Notícias de Angola Estão a matar a Lusofonia NO 27º COLÓQUIO EM BELMONTE |

Fonte: Estão a matar a Lusofonia | Folha 8 Jornal Angolano Independente | Notícias de Angola

ESTÃO A MATAR A LUSOFONIA


A vila de Belmonte, Portugal, recebe entre 6 e 9 de Abril a 27ª edição do Colóquio dito da Lusofonia, que conta com a presença – entre 70 convidados – do prémio Nobel da Paz, Ximenes Belo, anunciou hoje a autarquia local. A organização pertence à AICL – Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia.

Éuma presença que muito nos honra, bem como a participação das cerca de 70 pessoas que aqui vão estar nestes dias”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Belmonte, António Dias Rocha, na conferência de imprensa de apresentação desta e de outras iniciativas que esta vila do distrito de Castelo Branco acolherá de Abril a Junho.

Esta edição do Colóquio da Lusofonia realiza-se pela primeira vez numa localidade do interior de Portugal e é organizada pela Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia em colaboração com a Câmara de Belmonte, e conta com o apoio da Universidade da Beira Interior, do Governo Regional dos Açores e da companhia aérea SATA.

A iniciativa integra várias sessões científicas, bem como quatro apresentações literárias, uma sessão de poesia a cinco vozes e três recitais do Cancioneiro Açoriano, e de poetas açorianos, executados ao piano pela maestrina Ana Paula Andrade, que será acompanhada ao violoncelo por Henrique Constância da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

O programa integra ainda actuações da Escola de Música de Belmonte e da Academia Sénior de Belmonte.

Segundo a organização, estarão representados 12 regiões e países, nomeadamente Alemanha, Açores, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Galiza, Índia, Luxemburgo, Portugal e Timor-Leste.

Além de Ximenes Belo, que estará presente a partir de dia 7, a iniciativa também conta com inúmeros palestrantes, como por exemplo José António Salcedo ou João Malaca Casteleiro, e com vários autores, designadamente Urbano Bettencourt, que será o homenageado de 2017.

Salientando que todas as sessões são gratuitas, António Dias Rocha também vincou a relevância deste evento, já que contribui para aumentar a oferta cultural no concelho e na região, bem como para promover o território.

“Esperamos que os participantes possam também divulgar e promover Belmonte quando saírem daqui e esperamos que as pessoas da região possam aderir a esta iniciativa e que nos venham visitar”, disse.

Fica por saber que tipo de Lusofonia é esta que inclui Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Galiza, Índia e Luxemburgo e se esquece de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.

A Lusofonia é uma realidade (por muito que digam o contrário todos aqueles que compraram a verdade com o cartão de membro de um qualquer partido ou que a vejam como um mero mercado) que em muito ultrapassa os 250 milhões de cidadãos.

Se assim é, por que carga de chuva o dito Colóquio da Lusofonia dá mais importância à Austrália do que a Angola, ao Canadá do que à Guiné-Bissau, à Índia do que a Moçambique? Ou será que é apenas um colóquio das comunidades portuguesas?

Seja lá porque for, com estas iniciativas a Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia está a contribuir para assassinar a Lusofonia. Não serão os australianos, os canadianos ou os indianos (mesmo que falem português) que vão dar vida à Lusofonia.

Por culpa (mesmo que inconsciente) dos poucos que têm milhões, continuam os milhões que têm pouco à espera que a chamada comunidade lusófona acorde. E ela tarda a acordar porque aparecem estas iniciativas que de lusófonas só têm o nome.

É claro que, como em tudo na vida, não faltarão os que dirão que não é possível entregar a carta a Garcia (será que sabem o que isso significa?), justificando que os correios estão fechados…

Mas não é com esses que se faz a Lusofonia apesar de, reconhecemos, muitos deles teimarem em flutuar ao sabor de interesses mesquinhos e de causas que só se conjugam na primeira pessoa do singular.

Não entendem, nunca entenderão, que a Lusofonia deveria ser um desígnio multinacional. E não entendem porque, de facto e cada vez mais de jure, já nem tirando os sapatos conseguem contar até 12, tal a dependência da máquina de calcular.

Cremos, contudo, que vale a pena continuar a lutar. Lutar sempre, apesar da indiferença de (quase) todos os que podiam, e deviam, ajudar a Lusofonia.

Resta-nos acreditar (continuar a acreditar) que a Lusofonia pode dar luz ao Mundo e que, por isso, não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.

Se calhar, mais uma vez, estamos a tentar o impossível. Mas vale a pena (até porque a alma não é pequena) já que o possível fazemos nós todos os dias.

 

A QUEM DESCONHECE A AICL: ESCUSAM DE TENTAR COMENTAR AQUI OU EM MENSAGEM PRIVADA, SEM LEREM OS NOSSOS ESTATUTOS, O NOSSO HISTORIAL, AS ATAS E CONCLUSÕES E OS DETALHES DE CADA UM DOS 26 COLÓQUIOS JÁ EFETUADOS

esta notícia injusta mereceu a seguinte resposta
SÓ QUEM NÃO SABE OU NÃO SE INFORMOU PODERÁ ESCREVER O QUE ACIMA ESTÁ ESCRITO. a academia angolana fará parte dos colóquios a partir do 28º em outubro na ilha de santa maria açores…todos os anos desde 2002 se fizeram tentativas de trazer angolanos a estes eventos que não são subsidiados e por isso são autossuficientes… não podemos pagar viagens ou estadias… mas tivemos já presenças regulares de Cabo verde, Moçambique, Índia, Malaca, Macau, etc…bastava ler o nosso historial em www.lusofonias.net. Nem o governo angolano nem algumas das instituições contactadas alguma vez quiseram fazer-se representar à exceção de um jornalista que não foi autorizado a deslocar-se…
Chrys Chrystello Presidente da Direção

POSTERIORMENTE REMETI O NOSSO HISTORIAL COMO SUGERIDO PELO PRESIDENTE DO CONSELHO FISCAL DA AICL, FRANCISCO MADRUGA

PESSOAS QUE NÃO CONHECEM A AICL ESCUSAM DE TENTAR COMENTAR AQUI OU EM MENSAGEM PRIVADA, SEM LEREM OS NOSSOS ESTATUTOS, O NOSSO HISTORIAL, AS ATAS E CONCLUSÕES E OS DETALHES DE CADA UM DOS 26 COLÓQUIOS JÁ EFETUADOS

2 thoughts on “Notícias de Angola Estão a matar a Lusofonia NO 27º COLÓQUIO EM BELMONTE |

  1. Francisco Madrua

    Bom dia a todos. Realmente, o artigo limita-se a transcrever declarações e não tem qualquer trabalho de investigação. Isto, no tempo em que eu andava pelos jornais e faltavam os meios chamava-se “jornalismo de secretária”. Bastava uma simples consulta ao Sr. Google para se saber algo de mais substancial em relação aos Colóquios e á AICL. Claro que quem considera a Lusofonia como exclusiva não pode perceber a importância de todos aqueles que pelo mundo fora estudam, ensinam e divulgam a Lingua Portuguesa independentemente da sua nacionalidade. Angola faz parte da Lusofonia como todos os outros países citados. Neste contexto sugiro que a direção envie para o jornal um historial da AICL de modo a esclarecer a direção editorial e o jornalista.

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