A DESTRUIÇÃO DO JARDIM DO MUSEU E OUTROS DESMANDOS EM PONTA DELGADA

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Melito Bento

Coisas de arqueólogos panfletários que dão para rir que não para pensar.
Acabei de ler um artigo assinado por Diogo Teixeira Dias no Correio dos Açores sobre a obra que o Governo dos Açores apadrinha no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, São Miguel-Açores. Identifico Ponta Delgada-São Miguel para não haver confusão com a Cidade Património Mundial… Quer dizer, estas “coisas” de que direi mais adiante são coisas de micaelenses. Por exemplo, nasci numa Ponta Delgada que agora é outra. Avenidas que destruíram traçados e cais antigos é coisa que já vem desde o período do Estado Novo. Que disse o senhor arqueólogo que me levou a procurar refúgio nas almas sensíveis a quem a cultura faz com que não percamos a nossa identidade, História e princípios?
Diogo Teixeira Dias no final do seu “imparcial e técnico” escrito:
“Para a frente com a obra. O tempo de levantar barreiras já passou. Ganha o Museu, ganha Ponta Delgada, ganha a ilha , ganham os Açores, ganha o Património Cultural que tem de deixar de ser uma coutada de interesses pouco claros e arena de antagonismos pessoais.” Deve ganhar mais alguém, só não sei quem…Ora bem, todos têm direito a expressar o seu pensamento. Não é isso que está em causa. O que está em causa é que o senhor arqueólogo Diogo Teixeira Dias é nem mais nem menos do que Técnico Superior na Área de Arqueologia e História, exercendo funções públicas em Vila Franca do Campo que emite para o Diário da República a seguinte redação: Diário da República nº. 228/2019 – Série II de 2019-11-27. O senhor arqueólogo obteve a nota de 16 valores em Vila Franca do Campo. Também pelo Aviso 4316/2018 publicado no Diário da República, 2ª série, nº.64 de 2 de abril de 2018, foi celebrado contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado… com os trabalhadores : Diogo José Teixeira Dias…5ª posição do nível 27 da Tabela de Remuneração Única. Perante tanta apreensão e responsabilidade a favor do Património Cultural de Ponta Delgada e não de Angra do Heroísmo – convém distinguir o que os terceirenses entendem por Património Cultural versus micaelenses, – fica-nos a dúvida de como é que um arqueólogo de São Miguel encara a Arqueologia e a História. Estará numa de construtor civil a sua Arqueologia e História? Não cabe aos arqueólogos e diplomados em História preservarem o que pertence á área do património Cultural? Pertence o senhor historiador e arqueólogo aos tabelados do novo-riquismo que por cima da História a embrulham com betão? Não sei. O que sei é que o senhor ao acusar os moradores de interesses pouco claros tombou para um campo que lhe pode sair caro, Que interesses, senhor arqueólogo? Não contente com este aleive ainda se atreve a dizer que aquela zona é uma arena de antagonismos pessoais. Porquê, alguém quer montar um carrinho de castanha assada e não obteve a respetiva licença? Aquele Largo de Santo André dá para tudo… Eh pá, se o senhor como arqueólogo está à espera que as futuras escavações a realizarem-se naquele espaço classificado e de valor patrimonial tragam vestígios da Atlântida, eu já me calo. Até contribuiria com algum para uma estátua sua que ficasse ao lado do seu ilustre conterrâneo Padre Ernesto Ferreira ali para os lados dos Franciscanos.
PS: não convém partidarizar a questão,” senão ainda teremos de importar bastante sabão…