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EDITORIAL
Adeus Ryanair? E depois?
No dia 29 de março de 2015, um avião da Easyjet aterrava pela primeira vez no aeroporto João Paulo II. Foi o começo de uma nova era para o turismo açoriano, que seria reforçada com a operação de uma segunda companhia low-cost, a Ryanair.
Para trás ficavam as fracassadas aventuras turísticas dos “suecos” ao “paraíso do golfe” e dos prometidos investimentos milionários no setor. Começaram a chegar turistas aos milhares.
Dois anos depois, em março de 2017, e sem que nada o fizesse prever, a Easyjet anunciou que iria deixar de voar para os Açores.
A decisão da companhia low-cost alimentou muitos rumores sobre as reais motivações para tão drástica decisão, e o comunicado oficial adensou ainda mais as dúvidas até hoje nunca esclarecidas. Por que razão uma companhia aérea deixa de voar para os Açores quando afirma que o faz não por “o tráfego estar a baixar – estava a crescer – mas, na nossa conjuntura, não conseguimos ter a oferta que queríamos de dois voos diários”?
A ferida causada pela saída da Easyjet foi prontamente sarada e esquecida, até porque a Ryanair preencheu o vazio e encheu os seus aviões de turistas ávidos de conhecer os Açores.
E chegamos a maio de 2023, o mês em que ficamos a saber que a Ryanair admite deixar de voar para os Açores. Na altura, questionada pelos jornalistas, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas confirmou a “ameaça” da operadora irlandesa e revelou estar em negociações com a mesma para que esta continue a operar na região. Entretanto, e pelo que foi publicamente dito por Berta Cabral, parece haver entendimento entre o Governo regional e a Ryanair, faltando ao Governo da República fazer a sua parte – mais uma vez.
Do lado do PS veio a crítica de que o governo regional está a “deixar andar a situação”. Tal como o governo anterior deixou andar a situação da Easyjet? O que defende o PS para as negociações com a Ryanair? O Bloco de Esquerda é claro na sua posição, e os outros?
Independentemente das razões que estão na origem da “ameaça” da companhia aérea irlandesa, das taxas, das tentativas de aproveitamento político, aos Açores e a quem investiu no setor turístico, o que verdadeiramente importa é saber se o turismo açoriano consegue continuar no caminho da consolidação sem os serviços da Ryanair.
Já foi calculado o impacto da saída da Ryanair do mercado regional? O turismo açoriano está preparado para viver sem companhias low-cost?
Deixamos sair a Ryanair, e depois?
Para trás ficavam as fracassadas aventuras turísticas dos “suecos” ao “paraíso do golfe” e dos prometidos investimentos milionários no setor. Começaram a chegar turistas aos milhares.
Dois anos depois, em março de 2017, e sem que nada o fizesse prever, a Easyjet anunciou que iria deixar de voar para os Açores.
A decisão da companhia low-cost alimentou muitos rumores sobre as reais motivações para tão drástica decisão, e o comunicado oficial adensou ainda mais as dúvidas até hoje nunca esclarecidas. Por que razão uma companhia aérea deixa de voar para os Açores quando afirma que o faz não por “o tráfego estar a baixar – estava a crescer – mas, na nossa conjuntura, não conseguimos ter a oferta que queríamos de dois voos diários”?
A ferida causada pela saída da Easyjet foi prontamente sarada e esquecida, até porque a Ryanair preencheu o vazio e encheu os seus aviões de turistas ávidos de conhecer os Açores.
E chegamos a maio de 2023, o mês em que ficamos a saber que a Ryanair admite deixar de voar para os Açores. Na altura, questionada pelos jornalistas, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas confirmou a “ameaça” da operadora irlandesa e revelou estar em negociações com a mesma para que esta continue a operar na região. Entretanto, e pelo que foi publicamente dito por Berta Cabral, parece haver entendimento entre o Governo regional e a Ryanair, faltando ao Governo da República fazer a sua parte – mais uma vez.
Do lado do PS veio a crítica de que o governo regional está a “deixar andar a situação”. Tal como o governo anterior deixou andar a situação da Easyjet? O que defende o PS para as negociações com a Ryanair? O Bloco de Esquerda é claro na sua posição, e os outros?
Independentemente das razões que estão na origem da “ameaça” da companhia aérea irlandesa, das taxas, das tentativas de aproveitamento político, aos Açores e a quem investiu no setor turístico, o que verdadeiramente importa é saber se o turismo açoriano consegue continuar no caminho da consolidação sem os serviços da Ryanair.
Já foi calculado o impacto da saída da Ryanair do mercado regional? O turismo açoriano está preparado para viver sem companhias low-cost?
Deixamos sair a Ryanair, e depois?
- Paulo Simões
in, Açoriano Oriental, 30 de Julho / 2023
- Fernando SousaE depois!!! Morreram as vacas e ficaram os bois.
