açores a epidemia em 1918

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E continua o caráter tardio da política açoriana, para além do fim das ligações interilhas; do estabelecimento de lazaretos e encerramento das estradas de acesso ao aeroporto… o descontrolo cívico, para já em Rabo de Peixe (ver 1.º comentário). Lembro que em 1918, a Ribeira Grande foi o concelho mais descontrolado da ilha de São Miguel: “[…] A 5 de novembro a epidemia grassava com bastante intensidade por todo o município da Ribeira Grande, atingindo mesmo o Administrador do Concelho, razão pela qual o comandante da diligência militar assumiria essas funções . No “Açoriano Oriental” dessa semana, foi noticiado o estabelecimento de zonas médicas, com fundos que chegaram da capital e o fornecimento de alimentos e roupas a pessoas pobres. Foi proibido temporariamente o fabrico de queijo de vaca, para que o leite fosse utilizado na alimentação dos moribundos e recebido apoio médico por intermédio de um médico e quatro enfermeiros de Lisboa. O preço do álcool desceu e mudaram-se as peças no xadrez sanitário, passando o quintanista da vila do Nordeste para a Ribeira Grande. A intervenção do Alto Comissário da República nos Açores foi fulcral no desenrolar das medidas adoptadas, como adiante se explicará […]” in “A Grande Guerra nos Açores”, Letras Lavadas (2014); Caleidoscópio (2017). A malta de Rabo de Peixe tem que perceber que não se brinca com a vida dos outros. Patrulhamento intenso, 1.º aviso e ao segundo, caso passeie sem motivo aparente, detenção. Após alguns casos, serviria de exemplo a todos… (imagem IAC-azores.org)

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