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BRANSON ABRE ERA DO TURISMO ESPACIAL
Está oficialmente inaugurada a era do turismo espacial. Pela primeira vez, uma espaçonave para voo suborbital levou uma tripulação completa à beira do espaço neste domingo (11). Entre eles o bilionário Richard Branson, dono da empresa Virgin Galactic, responsável pela empreitada.
A aventura toda aconteceu a partir do Espaçoporto América, no Novo México (EUA), e durou cerca de uma hora. A estadia no espaço, contudo, foi bem mais curta que isso. A VSS Unity, nome dado à nave, iniciou seu voo autônomo depois de ser liberada no ar a partir de um avião, a uma altitude de cerca de 15 km. Acionado o motor foguete, ela escalou até 86 km, altitude em que a atmosfera terrestre já é praticamente nula –a borda do espaço.
Durante cerca de três minutos, entre o desligamento do motor e o início da queda da nave de volta à Terra, os dois pilotos, Dave Mackay e Michael Masucci, e os passageiros (que a empresa prefere referir como tripulantes) Branson, Colin Bennett (engenheiro), Beth Moses (instrutora) e Sirisha Bandla (vice-presidente da Virgin Galactic) experimentaram a imponderabilidade (sensação de ausência de peso) enquanto admiravam a Terra vista do espaço.
Na reentrada, a Unity abriu seu sistema móvel de asas para reduzir a velocidade e então pousou como um planador. Foi apenas o quarto voo-teste da nave ao espaço e o primeiro a levar seis pessoas, pavimentando o caminho para o transporte de clientes –algo que a Virgin Galactic originalmente anunciava fazer em 2010. Há uma fila de mais de 600 pessoas que já fizeram reservas, contratando passagens por US$ 250 mil.
Apesar do atraso colossal, a empresa de Branson chegou à frente de quem realmente interessa: a concorrência. Jeff Bezos, dono da Amazon e da empresa espacial Blue Origin, tem seu voo marcado para dia 20 de julho. Será o primeiro tripulado da cápsula New Shepard, que usa um esquema convencional de foguete e viaja um pouco mais alto que a Virgin Galactic, ultrapassando os 100 km de altitude (que a Federação Aeronáutica Internacional arbitrariamente considera a “fronteira” do espaço; nos EUA, a NASA e a Força Aérea preferem 80 km).
Houve pequenas alfinetadas de parte a parte. Richard Branson brincou em uma entrevista quando questionado se ia bater Jeff Bezos em nove dias. “Jeff quem?”, provocou. Já a Blue Origin de Bezos tuitou na sexta-feira (9) um quadro comparativo entre as experiências de voo das duas empresas, destacando as grandes janelas da cápsula New Shepard, a altitude superior a 100 km, a presença de um sistema de escape, o baixo impacto ambiental e a realização de 15 voos bem-sucedidos (todos sem tripulação), contra 3 da Virgin Galactic.
Rancor? A essa altura, é disputa por mercado mesmo. Com duas empresas concorrendo, ambas entrando em fase operacional, este mês de julho marca o momento em que o turismo espacial deixou de ser uma atividade só para excêntricos e passou a ser de fato um negócio.
MENSAGEIROSIDERAL.BLOGFOLHA.UOL.COM.BR
Voo de Richard Branson na VSS Unity, da Virgin Galactic, abre a era do turismo espacial – Mensageiro Sideral
De onde viemos, onde estamos e para onde vamos
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