A PRAGA TERCEIRO-MUNDISTA DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Maria Jose Vitorino shared a post.

1 min

No photo description available.

Luis Miguel Rainha

Funcionários públicos; essa praga típica dos países de terceiro mundo.

Porque há gente que anda distraida ou que se deixa distrair. Escravizar gente é crime. Ambiental. Façam favor de não esquecer. Nunca. E de o combater. Sempre.

No photo description available.

Bé Simões Ferreira

Resta-lhe um blues

Há uma mulher na minha aldeia. Tenta viver antes de morrer a tentar sobreviver. Vive uma vida que nunca escolheu. Nem o sol nem a lua, nem a sua sombra mostram qualquer bondade. Vive com o coração em sobressalto. O sono abandonou-a para não ter de sonhar.

Acenaram-lhe um ordenado que mal chegava para pagar a sua própria sobrevivência e dos seus três filhos. Muitas horas em pé. Num vai-vem frenético. Servir às mesas. Fazer limpezas. Ser parte de um exército silencioso que faz a roda oleada girar. Manter a cara limpa para mais bofetadas levar. A renda, a luz, a água e o gás seriam um segundo problema a resolver. Um segundo emprego nas poucas horas que restavam. Até se fazer noite. E o tempo para si? para ser mãe dos filhos?

Quem sabe, talvez partir. Ir para outro porto, outro pelourinho, outro mercado de escravos.

Acenavam-lhe um ciclo viciado. Constrangia de tão vicioso. Matava antes da hora. Ou a vida era um erro de casting ou ela um erro para a vida.

O pai tinha-lhe respondido quando ela lhe disse que queria ser adulta ‘não queiras, buscas um engano, vai sem pressa’.

Agora que sabia o que o pai queria dizer tinha por responsabilidade acalmar as lágrimas da criança dentro de si. Fazendo-se adulta por ela. Seguindo o caminho assobiando baixinho um blues.

Baseado em histórias reais.

error

Enjoy this blog? Please spread the word :)

RSS
Follow by Email
Twitter
YouTube
LinkedIn