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A agricultura num beco sem saída
Os últimos quadros comunitários de apoio, o Pró-rural foram formatados para a quantidade com quase a duplicação da produção com custos muito elevados, pois metade da alimentação dos animais é importada (rações e palha), para produzirmos leite UHT, leite em pó e queijo barra.
No governo de Carlos Cesar e Noé Rodrigues em 2011 e 2012 chegou-se ao cúmulo de comprar cota no continente numa altura em que já se sabia que a cota terminava em 2015. Constitui um erro grosseiro de estratégia estrutural, atiraram a lavoura para um beco sem saída.
A crise não chega da mesma forma a todos, aqueles que não tem infraestruturas nenhumas, que tem máquina de ordenha móvel, que tem corredor de alimentação móvel, a água é transportada em autotanque e em semanas de mau tempo têm lama por todo o lado, obriga a custos de produção mais elevados e ainda vende a um custo mais baixo, pois não têm refrigeração nem porta de fábrica e são esmagadoramente rendeiros levando a que obviamente não se possam candidatar ao Pró-rural para construir as infraestruturas básicas necessárias, nesta situação estão aproximadamente 600 lavradores.
Na mensagem de Natal demagógica de Jorge Rita, com imagens da feira abastarda dando uma ideia que a lavoura está bem, não houve nem uma palavra de apoio a estes lavradores que diariamente estão a perder dinheiro e não têm qualquer futuro no quadro atual.
Fonte da fotografia: www.agronegocios.eu/noticias