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Açores assustados com saída da Ryanair.
Vou partilhar a minha visão sobre este assunto do momento.
Não precisamos entrar em pânico; este é um momento para pensar em soluções inteligentes e práticas que beneficiem tanto os residentes quanto os visitantes, além de toda a economia regional.
Historicamente, a Ryanair já utilizou situações semelhantes para pressionar governos e aeroportos a melhorar condições, pelo que esta pode não ser uma saída definitiva. Portanto, é importante negociar, mas com consciência de que se trata de uma tática de pressão da companhia.
Ao mesmo tempo, podemos aproveitar este momento para refletir sobre o tipo de turismo que queremos para os Açores. Talvez seja hora de apostar num turismo de maior qualidade, que atraia visitantes interessados em conhecer e gastar na ilha, sem depender exclusivamente de voos low-cost. Isso pode incluir, por exemplo, pacotes turísticos que promovam atividades culturais, contacto com a natureza e gastronomia local pago.
Um turismo de qualidade e sustentável pode valorizar a economia local e melhorar a vida de toda a comunidade, mantendo os Açores como um destino atrativo e vibrante.
Desde que as operadoras low-cost vieram, reconhecemos que ajudou imenso no crescimento da economia, mas, também tirou qualidade de vida para quem uma grande maioria. Pois as enchentes de turistas influenciam o lazer e bom descanso para quem quer sentir a natureza.
E temos de nos lembrar que vivemos numa ilha. Se não pudermos usufruir das nossas paisagens sem pagar valores elevados para o poder de compra da maioria dos residentes, ou estar a visitar os lugares sem tantas enchentes acabamos por ficar desapontados. Muitos podem dizer, que isto é normal com o turismo. Sim, até agora era “o normal”. Mas, como os Açores começaram a apostar no turismo mais tarde, ainda é possível aprender com outros destinos sobre o que não se deve fazer para preservar as paisagens, a qualidade de vida e o bem-estar da população. Temos o privilégio de morar ou estar num dos destinos mais belos do mundo, então, em vez de nós vendermos tão barato, que reconheçamos nosso real valor.

