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A propósito da falta (ou não) de material e do avião enviado à China, diria Luís Simões sobre o Hospital de Ponta Delgada em outubro de 1918:
“[…] Estava a epidemia no seu auge quando se deu o ataque do submarino alemão ao paquete “San Miguel” e em que este foi heroicamente defendido e salvo pela equipagem do caça-minas “Augusto de Castilho” que, como era de prever, tinha que sucumbir na luta em que sucumbiu, deixando aos vindouros a história de oiro do seu nobre feito (…)” .
Uma vez recolhidos ao hospital da Santa Casa da Misericórdia, Luís José Simões, um dos náufragos do “Augusto de Castilho”, disse sobre o seu atendimento: “(…) se é certo que os sobreviventes do bote sofreram o martírio daqueles desgraçados dias e dias, ali no hospital (encontravam-se) sem os devidos tratamentos, sofrendo dores atrozes, à míngua do mais rudimentar penso! (…)”.
Sobre o que viu em Ponta Delgada, o futuro segundo-tenente, diria: “(…) que diabo – pensava eu às vezes – é já ter muita sorte junta: escapara da guerra, escapara da fome e por fim escapara da guerra (combate). Estava escrito que tinha que escapar aos três flagelos: fome, peste e guerra (…)” in “A Grande Guerra nos Açores”, Letras Lavadas (2014); Caleidoscópio (2017). Imagem: História dos Açores (Facebook).
