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Justino Madeira: grande servidor da causa pública açoriana
Justino Manuel do Rego da Costa Madeira, micaelense nascido na Ribeira Grande, foi deputado eleito pelo PSD à Assembleia da República e foi também vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal de Ponta Delgada eleito pelo PSD, nas presidências do dr. Carlos Bettencourt (PSD) e de Carlos de Aguiar Rego Costa (independente), que desempenharam os respectivos mandatos com assinalável competência e com a maior dedicação.
Justino Madeira, que desaparece agora aos 82 anos de idade, nas funções públicas que desempenhou, sempre com notável empenho e evidente generosidade, ao serviço dos interesses dos Açores, destacou-se particularmente como vereador da Câmara Municipal de Ponta Delgada, onde deixou uma marca também de vincada independência no exercício da sua ação municipal.
Carlos de Aguiar Rego Costa cumpriu dois mandatos como presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, o primeiro eleito como independente em lista do PSD e o segundo eleito também como independente em lista do extinto PRD.
Durante o primeiro mandato, Carlos Rego Costa, homem educado e de forte personalidade, incompatibilizou-se com o PSD, porque, segundo constou, não aceitava orientações do PSD: apresentou-se ao eleitorado como independente e quis sempre desempenhar o cargo como independente, sem estar “preso” a qualquer partido.
Nesse conflito com o PSD, Justino Madeira, apesar de militante histórico do PSD, solidarizou-se com Carlos Rego Costa, o que lhe valeu ser considerado – digamos assim – um desalinhado, acabando por abandonar, triste e desiludido, o PSD.
O que importa salientar, acima de tudo, é que Justino Madeira foi um grande açoriano e um grande servidor da causa pública açoriana, distinguindo-se como um muito competente vereador da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
Educado, disponível e solidário, Justino Madeira merecia uma homenagem em vida, porque foi um autonomista convicto, um democrata convicto e um defensor igualmente convicto do progresso dos Açores.
Eu, que o conheci bem, presto à sua veneranda memória este modesto mas sincero tributo, apontando-o como um exemplo de açoriano.