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O plano de reestruturação da SATA?
É sabido que o processo está a decorrer entre negociações com CE e algumas opções políticas erradas. No entanto, em termos práticos nada de estrutural foi feito, o que quer dizer, que mais ou menos podemos esperar um resultado aproximadamente igual. Na prática 50 a 70 milhões de euros a menos na carteira dos contribuintes. 50 a 70 milhões de euros ano para manter algo que toda a gente já sabe não ter viabilidade e que carece de reestruturação profunda há pelo menos uma década.
Sabemos que tiveram de fazer o concurso para as rotas inter ilhas em OSP (respiraram de alívio por não ter aparecido uma Binter interessada), que está concluído, mas é totalmente incompreensível que não haja já, aliás deveria ter sido aquando da da tomada de posse, uma reestruturação estratégica e operacional. Nem se percebe muito bem como poderá ser possível fazer muito diferente com os mesmos timoneiros.
Sabe-se que a SATA agora irá operar uma linha Funchal-Nova Iorque, optando de novo por uma opção de busca de mercado em livre concorrência fora dos Açores. Acontece que a SATA não é um concorrente livre, compete em flagrante benefício dado pelo estado e pago por todos nós. O que nos deixa a velha questão que falta ser verdadeiramente discutida: Que SATA é que os Açores e os Açorianos querem?
Uma empresa pública dedicada a prestar serviço público fundamental? Ou uma empresa que estará no mercado livre e por isso necessariamente privada? E para os que já apressadamente estão a pensar que pode ser ambas, a resposta é não. A primeira pode até ser uma opção, embora com riscos tremendos como a história já demonstrou, e a segunda nem é viável por definição.
É irónico que o PSD Açores, esteja a fazer exactamente o mesmo que o PS/A fez durante anos e anos. Exactamente o mesmo. Tentar passar a responsabilidade da não resolução deste dossier para a CE, quando teve a oportunidade política perfeita para uma rela inflexão de estratégia aquando da chegada ao governo. Não tem qualquer problema, o contribuinte tem bolsos bem fundos, pelo menos fundos até à austeridade.
Na política o timing é tudo, e o risco que o PSD corre é assumir para si a co-paternidade da maior ameaça de sempre à proto autonomia financeira regional. Ontem já era tarde.
André Silveira
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- Francisco BotelhoEste último voo NY-Funchal é de bradar aos céus. Temos uma empresa pública que basicamente está a dizer ao mercado americano que devem apostar na Madeira e ignorar os Açores. Para não falar de todas as restantes operações para Porto Santo, Cabo Verde. E depois querem atrair empresas estrangeiras ?
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