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POSTAL A MONTENEGRO
Senhor primeiro-ministro, o seu governo devia terminar hoje. Parece uma heresia, mas não é. Heresia é o que o senhor acaba de fazer. Primeiro, anunciou que em Outuro iria dar um bonus miserável de 200 euros a quem tivesse pensões de miséria, apesar de ter anunciado erradamente que os reformados com mais de mil euros também seriam contemplados.
Agora, vem anunciar que o tal bonus é concedido em função de quem tenha duas pensões. Não, senhor primeiro-ministro, o senhor está absolutamente na linha de todos os políticos do mundo que só querem mais pobres e mais ricos. O senhor primeiro-ministro se quisesse ser admirado pelos que sofrem por terem uma pensão de 200, 300, 400 ou 500 euros, aumentava vitaliciamente apenas estes cidadãos até ao montante do salário mínimo nacional. E tinha de pensar o seguinte: o desgraçado que recebe, por exemplo, 300 euros da Segurança Social, ainda teve o sofrimento até morrer de ficar sem o cônjuge que amava e, que devido a esse desgosto, passou a ter uma outra pensão de 400, 600 ou 700 euros, a pensão de viuvez da Caixa Geral de Pensões.
O cu não tem a ver com as calças, senhor primeiro-mistro. A pensão de miséria é a recebida pela Segurança Social e não tem que juntar a pensão de viuvez para conceder um bonus miserável apenas um mês. A junção das duas pensões que os cidadãos recebem é uma ofensa ao humanismo de quem vive em dificuldades, a quem não come decentemente, a quem não pode comprar muitas vezes medicamentos, a quem nunca foi de férias, a quem, em alguns casos, nunca viu o mar.
E digo-lhe mais senhor primeiro-ministro: muitos dos cidadãos que têm duas pensões sustentam os estudos dos filhos ou financiam a doença de muitos dos seus entes queridos, como filhos autistas. Repudiu vivamente os seus conselheiros que lhe disseram para juntar as duas pensões para o bonus miserável de Outubro.
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Isabel Covas
São uns mentirosos , não têm palavra, A ministra de hoje não tem coração, é degradante ouvi-la falar, arrogante , etc. Eles querem lá saber de quem necessita.Cada vez a pior, quando eles ganham o que ganham. Existem muito boas reformas no funcionalismo público, não me refiro ao de classe inferior.