açores Património e desleixo

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Fortificação em Velas, São Jorge (parte 3):
As segundas portas mais bonitas dos Açores (1799), das possíveis seis sobreviventes, mais parecem parte integrante de um estaleiro naval do que a entrada nobre desta bonita vila.
Em barroco como as de Ponta Delgada e entre fortalezas, o facto de estarem remetidas para a área menos – ou nada valorizada de Velas – demonstra bem o interesse do executivo governamental anterior no que diz respeito à defesa e promoção da Identidade e Património Açoriano. Uma lástima!
Mas o culpado mais direto por toda esta amálgama litoral assina a sua obra, em uma das imagens. Há outros casos nos Açores, a começar pela nossa cidade. Em Velas, claro que a porta antiga, escondida (que ainda conheci), desapareceu sem dó nem piedade nesta “reorganização” portuária.
As portas eram fundamentais para a defesa e Saúde pública dos povoados porque, entre fortalezas e tendo sempre uma em posição de repelir piratas e corsários, tinham agentes de saúde pública que fiscalizavam a entrada de eventuais pestes e epidemias. Eram também importantes para o erário público e pagamento de impostos ao Rei.
Ponta Delgada tinha várias, assim como as nossas vilas e praias porque o principal acesso era feito por mar. Hoje, e numa vila (e ilha) tão pitoresca, foi este o exemplo que o anterior governo regional dos Açores nos deixou.
Lamentável!
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