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Excesso de bagagem na ilha de São Miguel
O deputado pelos “fascistas” dos Açores, famoso pela gritaria contra os corruptos e ladrões da pátria, terá, alegadamente, furtado malas em aeroportos.
Doce ironia. Cómico.
Será doença?
Limpar a nossa terra.
Uma mala de cada vez?
Foi crucificado.
Vi uma fotografia do desgraçado, com um fato muito azul, corpo sem fome e lembrou-me uma versão triste, miserável, “low cost”, da “Queda dum Anjo”, de Camilo Castelo Branco.
A comédia piorou na inacreditável entrevista do deputado à TVI.
(o falhanço da educação na Autonomia regional também está ali, ele nasceu em 1984!)
Uma vergonha para os Açores, dizem.
A outra notícia da semana está, no entanto, para além da tragédia:
um conhecido magistrado, antigo procurador da República na ilha, foi, segundo a comunicação social livre de Lisboa, acusado de crimes terríveis.
E obviamente tem a presunção da inocência.
Ao contrário do deputado do Chega, que é das classes baixas no desespero das malas
(já ladrão na opinião pública, sem acusação ou julgamento…).
Na ilha, os crimes contra crianças são quase sempre ignorados.
Uma tradição que a Autonomia regional protegeu.
E ninguém discute o importante:
as vítimas na vergonhosa miséria social da ilha.
Ou a cultura
Da exploração. Do silêncio.
Menores na prostituição?
Onde todos se conhecem.
Quem não se lembra de um médico que foi condenado, em São Miguel, por crimes horríveis contra crianças, e continuou a praticar medicina no sistema público de saúde?
(na altura o PS estava no poder e nada fez).
A bagagem, em São Miguel, é pesada.
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