MARIA JOAO RUIVO SOBRE HELENA CHRYSTELLO

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Lá partiste, Helena Chrystello…
A Maria Nobody era alguém de peso de quem todos gostávamos/gostamos muito.
Nesta irmandade da Lusofonia, ela era a formiguinha empreendedora que não parava e que, por detrás da sua simplicidade genuína e do silêncio do seu sorriso, garantia que tudo corria bem, ultrapassando, muitas vezes, as poucas forças que lhe restavam. Sempre zelando por tudo, em gestos quase invisíveis, ela era a força por detrás da sua visível fragilidade, preocupando-se com todos e querendo que estivéssemos bem, mesmo quando ela não estava.
Uma coisa é certa. A partir de hoje, os Colóquios da Lusofonia serão outra coisa diferente do que foram. Mas podemos, em honra da amizade que lhe dedicamos, tentar manter o fio que nos une e dar continuidade a este projeto em torno de interesses comuns, unidos, também, pela saudade que teremos da Helena e da amizade que ela nos proporcionou.
Dizes, Chrys, “maria só minha”, mas ela ficará na memória de todos nós. Fica a sua alegria, a sua presença simples e discreta, os projetos que realizou e os sonhos que construiu e de que se foi alimentando. Ficam a amizade, as lágrimas e os sorrisos. Fica ainda a grande lição de força e resistência que nos dava a todos, quando queria garantir-nos que tudo ficaria bem, quando sabíamos que as forças lhe fugiam e ela conseguia ir buscá-las não sabemos bem aonde. Fica a nossa esperança de que esta partida tenha sido uma libertação. E fica, espero, o nosso desejo de rir e de sorrir sempre que nos juntarmos e falarmos dela.
Até sempre, Maria Somebody!
Maria João Ruivo – 26-01-2024
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3 thoughts on “MARIA JOAO RUIVO SOBRE HELENA CHRYSTELLO

  1. As palavras tão belas quanto sinceras e sentidas de Maria João Ruivo que tão próxima esteve de Helena, dão justamente o seu retrato. Em lugar da “formiguinha” por que tudo zelava, não deixaremos de ter colóquios mais belos porque estaremos mais unidos pela saudade, talvez muda, talvez só expressa nos olhares… mas vamos dar aos nossos dirigentes a força e coragem para que eles prossigam e que sejam um lugar de encontro, de partilha e de uma saudade não triste mas alegre para celebrar os que “ se vão da lei da morte libertando”. Até Outubro, em Santa Maria para não nos deixarmos murchar…
    Laura Areias

  2. Não sei se o Chys recebeu a minha mensagem. Junto-me a todos os amigos que, como eu, gostavam tanto da Helena, da sua simplicidade, discrição e afabilidade. Era tão pequenina, fisicamente, e tão grande na sua força. Não te esqueceremos Helena.

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