o desemprego dos estagiários (Açores)

ACORIANOORIENTAL.PT
O vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, realçou que mais de metade dos jovens que frequentam programas de estágio na região conseguem encontrar emprego.
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Carlota Joaquina Vivemos numa economia liberal. Ele até nem tem obrigação de criar empregos.

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Reply4h

Sónia Sousa Freitas (LONGO TEXTO/COMENTÁRIO)

Caríssimo Dr.

Sou licenciada pela Academia de Ensino Superior Açoriana, vulgo, Universidade dos Açores, campus de Ponta Delgada. Realizei um estágio de 18 meses, numa instituição governamental -que muito bem me acolheu- ao abrigo do dito-cujo programa. O prazo acabou a 29 de Junho.

Estou inscrita no PIIE há perto de 4 meses. Já contatei mais de 20 empresas do meu interesse – porque ainda julgava ter direito à escolha e seleção do que é melhor para mim- (via email, telefone e presencialmente) na cidade de Ponta Delgada e todas as mais de 20X , a resposta tem sido, efetivamente, a mesma: Não. Uns por “falta de recursos financeiros”, outros por “falta de aprovação superior” e outros porque não lhes apetece.

Recebo “Votos de sucesso” de forma contínua. Como se um voto de sucesso, de uma empresa relevante, fosse aliviar o stress de ser uma “desempregada com diploma”.

O PIIE só é possível de ser realizado em empresas privadas, públicas, associações e cooperativas, o que pode parecer MUITO. Mas quando corremos a cidade e ninguém aceita, é muito…. pouco. Fico com a impressão bem nítida, que os custos associados à realização deste programa (para um licenciado), não convém às empresas regionais.

Triste é já ter contatado empresas que são co-suportadas/financiadas pelo Governo Regional- anualmente- e mesmo assim ouvir um não. Triste é receber uma resposta negativa, para uma semana depois, ver a empresa a pedir ESTAGIÁRIOS para a mesma área, porque os custos associados são mínimos. E triste é perceber que as GRANDES empresas em Ponta Delgada, só mantêm portas abertas com ofertas part-time, estagiários pagos pelo GR e “afilhados”.

Infelizmente, cada vez mais a região e as suas empresas, demonstram que o valor de um jovem (licenciado ou não), não está no seu MÉRITO mas sim no seu PREÇO. Aquele que tiver MENOS custos associados, será o contratado.

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