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- 13 h
- Celina LopesTalvez fique com melhor turismo. A quantidade não é saudável para ilhas classificadas como melhor turismo de natureza.
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- 13 h
- Joseph ArrudaO PS foi sempre contra a vinda das companhias low cost. Que grande hipocrisia. Foi o secretário de estado do governo do Passos Coelho que abriu o caminho para a liberalização do espaço aéreo, enquanto o PS defendia o monopólio por parte da SATA. Haja paciência.
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- 13 h
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- 13 h
- Edite Costa MeloDe acordo
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- 13 h
- Joao Francisco FerreiraExatamenteRaynair trouxe este turismo todo , fez o marketing todo dos Açores, eles saindo, o turimo va voltar a 10 anos atras , muito estabelecimento va fechar , muita chave alojamento local va ser entregue aos bancos, so porque o governo esta a bater o pe para nao dar mais pelo subsidio, mas dar ano apos ano milhoes a sata dos contribuintes na qual so apresenta prejuizo ano apos anos e que esta muito bom.Boa sorte para todos.
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- 13 h
2 replies - Lubélia SousaAdeus , turismo adeus alojamentos
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- 13 h
3 replies - Paulo SantosO investimento feito nos últimos anos em hotelaria, restauração precisa da Ryanair para diversificar e trazer outro tipo de turistas que não virão com a Sata e com a Tap
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- 13 h
- Pedro GarcezOpinião muito lúcida de Paulo Simões!
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- 13 h
- Ludgero FaleiroO governo regional tem de se impor muito mais em relação à ANA ou a quem estiver envolvido.A não ser que já tenha uma opinião bem consolidada.Está em causa, sobretudo, o povo e a economia…É preciso não esquecer que o sector turístico faz movimentar outros sectores…
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- 13 h
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9 replies - Joao PeixotoAgora muitos alojamentos vao se obrigar a vender ou rendar
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- 13 h
- Ricardo KakiE que tal negociar com outras companhias aéreas low cost??Fazer uma análise de mercado?
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- 12 h
13 replies - André CardosoAdeus Ryanair, adeus turismo em massa que não interessa a ninguém!Bem vinda se volta alguma da qualidade de vida que tinhamos à uns anos atraz!
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- 12 h
6 replies - Helena E Nelson AmaralCrónica muito bem elaborada com questões que certamente este executivo ainda não realizou qualquer tipo de estudo, ou se quer perdeu algum tempo em tentar solucionar.
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- 12 h
- Manuel SantosSó uma pergunta . Porquê a SATA não faz voos low coast . Não beneficiaria os Açores,se a RYANAIR faz e com lucros porque não a SATA . Fica a questão.
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- 12 h
5 replies - André PereiraIsto do turismo é uma questão de tempo até haver um sismo ou um vulcão. Depois vão querer turistas e nem vê-los
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- 12 h
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2 replies - Luís AmaralSão levantadas questões muito pertinentes que vai continuar sem resposta, por parte de quem tem a obrigação de responder. Quanto à opinião dos outros partidos é a que sabemos, não existe…
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- 12 h
- Ricardo Botelho SousaQuem ganha com isso, hotelaria, restauração, rent a cars etc.. que se chegue á frente para pagar o diferencial exigido pela transportadora.Nós contribuintes não temos nada a ver com esses negócios.
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- 12 h
2 replies - Lurdes M. CostaPico da pedra já tem luz
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- 12 h
- John SimoesA Ryanair faz falta nos Açores para todos os Açoreanos e turismo porque hoje em dia sem turismo continuamos a ser o atraso que éramos quem não compreende não vê um palmo há frente dos olhos .
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- 11 h
- Fernando Tristão da CunhaTodas as actividades têm altos e baixos, contrariedades e boas notícias. Com o turismo não será diferente. Outra companhia virá, e se não surgir já essa outra companhia, se se ganhar ou pouco menos, há que aguentar. Em nenhum negócio é sempre a ganhar e no turismo não é diferente. Por causa destas situações é que é importante fazer-se uma análise de risco, um plano de negócios, etc.
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- 11 h
- Rúben FilipeE depois? Depois muitos açorianos nunca mais poderão ter acesso a essas oportunidades via low cost…e o turismo vai baixar….e muitos estabelecimentos comerciais a fecharem…e falta de empregabilidade…enfim…
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- 11 h
- Francisco Eduardo Sousa FerreiraPois, em suma não sabemos… Não há duas sem três, vamos ver se temos sorte!!! É mais ou menos assim…
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- 11 h
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- Mario AfonsoSai muito mais barato pagar as compensações à Ryanair que à SATA e à TAP.As viagens de e para os Açores não podem ser só para os ricos.
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- 11 h
- João SilvaEu não sou a favor de turismo em massa e temos de melhorar muito nossos serviços, infraestruturas e atendimento. Mas era isso que está/estava a acontecer com investimento privado. Graças… Ao turismo. Agora, quem não quer turismo (e eu entendo) conseguem dar uma alternativa para estas ilhas? Ninguém quer trabalhar agricultura e se todos trabalharem nela não dá espaço, pesca, mesma coisa, fábricas foram para a falência. Qual é a alternativa?
