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A Eucísia foi também berço de muitas criadas ou de servir à mesa (ou empregadas domésticas como hoje se tem de dizer para se ser politicamente correto) em casa dos meus avós ou na nossa, com nomes exóticos tais como Delmira e Delmina. Que lá na terrinha já havia uma América e uma Argentina que ainda eram nossas parentes. Vinham tomar conta da minha irmã ou servir à mesa em casa dos meus avós.
Eram jovens, muitas vezes acabadas de fazer a 3ª classe de instrução primária, tímidas, encavacadas pelo bulício citadino, que se sentiam sempre como um peixe fora de água e que mal podiam, asinha regressavam à terra natal. Nem uma só quis ficar no Porto, essa cidade das pontes com mil luzes e atrações. Por volta dos quinze ou dezasseis anos regressavam para ajudarem a família e buscarem noivo.
A DELMIRA 1957
recuperei estas fotos do meu arquivo e que ilustram um artigo sobre tempos idos… ler aqui a crónica 58.3 de set 2008Crónica058.3 eucisia in ChronicAçores uma circum-navegação vol. 1