Views: 0
![](https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-1/c0.1.50.50/p50x50/26971_1132557574033_7208360_n.jpg?_nc_cat=106&oh=85b02f77b6a9a3b19b785b5502732f72&oe=5C3D6D77)
Victor N Pereira shared a post.
A mulher invulgar que deu o rosto à República….Expresso. Sapo .pt.
Em 1910, uma jovem de 16 anos serviu de modelo para o Rosto da República ao escultor Simões de Almeida, sempre sob o olhar atento da mãe. Chamava-se Hilda Puga e a sua vida foi plena de aventuras. Uma mulher invulgar, que sobreviveu a dois cancros, esteve casada dois meses, foi rica mas teve tornar-se costureira para sobreviver e morreu no dia em que celebrou 101 anos .
Até 1970, Hilda Puga andava nos bolsos de todos os portugueses.
Era profundamente monárquica, muito católica .
Hilda tinha 16 anos, e trabalhava numa camisaria na R. Augusta, na Baixa de Lisboa. Estava a fazer uma entrega quando se cruzou com o escultor, que lhe achou graça e a convidou para ser sua modelo.
O pai de Hilda, Tomás Garcia Puga, era um homem abastado, proprietário da fábrica de tijolos da praça de Touros do Campo Pequeno (Lisboa). Apaixonou-se pela empregada, com quem viveu a vida toda e de quem viria a ter cinco filhos – mas o ato de amor custou-lhe o corte de relações com a família de origem.
Um revés nos negócios obrigou Tomás Puga a vender a fábrica. Atraído pelo Eldorado da borracha no Novo Mundo, em finais do século XIX, ruma a Iquitos, na Amazónia peruana, onde ergue um armazém geral.
Ainda antes dos 30 anos, Hilda teve um primeiro cancro de mama, que o pai do médico Gentil Martins retirou. Na mesma altura, casou-se, com um jornalista – foi a última das irmãs a fazê-lo. Mas também aqui não teve sorte, permanecendo casada escassos dois meses. Arremessou um candeeiro à cabeça do marido, e, apesar de muito católica, pediu o divórcio em 1932 (ainda antes da Concordata ser assinada em Portugal), somando para si mais um estigma social: o de mulher divorciada.
Onze anos mais tarde, sofreu o maior de todos os golpes: Emília morria, de cancro de mama. Hilda remeteu-se à clausura total, no lar, não saindo de lá durante uma década. Foi preciso nascer o primeiro sobrinho neto para tornar a passar o Natal em família. Em 1991, parte uma perna e cai à cama. Nessa altura, o seu maior problema era “não poder costurar”. Dois anos depois, falece, aos 101 anos. Morria o rosto da República, cuja implantação sempre é comemorada .
![Image may contain: 1 person, sitting](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p180x540/44023505_2169719426576789_4842890520357240832_n.jpg?_nc_cat=103&_nc_oc=AQm744CmJimrnQpAhx-LF6o6yvezfgGWXSJYAQ5KDDFm64tysljMuY4QTbNEd2_1Qc0&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=7d0d3981d816393a843e6d48ff040a1e&oe=5E5BA691)
![Image may contain: 2 people, indoor](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p168x128/44110985_2169719459910119_4992093333418409984_n.jpg?_nc_cat=101&_nc_oc=AQltzZheWF2XOG5-uriyaF1tAiL1Gtr9LDtNFmrIpW5qW1846BZEGJxzMl7hFgj1o8M&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=d6287ea7e44ffc75b675f98c13850b66&oe=5E62678F)
![No photo description available.](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/s235x165/43880577_2169719506576781_8620575094848094208_n.jpg?_nc_cat=109&_nc_oc=AQlkGZ_piO1vvHYEV5SdIsGg7z_55MH_-2Wquo0bRyLrJStandFU0wpEktDYgEVeep0&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=78a70317937e3c2c0838c2f74c12159c&oe=5E5EDFD1)
![Image may contain: 1 person, sitting](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/s235x165/44093831_2169719536576778_7341258835933265920_n.jpg?_nc_cat=110&_nc_oc=AQmQYNZi8nH3ocMnIxFBL87N50ExqJgl4QPChcgjwgmvSralccFgoWCWaIHCeMy5Oig&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=2752323619635dd37bd820e3da114944&oe=5E644D21)
O
![Image may contain: 1 person, sitting](https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p180x540/44023505_2169719426576789_4842890520357240832_n.jpg?_nc_cat=103&oh=49b2da3596ca04e1ca3116a1ed5687be&oe=5C597D91)
![Image may contain: 2 people, indoor](https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p168x128/44110985_2169719459910119_4992093333418409984_n.jpg?_nc_cat=101&oh=0cfd6ad341e2ebc9f1a64ded89964868&oe=5C603E8F)
![No automatic alt text available.](https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/s235x165/43880577_2169719506576781_8620575094848094208_n.jpg?_nc_cat=109&oh=00035095f34729b434ca2d118d8e4413&oe=5C5CB6D1)
![Image may contain: 1 person, sitting](https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/s235x165/44093831_2169719536576778_7341258835933265920_n.jpg?_nc_cat=110&oh=2e0099a6531ba7546099e9d75f5a7cb2&oe=5C89B121)
Amelia Sousa Nunes to Lisboa Antiga
A mulher invulgar que deu o rosto à República.
Em 1910, uma jovem de 16 anos serviu de modelo para o Rosto da República ao escultor Simões de Almeida, sempre sob o olhar atento da mãe. Chamava-se Hilda Puga e a sua vida foi plena de aventuras. Uma mulher invulgar, que sobreviveu a dois cancros, esteve casada dois meses, foi rica mas teve tornar-se costureira para sobreviver e morreu no dia em que celebrou 101 anos .
Até 1970, Hilda Puga andava nos bolsos de todos os portugueses.
Era profundamente monárquica, muito católica .
Hilda tinha 16 anos, e trabalhava numa camisaria na R. Augusta, na Baixa de Lisboa. Estava a fazer uma entrega quando se cruzou com o escultor, que lhe achou graça e a convidou para ser sua modelo.
O pai de Hilda, Tomás Garcia Puga, era um homem abastado, proprietário da fábrica de tijolos da praça de Touros do Campo Pequeno (Lisboa). Apaixonou-se pela empregada, com quem viveu a vida toda e de quem viria a ter cinco filhos – mas o ato de amor custou-lhe o corte de relações com a família de origem.
Um revés nos negócios obrigou Tomás Puga a vender a fábrica. Atraído pelo Eldorado da borracha no Novo Mundo, em finais do século XIX, ruma a Iquitos, na Amazónia peruana, onde ergue um armazém geral.
Ainda antes dos 30 anos, Hilda teve um primeiro cancro de mama, que o pai do médico Gentil Martins retirou. Na mesma altura, casou-se, com um jornalista – foi a última das irmãs a fazê-lo. Mas também aqui não teve sorte, permanecendo casada escassos dois meses. Arremessou um candeeiro à cabeça do marido, e, apesar de muito católica, pediu o divórcio em 1932 (ainda antes da Concordata ser assinada em Portugal), somando para si mais um estigma social: o de mulher divorciada.
Onze anos mais tarde, sofreu o maior de todos os golpes: Emília morria, de cancro de mama. Hilda remeteu-se à clausura total, no lar, não saindo de lá durante uma década. Foi preciso nascer o primeiro sobrinho neto para tornar a passar o Natal em família. Em 1991, parte uma perna e cai à cama. Nessa altura, o seu maior problema era “não poder costurar”. Dois anos depois, falece, aos 101 anos. Morria o rosto da República, cuja implantação sempre é comemorada .