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Peixe do Meu Quintal José Soares
Assalto à mão armada
O assalto está sendo feito pelo Toni e a arma é o orçamento do seu Medina.
A vítima, é sempre a mesma: o Zé Povinho.
Para utilizar as palavras recentes do Guterres «… isto não acontece do nada…!»
É nisso que dão maiorias absolutas. E mais uma vez, o Zé Povinho foi enganado pela retórica.
Semanas antes de ser eleito este governo socialista para São Bento, ninguém lhe daria maioria – e muito menos absoluta. Semanas depois de ganhar esse absolutismo, o país está arrependido. Bastaram aquelas 24 horas de decisões nas urnas de voto, para o país levar com uma carga de impostos que atingem já os 38% e não param. As vítimas são sempre os mais pequenos.
O caso insólito do IUC – Imposto Único de Circulação – com aumento considerável para os automóveis dos mais pobres, os anteriores a 2007. Precisamente os que não podem comprar novos carros.
Alguém vai receber luvas gradas das grandes empresas construtoras de carros?
Ou temos aqui as luvas do Paulo Portas, aquando do negócio dos submarinos alemães?
E para além de um orçamento que enegrece 2024, temos as falhas no cumprimento do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. Um autêntico bordel repleto de dançarinas exuberantemente vestidas com notas de 500 euros, enviadas por Bruxelas num contentor de cristal, mas que ninguém sabe ler as instruções de como gastar todo aquele manancial monetário.
Cada partido que entra para o poder, sempre arranja forma do seu ministro das Finanças marcar no orçamento “verbas perdidas” (alguns milhões neste orçamento de 2024), que virtualmente desaparecem para cofres ideológicos… e por isso o poder é tão apetecível!
Enfim, os temas que mais desafiam o país e esta democracia de 49 anos, são passados ao lado, com a cumplicidade implícita de todos os que se dizem representantes do Povo. Estão sempre prontos, isso sim, a representarem-se a si mesmos, aos seus lugares e privilégios, aumentando os seus próprios benefícios pela calada da sombra parlamentar…
E querem o quê? Que o Povo saia de casa para ir votar nas promessas vãs que fazem? Nas abundantes mentiras que lhes servem os intuitos pessoais ou exclusivamente partidários?
E se o Povo ficasse em casa, como protesto veemente contra toda esta manipulação coletiva de uma partidocracia que não serve intrinsecamente o Povo?
Uma maioria que retira por completo aos arquipélagos da Madeira e dos Açores o direito natural à sua quota parte do seu próprio mar, indigna qualquer democrata. A exploração destas duas colónias, continua a ser feita subtilmente e com muita argucia. Estudos de 2013 apontam para o facto de se poder retirar cobalto dos mares dos Açores – cerca de 200 milhões de euros/ano, só em cobalto.
Mas esse não é o caminho do atual governo de maioria absoluta. O caminho deste governo é o de manter o poder. Nem sequer a ideologia lhe interessa.
Os fins foram atingidos – o poder absoluto, o tal que corrompe absolutamente.