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- 11 h
- Eduardo RebeloDeem o subsidio de diferencia a Sata, organizem a Sata com mais avioes com menos atrasos e principalmente sem aumentar o pessoal pois muitas companhias fazem mais com menos pessoal. Organizem se e tudo ha de dar certo. So muito cuidado com quem anda a ganhar dinheiro dos contribuintes por debaixo da Mesa.
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- 11 h
- Paolo FerrerNo dia em que a Ryanair cumprir o código do trabalho e as obrigações fiscais com os seus trabalhadores e clientes em Portugal talvez merece ser compensada. Até lá nem um cêntimo !Num dia reclamam que não passa faturas para reembolso no outro querem que seja subsidiada …
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- 10 h
- Paulo BettencourtRealmente por parte do GRA a situação não é suficientemente clara, a Região precisa destas companhias como pão para a boca, o desenvolvimento do turismo vai retroceder anos ….se esta companhia deixar de voar para os Açores.
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- 10 h
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- Fabio MedeirosDps.e amanhar. Nao estudam pah..ou estudassem.
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- 10 h
- Luis Costase quiserem voar que voem a sua custa nao vai ser o ze povinho a pagar para o turismo vir para ca que quem quiser vem por sua conta e risco
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- 10 h
1 reply - Emanuel FreitasNossa Senhora nos valha, tamanha as baboseiras que foram ditas aqui…a região e principalmente a economia açoreana deviam fazer uma estátua de reconhecimento ao dono da Ryanair…haja paciência para tanta hipocrisia…outros interesses estão aqui bem definidos neste editorial, e quem se vá dar mal, serão todos aqueles que dependem do turismo para sobreviver…uma coisa é certa, o turismo é o nosso futuro, disso não tenho dúvidas nenhumas!…haja saúde.
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- 9 h
3 replies - Luís Pacheco Medeiros AlmeidaA máquina do PS a fazer propaganda! Não vai…, embora.
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- 9 h
- Ildeberto MedeirosDepois chapar no dedo
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- 9 h
- Mário Jorge Oliveira MedeirosE depois, virá outra companhia de aviação lewcost…
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- 9 h
- Antero ÁvilaPara gente rica isto pode não ser um problema. Para o comum dos mortais vai ser um grande problema.Quem é que resolve isto?Pois é…
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- 8 h
- João TosteE depois? O dinheiro é suposto ficar em Portugal!
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- 6 h
- Vasco BrandãoVoltar a idade da pedra
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- 3 h
- Henrique CostaMais uma ameaça da Ryanair.. Ganha cota de mercado e depois com o poder que fica por esta razão exige e faz ameaças.No meu entender se a Ryanair sair virão certamente outras low cost .O turismo nos Açores deve ser sustentado na qualidade de serviços (custo/benefício) no geral se assim for não faltarão turistas.Quanto ao governo regional deve continuar o bom caminho da promoção dos Açores como destino turístico.
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- 1 h
- Syuzanna MyrovychPor outro lado, ou respondendo ao “e depois?”Talvez tínhamos finalmente o turismo de qualidade e não de quantidade ou low cost?Alguém quer mais confusão e desorientação? Ainda menos sítios onde os locais ainda conseguem comer ou viver? É que o turismo de massas para onde estamos a caminhar também tem lado e impacto muito negativo.Talvez dava tempo para respirar e começar a pensar em construir uma coisa de qualidade, preservando e não destruindo.Os Açores têm potencial e qualidade para não ser o destino Low cost, e visto que a publicidade já está feita, é uma questão de gerir com juízo
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- 1 h
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- Ana Cristina MachadoCompanhias low cost???!!!! Onde? Quais? Quem??? As passagens continuam caras…low cost!!! Só de nome meus caros.
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- 1 h
- Ligia Nelson TeixeiraMuito gosta de bater na SataAs tanta a sata é que tem culpa de muitos de vocês estarem com problemas na Satã. Deixem a TAP e Azores Airlines saírem dos Açores para ver o que nos acontece.
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- 1 h
- Chris BrandonCriem uma companhia sata Açores low coast para isso basta copiar o.modelo da companhia Ryanair e além disso asseguram todo os recursos humanos açorianos que trabalham nesta companhia basta adquirir os meios e ficamos todos a ganhar.
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- 53 m
- Humberto AmaralPerdem teimosamente imenso tempo com tretas que não valem nada e com assuntos de tanto interesse, quase não ligam. Não se percebe !!!…….
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- 42 m
- Luna De Lacerda ForjazO entendimento è o governo dar mais 5M e a Ryanair mais uma vez a fazer de sangue suga.Esse è o problema actual das low cost recebem apoio do governo porque se não tivessem neste momento não estariam a praticar preços desses
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