucional da Autonomia e sempre combati, quer as perversões de cariz separatista, frequentes no primeiro terço dos anos 80, quer a práticas centralistas da República, fortíssimas em parte dos anos 90. Por muito ter estado ligado a estes combates não consigo perceber porque é que os Órgãos de Soberania inviabilizaram a concretização de um meio de defesa óbvio das populações das duas Regiões Autónomas. Fazer política assim é demasiado mau!”
