AÇORES, CHEFE DA PSP E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A SUA MULHER

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Chefe da PSP nos Açores sujeita ex-mulher a doze anos de terror e violência
Vítima foi algemada, teve pistola Glock 19 de serviço apontada à cabeça e foi agredida e ameaçada de morte.
Um chefe da PSP, de 46 anos, colocado nos Açores, está acusado pelo Ministério Público e começa a ser julgado este mês por violência doméstica e sequestro agravados contra a ex-mulher, num terror que se prolongou por 12 anos. Em uma ocasião, já divorciados, a vítima teve uma pistola apontada à cabeça e viveu, algemada, duas horas de terror.
Segundo a acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, o polícia e a vítima casaram em 2004. Têm filhos atualmente com 13 e 3 anos. O homem era chefe de um núcleo de grande responsabilidade na PSP local. E foi com o nascimento do primeiro filho, em 2007, que ficou “mais frio” e “agressivo e manipulador”.
Apesar de agressões anteriores, a primeira situação de violência extrema foi em 2018. Ele foi contrariado a um casamento e, já em casa, deu-lhe um soco na cabeça. Agarrou-a pelos cabelos e arrastou-a da cozinha ao sofá, onde apertou a cara da vítima entre as suas mãos. Gritava à mulher: “está calada! queres que ligue aos meus colegas a dizer que andas a conduzir o carro bêbada?”.
O casal divorciou-se em julho de 2019. O MP relata que o polícia passou “a perseguir e a atormentar” a ‘ex’. Ficou “mais obsessivo, controlador e violento”. Guardou a chave e invadia a casa dela, remexia tudo e levava objetos. Em janeiro de 2020, atraiu a ex-mulher que julgava ir ver o filho. Foi trancada e o chefe da PSP apontou-lhe a arma de serviço à cabeça. Colocou-lhe um pano de cozinha na boca, algemas nos pulsos, prendendo-lhe os braços atrás das costas, e ia repetindo: “ninguém vai sair vivo daqui hoje!”. “Vais responder a todas as perguntas que te vou fazer, se as respostas não forem as corretas vais morrer!”, disse-lhe o polícia, sentado a menos de um metro, apontando a pistola à cabeça da ex-mulher.
Perguntou ao pormenor os passos da vítima nessa semana numa formação profissional em Lisboa. “Puxou a corredora da arma, colocando um projétil na câmara, tornando-a pronta a disparar”, relata o MP. A mulher acreditou que ia morrer: “se eu te deixar ir embora vais para a polícia apresentar queixa, não te posso deixar ir embora!”. Mas libertou-a com um aviso: “não te esqueças de tudo o que se passou aqui hoje”.
A vítima passou a ter companhia da irmã e mãe às noites. O homem continuou a ameaçá-la até 14 de fevereiro, Dia dos Namorados, quando a Polícia lhe apreendeu a pistola pessoal.
(Sérgio A. Vitorino – Correio da Manhã de 10/01/2021)
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