ABADE DE BAÇAL

Uma Vez por Outra// Por João Sampaio
A lágrima do Abade de Baçal. Por quem chora?
Por mero acaso,ao tirar uma fotografia ao busto do Abade de Baçal, no Jardim António José de Almeida, reparei que alguém lhe terá pintado uma lágrima no olho esquerdo.
Tenho andado em reflexão sobre a razão do aparecimento dessa lágrima negra, da possível mensagem que o autor dessa pintura quis dar.
Por quem chora Abade de Baçal?Por Bragança?Por Baçal?Por Trás-os-Montes?Por Portugal?Pelo mundo?Pela diocese?Pelo concelho?Pelas criticas injustas ao Papa Francisco?Pelos refugiados?Por quem bota a lágrima?
Seja qual for a mensagem deixada com aquela lágrima, fez-me lembrar o seguinte texto de Martin Niemoller:
“Primeiro levaram os comunistas,
Mas não falei, por não ser comunista.
Depois, perseguiram os judeus,
Nada disse então, por não ser judeu,
Em seguida, castigaram os sindicalistas
Decidi não falar, porque não sou sindicalista.
Mais tarde, foi a vez dos católicos,
Também me calei, por ser protestante.
Então, um dia, vieram buscar-me.
Nessa altura, já não restava nenhuma voz,
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.”
E sem mais delongas recordo que Francisco Manuel Alves, de seu nome, nasceu em Baçal a 9 de abril de 1865, há 153 anos, e faleceu na terra que um dia o viu nascer, a 13 de novembro de 1947.
Aquele transmontano também conhecido, por Abade de Baçal, “é considerado o sacerdote mais notável de Bragança e um dos mais destacados a nível nacional”.
Já agora sugiro-vos a leitura, do texto, “Abade de Baçal: Entre a «fé granítica» e a paixão pela arqueologia, etnografia e história transmontanas” que podem encontrar aqui/ http://www.snpcultura.org/abade_de_bacal.html.
Feliz fim de semana a todos.
Foto/jms©
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