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Teresa Neves afirma que “não é uma boa notícia”a instalação do Azores Retail Park na Grotinha e Mário Fortuna diz que é um anúncio positivo
A implantação de uma nova zona comercial, o Azores Retail Park, na zona da Grotinha, em Ponta Delgada, com uma área de 42.8 mil metros quadrados, suscita reacções diferentes aos comerciantes do centro histórico da cidade.
A implantação de uma nova zona comercial, o Azores Retail Park, na zona da Grotinha, em Ponta Delgada, com uma área de 42.8 mil metros quadrados, suscita reacções diferentes aos comerciantes do centro histórico da cidade.
Mário Fortuna, Presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, acredita que a chegada da FNAC e de uma loja maior da Worten são “anúncios bastante positivos” para os Açores. Tem esperança que estas novas superfícies e respectivas ofertas comerciais acabem por melhorar a qualidade de vida aos açorianos.
Sobre o impacto que abertura deste novo espaço comercial, Mário Fortuna afirma que o comércio e a zona comercial do comércio tradicional têm vindo a adaptar-se a esta “nova realidade”, e que isto é o que acontece na sociedade conforme vai se desenvolvendo.
“O comércio tradicional vai encontrando gradualmente o seu lugar. E acho que não será esta oferta que vai mexer significativamente com o comércio tradicional. O comércio tradicional está inserido numa oferta mais urbana e uma oferta mais central. São características muito específicas que não vão ser perdidas”, afirma ao Correio dos Açores.
Mário Fortuna compara a chegada do Azores Retail Park ao Parque Atlântico: “Como nós sabemos, o comércio tradicional já foi impactado com a abertura de várias grandes superfícies, entre os quais o Parque Atlântico. Portanto, o que este estabelecimento vai fazer é adicionar diversidade ao que já temos. A entrada deste novo espaço comercial é semelhante à entrada do Parque Atlântico. Está enquadrado dentro da mesma evolução do centro comercial”, explica.
O Presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada explica ainda que este é um assunto no âmbito privado e que não tem qualquer informação fora aquela que é anunciada.
Sobre o impacto que abertura deste novo espaço comercial, Mário Fortuna afirma que o comércio e a zona comercial do comércio tradicional têm vindo a adaptar-se a esta “nova realidade”, e que isto é o que acontece na sociedade conforme vai se desenvolvendo.
“O comércio tradicional vai encontrando gradualmente o seu lugar. E acho que não será esta oferta que vai mexer significativamente com o comércio tradicional. O comércio tradicional está inserido numa oferta mais urbana e uma oferta mais central. São características muito específicas que não vão ser perdidas”, afirma ao Correio dos Açores.
Mário Fortuna compara a chegada do Azores Retail Park ao Parque Atlântico: “Como nós sabemos, o comércio tradicional já foi impactado com a abertura de várias grandes superfícies, entre os quais o Parque Atlântico. Portanto, o que este estabelecimento vai fazer é adicionar diversidade ao que já temos. A entrada deste novo espaço comercial é semelhante à entrada do Parque Atlântico. Está enquadrado dentro da mesma evolução do centro comercial”, explica.
O Presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada explica ainda que este é um assunto no âmbito privado e que não tem qualquer informação fora aquela que é anunciada.
Teresa Neves manifesta
grande preocupação
grande preocupação
Para a empresária Teresa Neves, da Sayonara, o recente anúncio da construção de um novo complexo comercial designado de Azores Retail Park “não foi, obviamente, uma boa notícia para nós, que sempre investimos e acreditamos no nosso centro histórico.”
No entender da empresária, “vai acentuar, ainda mais, a desertificação da nossa cidade que tem vindo, gradualmente, a sofrer com essa situação, inicialmente com a construção do Centro Comercial Parque Atlântico, Centro de Saúde e deslocalização de muitos outros serviços, com os respetivos parques de estacionamento gratuitos.”
“Tendo em conta todos os problemas com que o nosso centro histórico se tem vindo a deparar, nomeadamente, a dificuldade de estacionamento, encerramento ao trânsito de algumas ruas, o aumento dos sem-abrigo e da marginalidade social e a pouca atractividade que a nossa cidade oferece, acrescentando agora mais um novo complexo comercial fora do centro da cidade, com toda a sua inerente capacidade aglutinadora de pessoas, vamos padecer ainda mais…”, acentuou.
Teresa Neves acabou por alertar as entidades competentes para “a necessidade urgente de proteger o comércio local e centro histórico, identidade cultural, patrimonial e económica de uma região, “cais de chegada” dos nossos visitantes e de importância crucial para o nosso desenvolvimento turístico e económico.”
No entender da empresária, “vai acentuar, ainda mais, a desertificação da nossa cidade que tem vindo, gradualmente, a sofrer com essa situação, inicialmente com a construção do Centro Comercial Parque Atlântico, Centro de Saúde e deslocalização de muitos outros serviços, com os respetivos parques de estacionamento gratuitos.”
“Tendo em conta todos os problemas com que o nosso centro histórico se tem vindo a deparar, nomeadamente, a dificuldade de estacionamento, encerramento ao trânsito de algumas ruas, o aumento dos sem-abrigo e da marginalidade social e a pouca atractividade que a nossa cidade oferece, acrescentando agora mais um novo complexo comercial fora do centro da cidade, com toda a sua inerente capacidade aglutinadora de pessoas, vamos padecer ainda mais…”, acentuou.
Teresa Neves acabou por alertar as entidades competentes para “a necessidade urgente de proteger o comércio local e centro histórico, identidade cultural, patrimonial e económica de uma região, “cais de chegada” dos nossos visitantes e de importância crucial para o nosso desenvolvimento turístico e económico.”
