AINDA O AFFAIRE PEDRO DA SILVEIRA NO EXPRESSO

ADENDA FINAL AO MEU TEXTO sobre Pedro da Silveira,
António Valdemar e o “Expresso”:
Todos vimos e lemos ontem, certamente, o incrível modo como o “Expresso” (edição impressa) arquivou a retractação e as desculpas geminadas do jornal e de António Valdemar:
– O texto, aliás, é idêntico ao que a prévia edição on-line trouxera. Mas, até por isso, tendo o jornal recebido várias, conhecidas e bem credenciadas chamadas de atenção (que, aliás, omite!), não lhe faltou tempo e matéria para, com seriedade e humildade, emendar a mão e a cara do semanário, ajudando assim a desinfectar e sarar o atrevimento e a incompetência injuriosa de AV neste caso, não a tentar lavá-las, às duas, com make-up!
Ora se a parte deste é trapaceira, miserável e provocatória da honra e da memória de Pedro da Silveira, e logo da lucidez e capacidade moral (e até, em alguns casos, da habilitação técnico-profissional e intelectual dos leitores), já a postura do jornal não é menos vergonhosa, de todos os pontos de vista, incluindo de uma exigível deontologia jornalística, para já nem falar das normas formais que até a Lei de Imprensa contempla (mas que, da parte de Pedro da Silveira, ninguém invocará, neste e do outro mundo).
– Triste sinal, mais um, de como algum jornalismo português realmente procede. E não houve ninguém por lá (direcção, redacção, conselhos disto e daquilo…) que cuidasse de respeitar os valores, os princípios, as coisas e as normas que deviam ter sido salvaguardadas?!
E depois, inserir aquele nojo de desculpas e erros escamoteados na Secção do jornal — “Cartas da semana” (sic) — onde as inseriram, ultrapassa tudo o que se poderia tolerar e perdoar!
– De facto, tamanho atestado de menoridade, passado a quem compra, lê e confia, por pouco que vá sendo, nos OCS que contribuem para a degradação do espaço público mediático nacional, este é um exemplo, apenas mais um, daquela imensa e multiforme “choldra” que o autor de A CAPITAL! memoravelmente desenhou para a sua e nossa degradada e degradante posteridade cívica, sociocultural e política…
Em jornalistas tão prezados, palavrosos, livres, críticos, independentes e prezados, como aqueles que os do “Expresso”, às vezes, querem e pretendem ser, amiúde, como agora, com auto-coroada sobranceria perante os outros (e face ao seu próprio público leitor…), é demais!
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