“A galope numa noite de búzios”

Caríssimo Carlos Enes

Acabei de ler “A galope numa noite de búzios” e nele encontrei o tal “plaisir du texte” de que falava Roland Barthes. Mais do que fruição do texto, encontrei poesia na tua prosa. E, nestes teus belíssimos nacos de prosa, continuo a achar que és um poeta escondido atrás da narrativa. Depois há muita ironia no que escreves (hilariante aquela dos “linguicidas”…).

A partir de agora, meu caro historiador, decide-te: retomar o que ficou suspenso em “Terra do Bravo” ? Ou prosseguir caminhos deixados em “Cicatriz da chuva”?

Sleep on it, parabéns e aceita o meu abraço de mar

Victor Rui Dores

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Este livro não é para ser lido com a ligeireza de quem descasca amendoins. Por exemplo, o texto Renda de Bilros em que para cada letra do alfabeto há um pensamento, merece ser lido, relido e refletido.

“Abraço fugidio não escova o bolor da angústia” fez-me pensar nas nossas relações humanas superficiais, onde não há tempo para a solidariedade. E o abraço forte, sentido, é o melhor remédio para quem precisa de ajuda. (…) Todo este texto dá para muitos momentos de reflexão.

Paula M. D.

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Concordo com o que aqui foi dito por Paula M. D.

“Renda de bilros” é um texto que me fez lembrar os frascos de sumo concentrado. Há ali produto para saciar muita sede. Cada pingo, cada frase carrega uma mensagem, ora refrescante ora angustiante, que me fez pensar na bondade ou na miséria do ser humano.

Leonor G.