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Hoje, na mercearia, comprei algumas frutas e legumes. Chegou o momento de pagar, faltavam 20 cêntimos. Perguntei se podia pagar mais tarde, o funcionário (filho do patrão) mostrou-se intransigente. Criou-se um impasse, perguntei se podia pagar com o meu livro de poesia que segurava debaixo do braço. Resposta pronta do jovem em tom jocoso: poesia… livro?! Isso não enche barriga… Das oito bananas que tinha no saco, retirei uma, pedi ao jovem para voltar a pesar; e agora já chega o dinheiro para pagar? – perguntei. Resposta pronta do jovem: chega e sobra 27 cêntimos.
Pensando bem no que me tinha acontecido, cheguei à seguinte conclusão e sem pretensiosismos:
– A Poesia que escrevo não vale uma banana.
Em seguida veio à minha memória o Grande Luís Vaz de Camões, sabe-se lá porquê (desculpem a minha ironia).
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Ana Paula Costa
Lamento, quem perdeu foi o jovem. Pode ser que ele ainda vá a tempo um dia destes. Vou partilhar, com a sua licença.
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