Londrina está optimista
e afirma que não tem receio
e afirma que não tem receio
Carlos Sá, da loja Londrina, situada no Largo Vasco Bensaude, afirma que “não tem receio, nem medo”, com a chegada do novo espaço comercial ao concelho de Ponta Delgada.
“Foi uma conversa que tive esta manhã com o meu filho: não é cedo, nem é tarde. Estamos optimistas. Não estamos com receio, nem com medo. Vendemos o nosso próprio produto. Graças a Deus, temos o nosso cliente. Felizmente, temos bons funcionários, e estou farto de batalhar que o empregado é que faz a casa”, explica.
Carlos Sá explica ainda que alargou o horário do seu estabelecimento para ter mais um espaço de manobra para os clientes que estão na cidade: “Achamos que, talvez, ao alargar mais o horário, temos mais um espaço de manobra em que os clientes estão na cidade, vêem que a porta está aberta e podem fazer compras por impulso.”
Sobre o possível impacto que a chegada deste novo ‘centro’ comercial terá no centro histórico, explica que os comerciantes da baixa têm o seu cliente próprio: “O centro histórico é sempre o centro histórico. O centro histórico realmente tem o seu cliente próprio, e vai continuar a ter. Há o turista que faz a compra por impulso. Falo muitas vezes, e é verdade, quando vou de férias, é a altura em que compro mais alguma coisa para a minha mulher.”
“Agora, nós temos de acompanhar a evolução, em termos de horários, de atendimento e de montras. Só digo que nós, comerciantes da baixa, temos de acompanhar a evolução dos tempos e das situações. O sol quando nasce é para todos e quando brilha é para todos. É a minha opinião hoje”, salienta.
“Foi uma conversa que tive esta manhã com o meu filho: não é cedo, nem é tarde. Estamos optimistas. Não estamos com receio, nem com medo. Vendemos o nosso próprio produto. Graças a Deus, temos o nosso cliente. Felizmente, temos bons funcionários, e estou farto de batalhar que o empregado é que faz a casa”, explica.
Carlos Sá explica ainda que alargou o horário do seu estabelecimento para ter mais um espaço de manobra para os clientes que estão na cidade: “Achamos que, talvez, ao alargar mais o horário, temos mais um espaço de manobra em que os clientes estão na cidade, vêem que a porta está aberta e podem fazer compras por impulso.”
Sobre o possível impacto que a chegada deste novo ‘centro’ comercial terá no centro histórico, explica que os comerciantes da baixa têm o seu cliente próprio: “O centro histórico é sempre o centro histórico. O centro histórico realmente tem o seu cliente próprio, e vai continuar a ter. Há o turista que faz a compra por impulso. Falo muitas vezes, e é verdade, quando vou de férias, é a altura em que compro mais alguma coisa para a minha mulher.”
“Agora, nós temos de acompanhar a evolução, em termos de horários, de atendimento e de montras. Só digo que nós, comerciantes da baixa, temos de acompanhar a evolução dos tempos e das situações. O sol quando nasce é para todos e quando brilha é para todos. É a minha opinião hoje”, salienta.
Vieira & Carreiro Modas
acredita que, “se avançar,
vai matar o comércio tradicional”
acredita que, “se avançar,
vai matar o comércio tradicional”
Ao Correio dos Açores, José Vieira, da Vieira & Carreiro Modas, localizada na Rua Manuel Inácio Correia, afirma que, “se isso realmente for para a frente, vai ‘matar’ o comércio tradicional”, em Ponta Delgada.
“O centro histórico da cidade já está completamente deserto. E agora vão fazer mais um espaço comercial, que vai ficar a 500 metros de um centro comercial que já existe. Acho que vai ser a morte certa do que existe ainda em Ponta Delgada. Não sei até que ponto esse novo empreendimento será bom ou não, mas estou a falar por mim. Cada vez há menos lojas, e as lojas estão a fechar”, explica.
“Com este novo espaço comercial a 500 metros de outro, claro que a cidade fica resumida somente para seis meses do turismo. Durante o Inverno fica muito vazio. Ultimamente, o movimento na cidade tem sido só turistas. A partir de Outubro, os turistas vão embora e nós continuamos aqui. A cidade está completamente morta. Está cada vez mais descentralizada. As lojas fecham e depois não abrem”, afirma José Vieira.
https://correiodosacores.pt/2024/06/28/teresa-neves-afirma-que-nao-e-uma-boa-noticiaa-instalacao-do-azores-retail-park-na-grotinha-e-mario-fortuna-diz-que-e-um-anuncio-positivo/
“O centro histórico da cidade já está completamente deserto. E agora vão fazer mais um espaço comercial, que vai ficar a 500 metros de um centro comercial que já existe. Acho que vai ser a morte certa do que existe ainda em Ponta Delgada. Não sei até que ponto esse novo empreendimento será bom ou não, mas estou a falar por mim. Cada vez há menos lojas, e as lojas estão a fechar”, explica.
“Com este novo espaço comercial a 500 metros de outro, claro que a cidade fica resumida somente para seis meses do turismo. Durante o Inverno fica muito vazio. Ultimamente, o movimento na cidade tem sido só turistas. A partir de Outubro, os turistas vão embora e nós continuamos aqui. A cidade está completamente morta. Está cada vez mais descentralizada. As lojas fecham e depois não abrem”, afirma José Vieira.
https://correiodosacores.pt/2024/06/28/teresa-neves-afirma-que-nao-e-uma-boa-noticiaa-instalacao-do-azores-retail-park-na-grotinha-e-mario-fortuna-diz-que-e-um-anuncio-positivo/
Filipe Torres
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Luís André Melo
Não é boa para ela.
Calada era uma poeta.