a desertificação humana dos açores avança

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Apenas em 4 municípios há mais nascimentos do que mortes

Ribeira Grande, Ponta Delgada, Lagoa e Madalena do Pico são os únicos 4 concelhos dos Açores que registaram no ano passado mais nascimentos do que mortes.

Porém, saldo natural positivo nestes municípios não dá para cobrir a perda de população geral em todo o arquipélago, que no ano passado foram menos 140, quando no ano anterior tinham sido 46.

S. Miguel é a única ilha que apresenta um saldo natural positivo, registando no ano passado 1.286 nascimentos e 1.124 óbitos, o que dá um saldo positivo de 162.

Lagoa, com 21, Ponta Delgada com 51 e Ribeira Grande com 151 são os concelhos micaelenses que registam saldo natural positivo, enquanto a Madalena do Pico regista mais 4.

Todas as restantes ilhas registam saldo natural negativo: Terceira -118, Graciosa -17, Santa Maria -21, S. Jorge -70, Pico -27, Faial -20, Flores -21 e Corvo -8.

Recorde-se que o INE, nas últimas projecções publicadas este ano, dizia que Açores vão perder população até 2080, passando dos actuais 242.846 para 170.969 habitantes.

Ou seja, no cenário projectado pelo INE o arquipélago poderá perder mais de 70 mil residentes nos próximos 60 anos.

Já num cenário sem migrações – e em que as hipóteses de evolução da fecundidade e da mortalidade são as adoptadas no cenário central e em que se admite a possibilidade, pouco provável, de inexistência de fluxos migratórios – seria de esperar em 2080 uma população de cerca de 173.657 de pessoas.

Os Açores poderão, assim, deixar de ser a região menos envelhecida do país, sendo superada pelo Algarve.

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