a coletânea de textos dramáticos açorianos -Helena Chrystello e Lucília Roxo

Nota de imprensa/ Press Release

Helena Chrystello e Lucília Roxo vão apresentar ao público docente e discente dia 24 de abril pelas 15.30 horas no anfiteatro da EB 2, 3 da Maia (Ramal de S. Pedro, Maia) a obra “COLETÂNEA DE TEXTOS DRAMÁTICOS DE AUTORES AÇORIANOS” destinada ao currículo escolar. A obra será apresentada por Lurdes Alfinete

Trata-se de mais um projeto nascido no seio dos Colóquios da Lusofonia, com o total apoio da EBI Maia, e que visa divulgar a obra dos mais relevantes autores contemporâneos de matriz açoriana.

“Vem esta Coletânea de Textos Dramáticos suprir uma lacuna que há muito se fazia sentir nos escaparates das livrarias, a saber, um florilégio de extratos tão-somente de peças de teatro assinadas por cinco escritores açorianos: Álamo Oliveira (Missa Terra Lavrada, Manuel seis vezes pensei em ti e A Solidão da casa do Regalo), Daniel de Sá (Bartolomeu), José Martins Garcia (Domiciano), Norberto Ávila (Algum Teatro) e Onésimo Teotónio Almeida (No seio desse Amargo Mar). Se outros méritos lhe não fossem reconhecidos (que os tem, e não poucos…), não deixaria a posteridade de lhe outorgar o louvável intuito pedagógico-científico que presidiu à sua elaboração” afirma a Professora Doutora Rosário Girão da Universidade do Minho no prefácio da obra.

E acrescenta: “Abarcando uma extensa faixa temporal que remonta à Atlântida – imortalizada nos diálogos platónicos Crítias e Timeu e entressonhada em transe pelo Jovem “voyeur” de No seio desse Amargo Mar –, atravessa o século primeiro, prossegue pelo Renascimento, viaja até Oitocentos e desemboca na contemporaneidade, os trechos dramáticos da Coletânea em causa firmam e afirmam a identidade de Portugal – numa era globalizada em que a divisa parece ser a morna estandardização –, invocando e evocando vultos nacionais, tornados entrementes mitos e trazidos à luz da ribalta como atores paradigmáticos de um tempo em devir, retratado pelos “historiadores do futuro” (José Martins Garcia).”

De não descurar, nesta compilação, se afigura o preito rendido ao Arquipélago, quer mediante a nomeação dos seus mais lídimos representantes oriundos das ilhas designadas (S. Miguel, Terceira, Flores), quer através de referências diversas a topónimos ilhéus (Monte Brasil, Campo de S. Francisco), quer do ponto de vista da hierarquia social insulana (os lavradores micaelenses)…. Talvez não seja erróneo asseverar que foi este espírito epocal e nacional de cariz mítico e, por conseguinte, universalizante que as/os Organizadoras/es desta Coletânea intentaram homenagear, ao coligir significativos extratos de peças de teatro, algumas de difícil acesso advindo da sua não-reedição, de cinco Autores consagrados no panorama das Letras portuguesas.
HELENA F. DA COSTA SIMÕES CHRYSTELLO