açores , monopólios e outros

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Existe uma profunda degradação da ética empresarial no que diz respeito à relação com clientes e consumidores. Todos nós assistimos a isto de ano para ano, em todos os sectores, ao ponto que muitos já se esqueceram do quão diferente era.
A nossa única defesa nestes casos é usar a nossa carteira como arma. Só que com empresas cada vez maiores, mais concentradas, um mercado de oligopólios e monopólios, cada vez mais nos deparamos que as alternativas são em muito iguais e que, além dos preços, há também uma espécie de cartelização nas práticas comerciais e de assistência ao consumidor.
O livro de reclamações é algo que dá trabalho a preencher, e a única utilidade prática (real, mas inútil para quem se está a queixar) é ser mais um número na estatística de uma qualquer agência reguladora.
Mais não podemos fazer do que desabafar e tentar tornar públicas as nossas experiências, na vã esperança que no meio de tudo, alguém se enxergue.
A norma agora parece ser o total desrespeito pelo tempo das pessoas. Para quem trabalha por conta própria todos os dias, isto mais não é que uma directa quebra importante de rendimentos. Quem trabalha por conta de outrem, ou tem a sorte de ter a simpatia do patrão, ou tem que meter férias.
Antigamente agendava-se uma hora para o técnico vir a casa. Depois começaram a dar-nos intervalos de duas horas. Agora, a MEO espera que eu esteja em casa das 14h00 às 17h30 para algo que provavelmente não vai demorar mais de dez minutos. No caso, o problema nem era em minha casa, era na rua, pelo que nem paguei pelo serviço, mas o tempo lá foi perdido. Já a Açoreana/Tranquillidade, entre más informações, orientações, e também uma peritagem que é à hora que o perito quiser, fez-me perder duas manhãs para um peritagem no meu automóvel. Quatro deslocações no total.
O prémio é entregue à Unirego, do Grupo Ilha Verde. Anunciam-me um tempo de espera de 4 meses para reparação do carro – sinal de uma oficina claramente sub-dimensionada – e não podem ainda comprometer-se com uma data precisa. Após quatro meses, telefonam a dizer para estar com o carro no dia X (6 dias depois do telefonema) à hora Y na oficina. Advirto que não posso nesse dia e não tenho ninguém que me possa levar o carro. Peço novo agendamento (quem espera 4 meses espera mais uns dias ou semanas). “Se não for nesse dia vai ter que esperar mais 2 meses”. Nem se querem dar ao trabalho de refazer a sua agenda, nem tentaram previamente saber qual o dia conveniente para mim.
Naquilo que depender de mim, nenhuma destas empresas verá mais um tostão. Mas é difícil, por que sei que as outras seguradoras vão operar da mesma forma. As telecomunicações nem se fala, são tão poucas e tão iguais, que ao longo dos últimos 15 anos já “dei a volta” a todas, aliás acho que estou na terceira volta. O Grupo Ilha Verde, enfim, que alternativa tenho eu se não utilizar os seus serviços enquanto for proprietário daquele carro (com o qual, aliás, estou tão satisfeito ao ponto de ter pensado que ia ser a minha marca para o resto da vida). Vendê-lo não lhes causa qualquer incómodo, quem o comprar vai continuar a ir lá. É apenas um incómodo para mim.
Isto vai continuar a piorar. Qualquer dia temos que meter uma semana de férias para consertar um carro ou recuperar a Internet.
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  • Paolo Pandiscia

    Os monopólios são para os consumidores uma vera catastrophe! E na ilha temos só monopólios o acordos tácitos entre os dois o três que aqui comerciam no mesmo setor. Temos custos que vão arrebentar a vida dos cidadãos. Tive o carro na inspecção e serviç…

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    • 18 h
  • Tim Gretzinger

    Sounds like a good business for someone to offer. To be available to help with people’s needs.
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    • 4 h