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Interação da língua portuguesa, do tétum e da fé criou nação timorense – Ex-PM Alkatiri
“Para se compreender a importância da língua portuguesa, tem que se entender a mesma na sua interação com o tétum praça. E a interação entre as duas línguas e a fé dos timorenses e entre o monoteísmo católico e a prática animista”, afirmou ontem em Díli.
Trata-se, disse, de elementos que servem como “oxigénio” para a reafirmação da identidade timorense, “em todo o seu mosaico” socio cultural pelo que questionar qualquer desses elementos coloca em risco essa identidade.
Mari Alkatiri falava num colóquio em Díli subordinado ao tema “Uma língua – Várias identidades”, inserido nos eventos da Semana da Língua Portuguesa do Parlamento Nacional.
Em resposta a perguntas da plateia, Mari Alkatiri criticou o que disse ser a má política adotada nos últimos anos no ensino da língua, com comunicações no setor público em inglês ou indonésio.
Como exemplo do que diz serem erros políticos sobre esta matéria, recorda que quando a troika chegou a Portugal foi convidado pelos então chefe de Estado, José Ramos-Horta e primeiro-ministro, Xanana Gusmão, para os acompanhar a Portugal “comprar dívida pública portuguesa”.
“Tínhamos 6 mil milhões de dólares no fundo petrolífero e queriam comprar dívida pública. Isso nem dá para fazer cantar um cego. Eu disse que preferia ir lá, mas era para contratar professores portugueses”, afirmou.
Alkaiti insistiu que esta política é essencial para defender a soberania timorense no contexto regional e sub-regional, e para defender o tétum que só se reforçará com o português e que, se se tentar desenvolver com o inglês ou indonésio “simplesmente desaparece”.
“A política nacional tem que ser muito clara. Se não o for seremos mais um país no lago australiano ou um meio Estado na extensão da Indonésia. Essa é a realidade”, afirmou.
“Fomos tão determinados a fazer a luta pela independência e estamos a perder a determinação de defender esta independência, os elementos que garantem a defesa desta independência”, disse, criticando os que defendem o uso das línguas maternas que contribuem para “balcanizar” o país.
Numa intervenção em que recordou o papel da língua portuguesa em Timor-Leste, “da colonização à libertação”, Alkatiri disse que o português começou como uma “língua política e sociocultural de dominação”, algo que se foi diluindo ao longo dos séculos.
Um processo que ocorreu sem que o português tenha, em qualquer momento, deixado de ter interação com a sociedade timorense que o procurava sempre como aliado”, especialmente nas duas ocupações, a japonesa e a indonésia.
“Os timorenses intuitivamente ou empiricamente sabiam que a melhor forma de afirmar a sua diferença era manter esse vínculo à identidade lusófona”, algo que os ajudava a defender-se das presenças invasoras “mais perigosas e dominadores”.
@Lusa
José Márcio
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Se o que diz o Basílio Araújo reflete a realidade da língua portuguesa no Timor acho que que quem tem que restaurar o Português no Timor são os próprios timorenses e isto será um próprio acontecimento que tem a ver com a sua verdade quanto à identidade e acho que pelo contrário do que sugere o Basílio nenhum país lusófono deve ajudar-na verdade há uma ajuda de professores portugueses e brasileiros mas parece que não surte nenhum efeito na reintrodução almejada-.Basílio,não consigo admirá-lo pela cidadania indonésia pois infelizmente você se iguala a um Francisco Lopes da Cruz(este homem é cúmplice; procure você saber de quê).Mas gostaria de tirar um retrato seu como gostaria de fotografar um judeu que trabalhasse com Hitler.Por quê?Ora,por caprichos pessoais.
Comentário enviado em 2015-05-10 às 00:53:02
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