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Destacado militante socialista açoriano responsabiliza família César com criticas também a Vasco Cordeiro
Pedro Arruda, destacado militante socialista açoriano, empresário e comentador, num texto publicado nas redes sociais, diz que o líder do PS-Açores e ainda presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, “nunca conseguiu afirmar plenamente uma identidade própria dentro do projecto socialista, tanto no Governo, como no próprio partido”.
“A herança cesarista, que no partido nem herança foi, mas antes uma presença e um domínio constante, nunca permitiram que Vasco Cordeiro marcasse uma liderança, uma estratégia e uma personalidade própria que lhe possibilitasse autonomizar a sua governação dos 24 anos de governação socialista. Isto pode parecer incongruente, mas essa ligeira nuance, a governação e o partido de Vasco Cordeiro, teria feito, certamente, toda a diferença”.
Pedro Arruda adianta: “O PS e a governação socialista foram sempre de Carlos César e nunca de Vasco Cordeiro. Isso viu-se na longevidade de Sérgio Ávila, na omnipresença de Carlos César, na incompreensível e absurda telenovela da ´Casa da Autonomia` e da sua Estrutura de Missão comandada à tripa forra por Luísa César e na ascensão e autoridade desenfreada de Francisco César”.
“Ao mesmo tempo, causa igual tristeza e estranheza a forma como Vasco Cordeiro foi, sucessivamente, triturando figuras com gabarito, validade intelectual e política, competência e projeção na sociedade açoriana. Desde os Governos, às listas de deputados, às empresas públicas e tantos outros cargos com maior ou menor visibilidade, a fúria autofágica de Vasco Cordeiro criou um imenso exército de descontentes e de ressentimentos”, realça.
Pedro Arruda dá exemplos: “Fagundes Duarte, Piedade Lalanda, Luís Cabral, Nuno Domingues, Pilar Damião, João Roque Filipe, Nuno Mendes, Miguel Cymbron, António Gomes de Menezes, Fausto Brito e Abreu”. E, mais recentemente, cita “os casos de Filipe Macedo ou da limpeza nas listas de deputados, que correu, sem apelo nem agravo, com Renata Botelho, Graça Silva e Sónia Nicolau, sem que se soubesse da mais pálida justificação”.
Tudo isso “ao mesmo tempo que uma série de outras figuras eram candidamente protegidas e apaparicadas, fossem quais fossem, e foram muitas, as asneiras, para usar um termo suave, que cometessem”. E acrescenta: “De que, para mim, o caso mais dramático e paradigmático foi a dupla Vítor Fraga e Francisco Coelho. Um mistério que só possivelmente a história elucidará…”.
Pedro Arruda diz ainda: “Quem tem, neste momento, a responsabilidade de fazer as pazes com o seu passado, deixando no passado o que lá deve estar, com o que de bom e de mau as suas lideranças tiveram, é o próprio Partido Socialista. Há uma democracia interna para conquistar dentro do Partido Socialista dos Açores, e essa libertação, se não for iniciada pela liderança tem que o ser pela militância. Figuras como Cristina Calisto, Rodrigo Oliveira, ou mesmo Andreia Cardoso, são hoje esperanças para um futuro PS, que seja mais solidário, mais aberto e mais justo”.
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- Concordo. Qualquer um via isto. Até na noite eleitoral, lá estava o grande “padrinho” ao lado de Vasco Cordeiro, na hora do discurso. César já deveria ter retirado as suas conclusões das reações dos açorianos. Já devia ter deixado de aparecer e de inte…See more
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- Não tem humildade pessoal e política para perceber isso. Ele, com a sua vontade desenfreada de mandar, só tem desbaratado o prestígio que possuía e só tem prejudicado o PS-Açores, mas, como se vê, na sua grande “cegueira”, não “desarma”. É lamentável!
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Tomás, exato. Por pouco que esta anunciada coligação de direita dure, uma vantagem é certa: vai servir para fazer uma grande varredura!
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