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【A CAUSA DAS COISAS】
A EXISTÊNCIA DA UCRÂNIA NÃO É NEGOCIÁVEL
«Há uma escola de pensamento no Ocidente, cada vez maior, a defender que as vítimas devem negociar com os seus assassinos e aceitar mais derramamento de sangue e ocupação a fim de oferecer a Putin uma “estratégia de saída”. Trata-se de uma ilusão tão ofensiva quanto perigosa. (…)
Os praticantes da “Realpolitik” precisam de compreender que a Ucrânia não luta apenas pelo território, como num jogo de “Risk”, mas pelas pessoas que lá vivem. (…) Há infra-estruturas civis e críticas que são deliberadamente visadas e há cidades inteiras, como Mariupol, que estão agora inabitáveis.
(…) Quando os ucranianos ouvem que devem “desistir” do território, isso é sinónimo de abandonar os nossos compatriotas neste cenário. (…)
A guerra na Ucrânia não começou em 2022, mas em 2014, quando as forças russas invadiram e ocuparam ilegalmente a Crimeia, Donetsk e Lugansk, com uma tímida resposta da comunidade internacional. Será que esta abordagem cautelosa saciou, de algum modo, a sede de Putin por novos alvos? (…)
Com a guerra, o objectivo original do Kremlin era ocupar toda a Ucrânia numa questão de dias e é quase certo que, caso o tivessem conseguido, outros países, como a Moldova ou o Cazaquistão, teriam sido os alvos seguintes. Talvez ainda sejam. A Bielorrússia foi, efectivamente, anexada em tudo menos no nome. (…)
Face a uma campanha genocida, os ucranianos não devem ser aconselhados a negociar a sua existência. (…) Aqueles que mascaram o seu cinismo com o chamado pragmatismo precisam de voltar à escola e aprender que a única forma de derrotar quem faz “bullying” é enfrentá-lo.» (O. Matviychuk)
Texto completo AQUI: https://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/…/a-existen…
Joana Lopes
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