A CRISE EM NÚMEROS

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Ontem, 22 de Março, o número de casos da pandemia ultrapassou 336.000 no mundo e as mortes causadas pelo coronavírus ultrapassaram as 14.000. O quadro em baixo actualiza outros que, aqui, partilhei nos últimos dias, tendo acrescentado duas colunas (a amarelo), que indicam a variação percentual relativamente à véspera, no número de casos e no número de óbitos. É importante seguir o ritmo de progressão.
Esta já não é uma crise chinesa, confirmando-se, dia após dia, que a China praticamente não tem novos casos e é muito baixo o número de novas mortes, provavelmente desfecho negativo dos casos críticos que ainda subsistem nos hospitais. Está em “phasing out”.
A crise migrou para outros continentes, sobretudo a Europa. Os casos mais dramáticos são os de Itália e Espanha, com números que traduzem a realidade terrível que vamos ouvindo e vendo. A Alemanha é também muito atingida, mas tem uma mortalidade muito baixa. A França, a seguir, tem uma mortalidade mais alta, embora em percentagens próximas dos indicadores internacionais. Quanto a Portugal, já ultrapassámos ontem a Dinamarca e hoje ultrapassaremos por certo a Suécia – nos países da nossa dimensão ficaremos na terceira dimensão: melhor que Áustria e Bélgica, mas pior que Suécia, República Checa, Grécia, Bulgária e Hungria. Fora da União Europeia, Suíça e Reino Unido mantêm-se as situações mais difíceis, com a Turquia a aproximar-se também. E a Islândia, com números mais baixos, revela uma situação muito crítica para a sua dimensão populacional, embora só tenha uma morte até hoje.
Fora da Europa, os EUA são, nesta altura, o caso mais sério de progressão da Covid-19, seguido do Brasil. O Irão parece ter travado a progressão da doença, mas gere ainda números muito pesados e sobretudo com uma mortalidade muito alta. Do outro lado do mundo, a Austrália também foi contagiada e tem a pandemia em desenvolvimento rápido.
São semanas exigentes para muitos povos.

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Vanda Feire Braz Silva Atenção às taxas de mortalidade, muitos que morrem não são testados, logo não contam. Para se apurae o verdadeiro valor tem que se aferir com igual periodo do ano passado. A Itália já assumiu e Espanha também, a Alemanha não, neste momento ainda não é ter mais ventiladores por cabeça que faz a diferença na Alemanha..