TEIAS QUE O IMPÉRIO TECEU…..
Portugal, como potência administrante dos Açores, e por via do aluguer da Base das Lajes aos EUA, deixou (… e continua a deixar…) um pesado passivo social, humano e ambiental na Ilha Terceira e nos Açores em geral.
A adopção e saída ilegal de crianças com consentimento do estado português foi um crime hediondo de tráfico humano.
Esta é mais uma prova do colonialismo abjecto que Portugal sempre praticou nestas ilhas, completamente abandonadas à miséria e à opressão, e ainda por cima nem defendia perante estrangeiros os direitos das pessoas que estavam sob a sua bandeira.
Não devemos esquecer que a posição de Portugal perante os EUA, foi sempre de medo e cobardia, igualável àquelas repúblicas centro-americanas das bananas, como são as Honduras, Guatemala, etc.
Alguns dirão que a época era outra e o contexto também, mas isso não é desculpa para contemporizar com uma tragédia humana que segundo algumas fontes atingiram muitas centenas ou mesmo milhares de crianças indefesas, oriundas de famílias também elas indefesas, pobres e segregadas.
Muito sintomático foi o permanente silêncio das «autoridades da ilha» durante todas estas últimas décadas, assim como da sociedade em geral e da Igreja em particular.
Silêncio esse que continua a ser seguido pelos actuais orgãos de governo próprio, que perante estas situações de puro colonialismo se curvam perante Lisboa.
Quando é que Portugal vai pedir desculpas aos Açorianos e quando vai ressarcir a comunidade?
@ Ryc